pecado – Destrave https://destrave.cancaonova.com O ‘Destrave’ é um projeto da Canção Nova com produção de reportagens especiais sobre temas voltados para a juventude, lançado em maio de 2011 Tue, 05 Sep 2017 12:05:09 +0000 pt-BR hourly 1 Vícios e virtudes https://destrave.cancaonova.com/vicios-e-virtudes/ https://destrave.cancaonova.com/vicios-e-virtudes/#comments Mon, 15 Oct 2012 13:38:16 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=7921 “A liberdade como dádiva de Deus. O pecado como prisão invisível do mundo.” Quando se fala em vício, lembra-se, facilmente, das drogas ou de qualquer coisa que cause dependência no ser humano. De modo geral, um conceito satisfatório está realmente próximo disso: vício é uma disposição habitual para um certo mal. Na vida de um...

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“A liberdade como dádiva de Deus. O pecado como prisão invisível do mundo.”

Quando se fala em vício, lembra-se, facilmente, das drogas ou de qualquer coisa que cause dependência no ser humano. De modo geral, um conceito satisfatório está realmente próximo disso: vício é uma disposição habitual para um certo mal.

Na vida de um cristão, este conceito está intrinsecamente relacionado a uma das mais virtuosas características do homem feito à imagem e semelhança de Deus: a liberdade.

Com relação à vida do jovem cristão, podemos direcionar esta análise com um destaque devido aos distúrbios sexuais, nem tão raros nessa etapa da vida. É importante, porém, lembrar que, apesar de comum, esse mal não deve ser encarado com normalidade, mas com maturidade e coragem.

Vivemos num mundo no qual os valores ensinados por Jesus estão longe de serem prioridades. A “cultura” valorizada nesse mundo se fundamenta numa liberdade que contraria a responsabilidade e o autocontrole. Ser livre é, segundo essa teoria, fazer tudo o que quisermos e pudermos. Porém, ao abraçarmos os vícios, estamos nos tornando escravos de tais práticas e fazendo, em vão, o sacrifício de Cristo, Aquele que nos libertou ao entregar Sua vida por nós.

É nesse mundo que o cristão deve superar os obstáculos na caminhada em busca da castidade, mesmo que todas as mídias ofereçam e propaguem a pornografia e o uso do corpo como objeto. O jovem não deve ser alienado. Ele deve estar no mundo, mas não ser dele. Deve saber impor sua personalidade em todas as situações.

Virtude, a alegria sem opressão

Uma das mais belas virtudes de um cristão é saber colocar-se no seu lugar de ser amado e reconhecer o senhorio de Deus como o Ser que ama infinitamente e está pronto para perdoar. Poder contar com auxílio de Nossa Senhora é outra dádiva que temos para vencer o mal. Cada vez que uma pessoa resiste a uma tentação, ela se fortalece e ganha mais ânimo pra vencer outras batalhas que virão.

Se cairmos, é preciso saber nos levantar de cabeça erguida, sem martírios ou culpa, até porque nada disso é maior do que o amor de Deus por nós. A liberdade é um dom que o Senhor nos deu, por isso não podemos deixar que o mundo a roube de nós. Quando o maligno nos oferecer uma falsa liberdade, maquiada por beleza aparente e prazeres físicos (e é assim que ele tenta nos pregar peças no dia-a-dia), precisamos saber tomar posse das virtudes de um seguidor de Cristo para vencer esta batalha.

“É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão (Gálatas 5:1).

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A felicidade não é uma ilusão https://destrave.cancaonova.com/a-felicidade-nao-e-uma-ilusao/ https://destrave.cancaonova.com/a-felicidade-nao-e-uma-ilusao/#comments Wed, 26 Sep 2012 11:16:25 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=7745 Quando conhecemos o pecado, ele nunca se mostra a nós como uma coisa ruim; ao contrário, ele vai aparecer reluzente, sedutor, belo e atraente. O primeiro passo do inimigo é nos convencer de que temos o direito de ser “felizes” como quisermos, mas o que ele nos oferece é uma poça de lama travestida de...

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Quando conhecemos o pecado, ele nunca se mostra a nós como uma coisa ruim; ao contrário, ele vai aparecer reluzente, sedutor, belo e atraente. O primeiro passo do inimigo é nos convencer de que temos o direito de ser “felizes” como quisermos, mas o que ele nos oferece é uma poça de lama travestida de um riacho de felicidade. Já ouviu aquela expressão “feliz como porco na lama”? Pois é esse o caso!

O pecado não é e nunca será fonte de felicidade. Não se engane! Todos sabemos que, no momento de prazer, a sensação é gostosa, mas quando isso passa, mergulhamos na solidão e na tristeza mais uma vez. Neste momento, temos duas opções: continuamos nos iludindo e mergulhando, desenfreadamente, no pecado ou enxergamos que essa alegria é falsa e vamos em busca da verdadeira felicidade.

Infelizmente, a maioria das pessoas tem escolhido a primeira opção, ou seja, continuar se enganando. Por isso, o mundo tem mergulhado numa longa trajetória de infelicidade e ilusão. As famílias estão se despedaçando por falta de amor, os jovens se entregando à sexualidade desregrada e aos vícios inúmeros que os tiram de sua verdadeira essência e fecundidade.

É urgente para nós um despertar, um acordar para a realidade. Existe em nós uma força imensa para lutar, uma sede de ir em busca de sonhos. Precisamos deixar de lado as mentiras e ilusões e lutar pelo que nosso coração anseia: amar, ser feliz, sonhar, realizar, dançar, ser livre!

“A liberdade é a opção mais acertada para a verdadeira felicidade”

Deus é a força e a fonte de liberdade que tanto buscamos. Não deixe que o mundo inverta os papéis e o faça pensar que o Senhor quer prendê-lo ou proibi-lo de tudo; ao contrário, Ele quer ensiná-lo a viver tudo de uma maneira diferente, com escolhas, olhares e palavras diferentes, mas jamais na ilusão e fantasia.

Um jovem que caminha com Deus também se diverte, também tem muitos amigos, se arruma, se cuida, também sorri, canta e dança. A grande diferença é que ele sabe até onde pode ir e sabe bem que não precisa de vícios nem de usar das pessoas para isso. O jovem sabe esperar por pessoas que vão caminhar com ele e ser feliz com Deus; é para essa pessoa que ele vai entregar seu coração e viver o amor em santidade.

Deixar de lado as ilusões e os vícios, buscar, no caminho do Senhor, a força e a liberdade é a opção mais acertada para a verdadeira felicidade.

Deus é tudo! Quem vive esta verdade tem motivos suficientes para ter sempre um coração em festa” (São Francisco de Assis).

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Compulsão sexual: pecado ou doença? https://destrave.cancaonova.com/compulsao-sexual-pecado-ou-doenca/ https://destrave.cancaonova.com/compulsao-sexual-pecado-ou-doenca/#comments Mon, 17 Sep 2012 18:51:51 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=7922 A compulsão sexual, o vício em masturbação e a pornografia são temas que estão carregados de culpa e vergonha. Por este motivo, muitas pessoas deixam de procurar ajuda ou de se aproximar de Deus e dos sacramentos. Mas como é o olhar do Senhor sobre esses irmãos? Como a Igreja vê essa realidade? Confira o...

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A compulsão sexual, o vício em masturbação e a pornografia são temas que estão carregados de culpa e vergonha. Por este motivo, muitas pessoas deixam de procurar ajuda ou de se aproximar de Deus e dos sacramentos. Mas como é o olhar do Senhor sobre esses irmãos? Como a Igreja vê essa realidade?

Confira o especial sobre Transtornos da Sexualidade

“A primeira coisa é: antes da falarmos de culpa, precisamos falar de doença. Vamos imaginar uma pessoa viciada em drogas. Depois de estar viciada, ela já não sente mais culpa quando toma o entorpecente, porque a culpa ela já sentiu lá atrás, quando o tomou pela primeira vez. No entanto, agora que ela já é escrava da droga, e para ela se não há liberdade, não há pecado. Eu vou dizer que esta pessoa não está doente? Vou dizer que ela não precisa sair disso? Claro que ela precisa sair!”, diz padre Paulo Ricardo da Arquidiocese de Cuiabá (MT).

A Igreja ensina: “para que um pecado seja mortal, requerem-se, em simultâneo, três condições: É pecado mortal o que tem por objecto uma matéria grave, e é cometido com plena consciência e de propósito deliberado” (CIC – 1857), e ainda “Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas” (CIC 1860).

Para padre Paulo, a redução da culpabilidade não pode ser desculpa para se entregar à doença, é preciso lutar para sair do vício. “O importante é que, se você caiu mil vezes, levante mil e uma, porque ficar de pé mesmo nós só vamos ficar lá no céu; a vida do homem,  nesta terra, é uma luta”, recorda o sacerdote.

Se você vive esta realidade do vício na sua sexualidade, é preciso saber que Deus tem um olhar de misericórdia para você, e o mal que o abate nunca será maior do que o perdão de Deus. Aproxime-se d’Ele, busque ajuda. Jesus já venceu na sua vida.

Confira, na íntegra, a entrevista com padre Paulo Ricardo

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O Pai vai em busca de Seus filhos https://destrave.cancaonova.com/o-pai-vai-em-busca-de-seus-filhos/ https://destrave.cancaonova.com/o-pai-vai-em-busca-de-seus-filhos/#comments Mon, 28 May 2012 12:07:30 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=6964 Quando Adão e Eva pecaram, tiveram vergonha e medo do Senhor, por isso se esconderam. “O homem e a mulher se esconderam do Senhor Deus no meio das árvores do jardim” (Gn 3,8). É o que, muitas vezes, fazemos quando pecamos; nós nos escondemos de Deus por vergonha e medo, por não nos considerarmos dignos...

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Quando Adão e Eva pecaram, tiveram vergonha e medo do Senhor, por isso se esconderam. “O homem e a mulher se esconderam do Senhor Deus no meio das árvores do jardim” (Gn 3,8). É o que, muitas vezes, fazemos quando pecamos; nós nos escondemos de Deus por vergonha e medo, por não nos considerarmos dignos de Sua presença em nós. É fácil nos considerarmos indignos do Senhor quando temos os olhos fixos somente em nossos erros, naquilo que não deu certo.

Deus, porém, se mostra o contrário: “Quando ouviram o ruído do Senhor Deus, que passeava pelo jardim à brisa da tarde, o homem e a mulher esconderam-se do Senhor Deus no meio das árvores do jardim.  Mas o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: ‘Onde estás?'” (Gn 3, 8-9). Ele vai à procura do homem. Esse passeio de Deus, no jardim, já prefigura Sua busca por nós pecadores. O Senhor não olha para o que ficou de errado em nós, mas para o que pode dar certo.

Uma das mais belas e conhecidas passagens da Sagrada Escritura, que relata o amor de Deus por nós pobres e pecadores, é a do filho pródigo. O pai vai ao encontro do filho que se perdeu em seus prazeres egoístas.

“Vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. O filho lhe disse, então: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai falou aos servos: ‘Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés. Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa. Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado’. E começaram a festa” (Lucas 15,18-24).

O que fez o filho se arrepender foi lembrar-se de tudo o que o pai já lhe havia feito. Deus não se cansa de manifestar o Seu amor por cada um de nós. O pai, ao ver o filho voltando para a casa, “correu-lhe ao encontro, abraçou-o e o cobriu de beijos”. O pai foi ao encontro do filho; Deus vai ao nosso encontro.

Amor que nãos e cansa de amar

Jesus faz, dessa passagem, uma referência de como é o amor misericordioso do Pai para seus filhos, ou seja, para conosco. Mas onde entra a busca de Deus por nós? “Estava perdido e foi encontrado”. Só encontra quem procura, logo, o Pai vai à nossa procura, mesmo que, em nossa história, muitas coisas não tenham dado certo. Ele vai ao nosso encontro nos vendo como gente e não como pecado. Mas como o Pai procura o filho se este é quem volta para Aquele que o amou primeiro? Por meio da Sua manifestação de amor.

“O Senhor não olha para o que ficou de errado em nós, mas para o que pode dar certo”

Deus vai ao nosso encontro com uma Palavra viva, mexe com as estruturas do nosso coração e nos faz sentir arrependimento. Esse arrepender-se é a consciência de que magoamos o amor do Pai, mas também é a saudade desse amor. Na luz dessa Palavra, que vem ao nosso encontro, nós enxergamos o Amor do Pai em nós e sentimos saudade d’Ele [Deus]. A partir desse encontro pessoal com o Pai, acontece, em nosso coração, a ressurreição, a reinauguração da nossa vida. A partir dessa experiência, percebemos que ela tem jeito sim, pois nascemos para dar certo.

O Pai tem saudade de nós! A música “Abraço de Pai” fala dessa saudade: “Nas tardes encontrou saudade em meu lugar”. Ele nos espera. Voltar para os braços paternos não é questão de dignidade, mas é reconhecer o Seu amor por nós. É questão de decisão.

Todas as manifestações de Deus são formas que Ele usa para nos buscar, pois “essa é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia” (João 6, 39). O Pai nos busca de volta por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.

Deus sabe tudo de nós, porque a Sua ótica de amor é infinitamente superior à nossa. Por isso, somos mais do que os nossos olhos podem ver.

O Senhor espera por nós! Ele já nos encontrou, só precisamos tomar a coragem de voltar a Ele. Amém.

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Amor que não se cansa de amar https://destrave.cancaonova.com/amor-que-nao-se-cansa-de-amar/ https://destrave.cancaonova.com/amor-que-nao-se-cansa-de-amar/#comments Mon, 21 May 2012 16:54:08 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=6973 Uma vez, em uma das reuniões de formação da Comunidade Católica Shalom, tivemos uma pregação sobre a “intimidade com Deus”. A palestra nos foi dada por uma irmã consagrada a esta obra. Lembro-me o quanto fiquei tocado com suas palavras. Nossa irmã de Comunidade nos falava de uma experiência que ela viveu, durante uma confissão,...

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Uma vez, em uma das reuniões de formação da Comunidade Católica Shalom, tivemos uma pregação sobre a “intimidade com Deus”. A palestra nos foi dada por uma irmã consagrada a esta obra. Lembro-me o quanto fiquei tocado com suas palavras. Nossa irmã de Comunidade nos falava de uma experiência que ela viveu, durante uma confissão, na qual o padre e ela fizeram, juntos, uma releitura do momento em que Adão e Eva pecaram e de como Deus reagiu naquela ocasião.

Destrave

Pintura: Filho Pródigo de Rembrandt

O padre perguntou como ela imaginava a reação do Senhor no jardim, depois de saber que Adão e Eva haviam pecado. Ela respondeu, se não me falha a memória, que Deus teria entrado chateado, triste, porque eles O haviam desobedecido. Porém, o padre lhe disse que ela estava enganada.

Quando o Pai apareceu no Jardim do Éden, não chegou chateado ou triste, mas apressado e correndo, porque Seus filhos haviam pecado. Ele sabia que Seus amados filhos, criados à Sua imagem e semelhança, estavam em perigo, pois romperam com Seu plano de amor para eles. O Senhor correu para socorrê-los. Mas qual foi a reação de Adão e Eva? Esconderam-se, achando que o Pai, ao entrar no jardim, iria condená-los.

É assim também que, muitas vezes, reagimos quando pecamos. Muitos de nós jovens ainda trazemos, em nossa mente, a imagem de Deus como um castigador, como Alguém distante de nós, que está com um “caderninho”, anotando tudo o que fazemos de errado ou de certo. Um Deus que está bem no alto, enquanto nós, pobres pecadores, estamos aqui embaixo, longe d’Ele.

Imaginando o Senhor como alguém distante ou castigador, acabamos por nos afastar ainda mais d’Ele, pois pensamos que nunca iremos vencer os nossos pecados e, assim, não conseguiremos ser verdadeiros cristãos. Como nos enganamos ao pensar assim! Como pecamos mais ainda ao vê-Lo dessa maneira!

Foi um tombo não uma derrota

O Senhor não é e nunca será um Deus castigador. Ele é amor que não se cansa de amar. Ele não fica chateado, triste ou com raiva quando pecamos. Sua ação é a mesma de sempre, desde quando Adão e Eva pecaram. Quando caímos no pecado, a primeira reação do Pai é correr para junto de nós, para nos ajudar a levantar e a vencer. Deus é amor, justiça e compaixão!

“O Senhor não é e nunca será um Deus castigador. Ele é amor que não se cansa de amar”

Na passagem do filho pródigo (Lucas 15,11-32), lemos sobre um jovem que optou por deixar a casa do pai para viver sua vida de maneira desregrada. Também lemos sobre esse pai que, ao ver seu filho voltar arrependido de tudo o que fez, correu para encontrá-lo e lhe deu um abraço (cf. Lucas 15,20). Ainda mais: ele deu ao seu filho novas vestes, novo anel, novas sandálias, mandou matar um novilho e fez uma festa. Enfim, restaurou a dignidade do filho, pois este “estava morto e reviveu; estava perdido, e foi achado” (Lucas 15,32).

Quanta ternura havia no coração desse pai! Quanto afeto por esse filho e quanta misericórdia! É possível imaginarmos, ao ler essa passagem, o pai, dia após dia, olhando a estrada, ao longe, com um olhar de esperança, de expectativa, de saudade e lembrança… É possível também imaginarmos o nosso Pai do Céu a nos contemplar com esse mesmo olhar de misericórdia.

Enfrentando a escuridão da alma

Peçamos a graça de enxergarmos a Deus como o Pai que sempre ama Seus filhos. Assim como Ele corre para junto de nós quando caímos, também nós precisamos ter o desejo de correr para junto d’Ele e deixar que Ele, com Seu amor, cure nossas feridas, dando-nos o abraço do perdão, as vestes e as sandálias de uma dignidade nova.

Corramos para o Senhor na confissão, para que nos reconciliemos com Ele e recebamos todas as graças advindas da misericórdia perfeita. Busquemos o nosso Deus vivo, ressuscitado, que nos salvou, presente na Eucaristia. Tenhamos a mesma atitude do filho pródigo, que não se escondeu como Adão e Eva na sua situação de pecado, mas reconheceu quem ele era, ou seja, necessitado do pai, do seu amor e humildemente voltou. O Pai, por Sua vez, nos acolherá com alegria. Voltemos e, juntos, cantemos: “Queremos correr ao Seu encontro. Arrasta-nos, Senhor, inflama-nos de amor”.

Leonardo Tertuliano
Comunidade Católica Shalom

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A cura das nossas feridas está na cruz do Senhor https://destrave.cancaonova.com/a-cura-das-nossas-feridas-esta-na-cruz-do-senhor/ https://destrave.cancaonova.com/a-cura-das-nossas-feridas-esta-na-cruz-do-senhor/#comments Thu, 12 Apr 2012 11:59:36 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=6867 Ao refletir sobre a Paixão e Ressurreição de Jesus, precisamos também pensar que Sua dor e entrega foi por causa de nós que somos pecadores. Cristo morreu pelos fracos, pelos feridos, pela crueldade das mentiras que semeamos por causa do pecado, pela indiferença e pela maldade. A Palavra de Deus nos revela, claramente, essa verdade...

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Ao refletir sobre a Paixão e Ressurreição de Jesus, precisamos também pensar que Sua dor e entrega foi por causa de nós que somos pecadores. Cristo morreu pelos fracos, pelos feridos, pela crueldade das mentiras que semeamos por causa do pecado, pela indiferença e pela maldade.

A Palavra de Deus nos revela, claramente, essa verdade de um Deus que se entregou por amor a nós: “Em verdade, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou nossos sofrimentos. Ele foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre Ele; fomos curados graças as suas chagas” (Is. 53, 4a.5).

Sobre Cristo pesou nossa culpa e Ele a carregou! Tomou nossas dores para si, humilhou-se em nosso lugar, foi esmagado por amor a nós. E a Palavra ousa dizer que já fomos curados por meio das chagas d’Ele.

A cada dia temos a oportunidade de vivenciar o perdão e a cura contidas nesse grande mistério. Um Deus que se entregou para morrer, deixou-se castigar e ser crucificar por nós. Como ainda podemos não ter experimentado dessa grande graça? Como ainda continuamos a nos agarrar ao pecado, à culpa e às dores do passado se tudo em Cristo se fez novo?

A Palavra é clara: fomos curados! Nossa culpa foi expiada. É tempo de tomar posse do milagre realizado na cruz, de nos abraçarmos com ela e experimentar o poder do amor derramado até a última gota. De seu amor que não cessa de se derramar da cruz.

Abrace a dor de Cristo para sua salvação, abrace-a e diga: “aqui está a cura da minha alma, das minhas enfermidades, das minhas dores de amor”. Em Cristo está nossa ressurreição, mas é preciso abraçar a cruz e beber do amor que dela jorra, derramando nossa vida para que, assim, ela nos seja restituída em toda potência de misericórdia contida no sacrifício de Jesus, nosso Senhor!

Essa graça é para todos, sem nenhuma exceção; em especial aos mais aflitos, enfermos e desesperados. A esses, Deus se doa, intimamente, na cruz e se une aos seus sofrimentos. Nada temas mais, pois Ele, que morrera, ressuscitou e agora vive!

“Eis o lenho da cruz! Demos graças a Deus!”

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Foi um tombo, não a derrota! https://destrave.cancaonova.com/foi-um-tombo-nao-a-derrota/ https://destrave.cancaonova.com/foi-um-tombo-nao-a-derrota/#comments Thu, 29 Mar 2012 14:27:40 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=6478 Quantas vezes nos sentimos fracos frente a alguma situação? Quantas vezes nos sentimos caídos devido a um ato cometido? São diversas as lembranças que nos vêm à memória diante dessas perguntas, pois todos nós, em algum instante da vida, nos sentimos derrotados pelo inimigo, porque recorremos às alegrias do mundo, às coisas humanas. Mas isso...

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Quantas vezes nos sentimos fracos frente a alguma situação? Quantas vezes nos sentimos caídos devido a um ato cometido? São diversas as lembranças que nos vêm à memória diante dessas perguntas, pois todos nós, em algum instante da vida, nos sentimos derrotados pelo inimigo, porque recorremos às alegrias do mundo, às coisas humanas. Mas isso não nos faz indiferentes às coisas de Deus, pois são elas que devemos buscar sempre, porque, certamente, nos trará felicidade eterna.

Nossas quedas nos fazem lembrar de nossa pequenez humana, nos fazem lembrar também que somos finitos e que o pecado está entre nós. Mas uma queda ou um fracasso não deve ser a última história a ser contada em nossa vida.

Em momento algum, na Bíblia Sagrada, Jesus pergunta a uma pessoa qual foi o pecado dela, o que de errado ela cometeu; pelo contrário, está escrito: “Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1,8). Com a certeza da misericórdia de Deus, podemos levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, buscando ser melhores em Deus para, assim, poder alcançar a glória que está em Nosso Senhor.

Na Quarta-feira de Cinzas nos é dito: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. Veja que, mais uma vez, Jesus lhe faz um convite sem olhar seu passado, sem olhar suas quedas, por isso Ele nos chama à conversão, pois sabe que, por sermos pecadores, precisamos nos arrepender de nossos pecados e nos converter, ou seja, deixar as coisas terrenas para encontrar sempre as coisas do Alto.

“Em momento algum, na Bíblia Sagrada, Jesus pergunta a uma pessoa qual foi o pecado dela”

Ele ainda nos pede, novamente, que creiamos no Evangelho, pois o Senhor disse: “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6,33). Essa é a promessa de Cristo para nós. Creia na Sagrada Escritura, pois são Palavras de salvação e Deus sempre cumpre o que nos promete.

Estamos, neste mundo, vulneráveis às investidas do maligno, mas este não é nosso lugar. Viemos e seremos provados; a nós será apresentado todo tipo de sedução, a fim de que nos desviemos do caminho de Deus. No entanto, temos de nos manter firmes na fé, superar os tombos e nunca aceitar a derrota. Fiéis a Cristo Jesus, sejamos confiantes!

Leandro Felipe de Oliveira/PASCOM

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O desafio espiritual de servir a Deus https://destrave.cancaonova.com/o-desafio-espiritual-de-servir-a-deus/ https://destrave.cancaonova.com/o-desafio-espiritual-de-servir-a-deus/#comments Fri, 16 Mar 2012 21:21:20 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=6052 Quando decidimos servir a Deus, não imaginamos que estamos assumindo uma batalha além de nossas forças, por isso, quanto antes percebermos isso, melhor será para nós. O servo de Deus deve reconhecer que sem a ação do Espírito Santo e Sua total submissão à vontade do Senhor nada poderá acontecer de extraordinário. O servo que...

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Quando decidimos servir a Deus, não imaginamos que estamos assumindo uma batalha além de nossas forças, por isso, quanto antes percebermos isso, melhor será para nós.

O servo de Deus deve reconhecer que sem a ação do Espírito Santo e Sua total submissão à vontade do Senhor nada poderá acontecer de extraordinário. O servo que se gloria das graças e dos frutos não conseguirá ir muito longe, pois o Senhor não se alegra com o orgulhoso.

Além dessa total submissão a Deus, existe ainda a batalha contra o mal, as tentações e mentiras de satanás. Ele fará de tudo para corromper em nós o desejo de servir, irá tentar nos manchar pelo pecado e nos convencer de que somos nós que realizamos os milagres e graças, nos afastando, assim, da graça de Deus e nos tornando presas fáceis aos seus ardilosos planos.

Nada acontece por acaso. Somos, a todo tempo, tentados a desistir quando ouvimos palavras que nos machucam, mentiras do inimigo colocadas nos lábios de quem nos ama para nos ferir. Situações de queda, pensamentos impuros, visões tentadoras, verdadeiras batalhas esperam os que seguem o Senhor. Assim como fez com São Paulo, Deus não nos livrará das lutas, ao contrário, desejará ver nossa batalha. E como também disse a Paulo: “Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se revela todo o meu poder” (2Cor 12, 9).

“Assim como fez com São Paulo, Deus não nos livrará das lutas, ao contrário, desejará ver nossa batalha” Alan Ribeiro

Talvez, diante das inúmeras lutas, você comece a pensar se realmente vale a pena continuar. Isso é tudo que o inimigo quer, sua desistência. O Senhor espera por você em cada luta, como um capitão que aguarda seu exército para enfrentar e travar a grande batalha. É n’Ele que está a força, por isso precisamos ver e compreender que, apesar de sermos pequenos e fracos, Ele nos escolheu e nos deu as armas necessárias para vencer o combate.

A nós cabe a humildade de reconhecer nossa total necessidade de Deus. Nossa fraqueza não é motivo para baixar a cabeça e desanimar, mas para dobrar os joelhos e clamar com coragem: “Eu preciso de Ti, Senhor!”.

Então, a força de Deus nos envolverá. Ganharemos confiança diante das muralhas, cairão diante de nós as mentiras e os inimigos de nossa salvação, seremos profetas, proclamaremos a libertação de muitos e assim serão grandes os frutos de Deus em nossa vida. Haverá júbilo em nosso coração e no coração daqueles inúmeros que o Senhor quer salvar por meio de nós. Então, poderemos dizer como São Paulo: “Quando me sinto fraco, então é que sou forte” (2Cor. 12, 10).

“Coragem não é ausência de medo, mas é acreditar que existe algo mais importante do que ele”

“Prefiro ser o mais desprezível dos vermes na Terra por vontade de Deus, do que um anjo no céu por minha própria vontade” (bem-aventurado Henrique Suso).

Alan Ribeiro
Ministério Bethânia

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Deixe logo essa vida de pecado! https://destrave.cancaonova.com/deixe-logo-essa-vida-de-pecado/ https://destrave.cancaonova.com/deixe-logo-essa-vida-de-pecado/#comments Mon, 09 Jan 2012 16:06:02 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=4970 A infelicidade entrou no mundo como um dos maus frutos do pecado. Deus nos criou para a felicidade, para a liberdade e a paz, mas tudo isso nos foi arrancado pelo pecado e suas consequências. Quanto mais mergulhamos no pecado, tanto mais nos sentimos vazios e frios. O pecado é ilusão, um prazer sem consequências,...

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A infelicidade entrou no mundo como um dos maus frutos do pecado. Deus nos criou para a felicidade, para a liberdade e a paz, mas tudo isso nos foi arrancado pelo pecado e suas consequências.

Quanto mais mergulhamos no pecado, tanto mais nos sentimos vazios e frios. O pecado é ilusão, um prazer sem consequências, que, na maioria das vezes, leva à dependência e à escravidão.

Iludidos pela falsa sensação de liberdade buscamos cada vez mais o pecado na pretensão de saciar nosso coração, mas, em vez de nos encher, só nos machucamos e nos destruímos no corpo e na alma. Assim como o usuário de crack, que, dependente da droga, o usa cada vez mais, não porque quer, mas porque está viciado no falso prazer, buscando-o sem medir as consequências. Dessa forma, somente se destrói e deixa de viver. Todo pecado é assim.

Por isso, para reencontrar a felicidade e transformar sua vida, é preciso romper com o pecado, tirar essa barreira, travestida de liberdade, e encher-se de Deus, fonte de verdadeira felicidade.

A história do filho pródigo é, na verdade, a nossa própria história. Ele, ao gastar sua herança e se ver sozinho e tendo apenas a lavagem dos porcos como alimento, se lembra de que tem um pai e volta em busca de reconciliação. Agora, humilde, ele pode reconhecer que ali é seu lugar. O pai, então, o acolhe com uma grande festa e lhe restitui a dignidade e tudo aquilo que já era seu.

Da mesma forma, precisamos voltar, pois o Pai nos espera de braços abertos, ansioso por nos fazer felizes, Ele é o único capaz de saciar a nossa alma, curar nossas feridas, nos encher de paz e nos fazer livres verdadeiramente.

Não desanime ainda! Não! Você tem um lindo futuro pela frente, dê essa chance ao Senhor que todas as tardes o tem esperado e vai esperar quanto tempo for preciso. Dê a Ele essa chance de fazê-lo feliz, abra o seu coração e deixe-se amar. O Senhor não o julga por ter ido embora, tudo que Ele mais quer é você de volta, deixe-se remir por Ele.

“Deus está mais disposto a socorrer um pecador do que uma mãe a retirar o próprio filho do fogo” (São Cura d’Ars).

Alan Ribeiro
Ministério Bethânia

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Fiz um aborto, e agora? https://destrave.cancaonova.com/fiz-um-aborto-e-agora/ https://destrave.cancaonova.com/fiz-um-aborto-e-agora/#comments Thu, 15 Dec 2011 17:05:54 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=5098 Fiz ou induzi alguém ao aborto: há perdão para meu pecado? Por Ricardo Gaiotti e Daniel Machado Essa pergunta foi uma das muitas enviadas para o Destrave após a exibição da reportagem especial sobre o tema “aborto”. Mulheres que, mesmo após terem praticado esse mal há vários anos, ainda carregam as marcas desse ato. Abaixo, alguns...

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Fiz ou induzi alguém ao aborto: há perdão para meu pecado?

Por Ricardo Gaiotti e Daniel Machado

Essa pergunta foi uma das muitas enviadas para o Destrave após a exibição da reportagem especial sobre o tema “aborto”. Mulheres que, mesmo após terem praticado esse mal há vários anos, ainda carregam as marcas desse ato.

Abaixo, alguns dos muitos comentários recebidos sugerindo este tema:

“Tenho 18 anos, namoro há 7 meses e já tomei a pílula do dia seguinte 4 vezes. Me arrependo muitoooo!!!! Será que tenho solução para salvação?”

“Fiz aborto ainda muito jovem, só que a dor que carrego hoje é muito grande. Temo pelos meus erros do passado, até hoje não me perdoo por esse ato. Sei que jamais apagarei isso da minha memória”.

“Sou uma mulher de 57 anos, viúva, católica, tenho dois filhos.Tenho uma amiga de 90 anos, que não consegue se perdoar. Nas palavras dela: ‘Como é que vou chegar no céu? E quando o Senhor pedir contas da morte do meu filho? O que vou dizer a Ele? Como é que vou justificar o porquê de ter matado meu filho’. Na época ela achou que era a solução, mas agora ela sabe e tem consciência do que fez e não consegue se perdoar.”

As consequências do aborto

Veja o testemunho de Elba Ramalho sobre o aborto

Jovem violentada decide pela vida

Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

 

De fato, o aborto é uma falta grave, que não abre espaço para justificavas, pois interrompe bruscamente a vida humana, e uma vida inocente. Mas o que dizer para uma mulher que o cometeu – ou para quem a induziu a cometê-lo – e está arrependida?

“Se esta pessoa se mostrar arrependida do seu ato, nós devemos dizer a ela: ‘Seu pecado foi grande, sim, mas não maior do que a misericórdia de Deus’. A misericórdia de Deus é um abismo, no qual os pecados graves são sugados”, destaca padre Luiz Carlos Lodi, do clero de Anápolis (GO) e líder do Movimento Pró-vida.

O que diz a Igreja? 

O Catecismo da Igreja Católica e o Código de Direito Canônico afirmam que uma mulher que comete o aborto incorre na excomunhão automática (latae sententiae) devido à gravidade do pecado. Ficando a encargo do bispo ou de um sacerdote delegado por ele a competência da absolvição do delito que incorreu na excomunhão.

No Ano da Misericórdia, Francisco permite que padres absolvam pecado de aborto

São João Paulo II, ciente do drama que envolve as mulheres que recorreram a essa prática, dirigiu um pensamento especial para elas na Carta Encíclica Evangelium Vitae (99).

“A Igreja está a par dos numerosos condicionalismos que poderiam ter influído sobre a vossa decisão, e não duvida que, em muitos casos, se tratou de uma decisão difícil, talvez dramática. Provavelmente a ferida no vosso espírito ainda não está sarada. Na realidade, aquilo que aconteceu, foi e permanece profundamente injusto. Mas não vos deixeis cair no desânimo, nem percais a esperança. Sabei, antes, compreender o que se verificou e interpretai-o em toda a sua verdade. Se não o fizestes ainda, abri-vos com humildade e confiança ao arrependimento: o Pai de toda a misericórdia espera-vos para vos oferecer o seu perdão e a sua paz no sacramento da Reconciliação. A este mesmo Pai e à sua misericórdia, podeis com esperança confiar o vosso menino. Ajudadas pelo conselho e pela solidariedade de pessoas amigas e competentes, podereis contar-vos, com o vosso doloroso testemunho, entre os mais eloquentes defensores do direito de todos à vida. Através do vosso compromisso a favor da vida, coroado eventualmente com o nascimento de novos filhos e exercido através do acolhimento e atenção a quem está mais carecido de solidariedade, sereis artífices de um novo modo de olhar a vida do homem.”

Com esse ensinamento, o saudoso Sumo Pontífice polonês indicou os caminhos que deverão ser observados para quem comete tal ato: a busca do sacramento da reconciliação e, posteriormente, um testemunho autêntico em da defesa da vida.

Desta forma, mesmo diante da situação de erro e dor, é possível recomeçar, unindo-se ao mistério da misericórdia do Senhor e traçando um caminho sincero de conversão e santidade. Portanto, afirmou o Santo Padre: “Não vos deixeis cair no desânimo, nem percais a esperança, sabei, antes, compreender o que se verificou e interpretai-o em toda a sua verdade”.

Para você que praticou ou induziu alguém a praticar esse ato e hoje está arrependido, lembre-se: nada é maior do que a misericórdia de Deus!

 

 

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