reportagem – Destrave https://destrave.cancaonova.com O ‘Destrave’ é um projeto da Canção Nova com produção de reportagens especiais sobre temas voltados para a juventude, lançado em maio de 2011 Tue, 05 Sep 2017 12:05:09 +0000 pt-BR hourly 1 Decidi. Quero me casar! https://destrave.cancaonova.com/decidi-quero-me-casar/ https://destrave.cancaonova.com/decidi-quero-me-casar/#comments Tue, 26 May 2015 13:11:29 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=10120 Esta decisão ‘Quero me casar!’ não pode ser tomada sem antes entender bem o que significa construir uma vida a dois. Esse é, sem dúvida, um momento especial na vida de muitas pessoas: “Decidi. Quero me casar!”. Porém, antes de fazer essa pergunta para a pessoa amada, deveríamos nos questionar em diversos pontos. Afinal, o...

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Esta decisão ‘Quero me casar!’ não pode ser tomada sem antes entender bem o que significa construir uma vida a dois.

Esse é, sem dúvida, um momento especial na vida de muitas pessoas: “Decidi. Quero me casar!”. Porém, antes de fazer essa pergunta para a pessoa amada, deveríamos nos questionar em diversos pontos. Afinal, o que levou você a fazer ou aceitar esse convite? É um filho que vem por aí? Está buscando ser feliz? Será bom financeiramente? Ela (e) é muito linda (o)? Ele (a) tem um ótimo emprego? É a tradição? Se não der certo, terminaremos?

Dias atrás, ouvi um pregador que dizia: “Não se pode buscar a felicidade no outro, é preciso antes ser feliz, estar bem resolvido e procurar fazer o cônjuge feliz. Buscar a felicidade no outro é um erro, pois é muito fácil se desapontar, pois ‘só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que não se cansa de procurar'” (Catecismo da Igreja Católica n. 27).

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O matrimônio é, na verdade, uma vocação ao amor e ao serviço da vida, porém, essa instituição vem sendo atacada fortemente pela mídia nos últimos tempos. O adultério parece bonito nas novelas, o relacionamento entre pais e filhos está abalado com a falta de autoridade dos pais, a indissolubilidade nem é cogitada, a supervalorização do corpo, a fé e a oração ficam em último plano.

A principal vocação do ser humano é o amor. Fomos criados por um ato de amor de Deus, temos esse desejo inscrito em nosso coração. Para nós cristãos, o matrimônio é um símbolo da Nova e Eterna Aliança, é uma representação real, pelo sinal sacramental, da mesma relação de Cristo com a Igreja, por isso mesmo indissolúvel.

O casal precisa se amar e estar em Deus, nunca deve deixar Jesus de lado, a oração deve ser uma constante em um lar cristão. Devemos participar ativamente na vida da Igreja. Mas de que forma? Procurando imitar Cristo. Profeta, Sacerdote e Rei, apresentando por isso a família cristã como:

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1) comunidade de fé e evangelizadora, dentro e fora do lar (ser profeta)

2) comunidade em diálogo com Deus, onde um santifica o outro, principalmente buscando a Eucaristia todos os domingos (ser sacerdote)

3) comunidade a serviço do homem, um servindo ao outro no lar, e a família servindo aos irmãos, principalmente aos mais necessitados. (ser rei não conforme o mundo, mas sim conforme Jesus)

Termino citando São João Paulo II na Familiaris Consortio

“Família, «torna-te aquilo que és»! A família tem a missão de se tornar cada vez mais aquilo que é, ou seja, comunidade de vida e amor. Deve dizer-se que a essência e os deveres da família são, em última análise, definidos pelo amor. Por isso é-lhe confiada a missão de guardar, revelar e comunicar o amor, qual reflexo vivo e participação real do amor de Deus pela humanidade e do amor de Cristo pela Igreja, sua esposa.

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Tráfico humano, a escravidão dos tempos modernos https://destrave.cancaonova.com/trafico-humano-a-escravidao-dos-tempos-modernos/ https://destrave.cancaonova.com/trafico-humano-a-escravidao-dos-tempos-modernos/#comments Wed, 05 Nov 2014 14:19:16 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=10321 Por Daniel Machado Mais de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano em todo o mundo “Eles me levaram para a Polônia, depois para Portugal, África e, então, para São Paulo. Em todos esses lugares, eu fui explorada sexualmente e obrigada a transportar drogas”. Este é o depoimento de Cristina, da República Tcheca,...

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Por Daniel Machado

Mais de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano em todo o mundo

“Eles me levaram para a Polônia, depois para Portugal, África e, então, para São Paulo. Em todos esses lugares, eu fui explorada sexualmente e obrigada a transportar drogas”. Este é o depoimento de Cristina, da República Tcheca, uma das duas milhões de pessoas que, segundo a ONU, são vítimas do tráfico humano, a terceira maior e mais lucrativa atividade criminal em todo o mundo.

O tráfico de seres humanos é considerado a escravidão dos tempos modernos, uma indústria que movimenta cerca de 30 bilhões de dólares anualmente. Pessoas são olhadas e usadas como mercadoria, seja ela para exploração sexual, trabalho escravo, adoção ilegal ou tráfico de órgãos.

Confira a primeira parte da reportagem


Tráfico para exploração sexual

O tráfico de pessoas para a exploração sexual é o mais comum em todo o mundo. As principais vítimas são mulheres entre 10 e 29 anos, solteiras que se encontram em situação de vulnerabilidade. No Brasil, este crime está associado à prostituição e ao recrutamento de garotas em regiões pobres e de dificuldades socioeconômicas. Mas segundo a advogada Tânia Teixeira Laky, este é um dado que vem mudando ano após ano. “Nós encontramos meninas que são aliciadas em universidades, em salões de beleza, agências de modelos, sempre com uma promessa de que lá fora ela vai ter uma carreira e uma vida melhor. Então, é um mito a ideia de que somente garotas pobres são aliciadas por esses criminosos”, relata a advogada.

Para Sueli Aparecida, coordenadora nacional da Pastoral da Mulher Marginalizada (PMM), muitas mulheres que recebem propostas de trabalho no exterior sabem que vão para se prostituir, mas não têm ideia de que serão exploradas.

Segundo relatório da ONU, é importante destacar que tanto nos termos do Protocolo de Palermo como nos termos da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, o consentimento da vítima é irrelevante. Não importa se ela sabia ou não que iria se prostituir, se concordou em ser transportada para trabalhar em outro estado ou país. Basta que o meio utilizado tenha sido a força ou outras formas de coação.

Mapa da exploração sexual no Brasil e no Mundo

Segundo dados da ONU, do Ministério da Justiça e da CPI do Tráfico Humano, o Brasil é uma rota receptora e intermediária para esse crime. Estima-se que existam mais de 200 rotas por onde se articulam as quadrilhas de seres humanos, que agem de maneira muito peculiar dependendo da região e do fim para a qual recrutam as pessoas.

Destrave- Tráfico Humano

Chefe da delegacia da PF no aeroporto de Guarulhos, o delegado Wagner Castilho “o trabalho da PF no aeroporto é o de coibir o crime mas também alertar as pessoas”

No nordeste, por exemplo, mulheres e adolescentes são geralmente recrutadas para se prostituírem nas regiões litorâneas, atendendo à demanda da turismo sexual. Capitais como Fortaleza, Natal e Salvador ocupam o topo da lista quando o assunto é exploração de mulheres, crianças e adolescentes para a prostituição. Já no Norte e Centro-Oeste do Brasil, a exploração sexual está ligada às quadrilhas internacionais de tráfico humano, onde mulheres e adolescentes são levadas para fronteiras de países como Suriname, Guiana-Francesa e outros países da América Latina, ou exploradas em garimpos. O sul e o sudeste, especificamente Rio de Janeiro e São Paulo, são considerados rotas receptoras e intermediárias, uma vez que possuem os aeroportos de maior tráfego aéreo do país e o maior volume de pessoas em portos e rodoviárias.

Quando o assunto é tráfico internacional, a situação fica bem mais complexa, uma vez que, embarcando para outro país, a pessoa não tem o amparo legal e a proteção que teria em sua pátria. Segundo o delegado Wagner Castilho, chefe da Delegacia de Polícia Federal do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, a maior dificuldade no combate às quadrilhas é que as pessoas que estão embarcando não se sentem vítimas. “As pessoas acreditam que estão indo para uma vida melhor no exterior; e quando elas são abordadas pela Polícia Federal, se sentem constrangidas, até nos dizem: ‘Vocês estão nos chamando de prostitutas?’. Neste caso, os agentes não podem fazer nada, a não ser orientar e alertar dos riscos de se estar embarcando sem uma comprovação legal por parte das autoridades do país de destino, como o visto de trabalho, por exemplo”, diz o delegado.

Segundo dados do Ministério da Justiça e do Ministério das Relações Exteriores, de 2005 a 2012, foram registrados 474 casos de tráfico internacional. Mas o número é bem maior, considerando que muitas pessoas não denunciam que foram vítimas deste crime, por medo, coação ou vergonha. Os países que mais receberam brasileiras (os) para este fim foram Espanha, Suíça e Suriname.

Tráfico Humano por país

Vítimas de tráfico de pessoas por país, segundo o Ministério das Relações Exteriores/Divisão de Assistência Consular

Tráfico para trabalho escravo

Uma outra modalidade do tráfico humano que vem crescendo de forma assustadora é o tráfico para fins de trabalho escravo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) só no ano de 2012, 20,9 milhões de pessoas foram vítimas de trabalho forçado globalmente. No Brasil, Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público, de 2000 a 2013 foram registrados 1.758 casos relacionados a tráfico de pessoas, sendo 1.348 destes recorrentes ao trabalho escravo ou a situações análogas a esta prática.

O trabalho escravo pode ser encontrado em todas as regiões do Brasil, sobretudo no campo, nas carvoarias, nos garimpos e canaviais que ficam nos interiores das cidades. Outra modalidade que também está merecendo destaque nos jornais, nos últimos anos, é o trabalho escravo urbano nas oficinas de costura e construção civil. As vítimas são quase sempre bolivianos, peruanos, paraguaios e haitianos recrutados e transportados pelos ‘coiotes’ para cidades fronteiras e, depois, para capitais como São Paulo. Estima-se que 300 mil bolivianos, 70 mil paraguaios e 45 mil peruanos estejam vivendo na região metropolitana de São Paulo, a maioria sujeita a condições de trabalho análogas à de escravo.

trabalho escravo - destrave

Roque Pattusi, coordenador do Centro de Apoio ao Migrante (CAMI)

Segundo Roque Pattusi, coordenador do Centro de Apoio ao Migrante (CAMI), entidade ligada à Pastoral do Migrante da Igreja Católica, as pessoas são aliciadas sempre com a promessa de trabalho e uma vida melhor, mas quando chegam, são colocados em condições sub-humanas. “Estas pessoas são forçadas a trabalhar até 18 horas por dia, dormem e comem na oficina onde trabalham, tomam banho uma vez por semana, respiram pó, têm os seus documentos apreendidos e precisam trabalhar até um ano de graça para pagar os custos da viagem até o Brasil”.

Segundo o Ministério do Trabalho, só no ano de 2013, mais de 330 autos de infração foram deflagrados em mais de cinco grandes confecções, que resultaram em 6,5 milhões de multas e 1 milhão em ressarcimento de rescisões de contrato de trabalhadores que viviam em situações de escravidão.

Para Paolo Parise, coordenador da Missão Paz, denúncia e fiscalização são as melhores armas para combater esse tipo de crime. “Se você souber que existe alguma oficina de costura perto da sua casa, ligue para a fiscalização, faça uma denúncia. Depois, se conhecer alguma marca que esteja associada ao uso desta mão de obra escrava, não compre esses produtos”, diz o sacerdote.

O disque denúncia da Secretaria dos Direitos Humanos (Disque 100) é o número para denunciar toda forma de tráfico, exploração sexual ou trabalho escravo.

Confira a segunda parte da reportagem

Tráfico de crianças e adolescentes

Segundo o UNODOC (Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes), 30% de todas as pessoas traficadas no mundo são crianças e adolescentes, usadas para fins de exploração sexual, trabalho escravo, tráfico de órgãos e adoção ilegal.

Uma prática que tem ganhado a atenção das autoridades é a adoção ilegal, quando uma mãe, família ou parente da criança é obrigado, enganado e/ou coagido a doar a criança a fim de burlar a lei e o Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

Ivanise Esperidião, fundadora da Ong Mães da Sé

Ivanise Esperidião, fundadora da Ong Mães da Sé

Para Ivanise Esperidião, fundadora do movimento Mães da Sé, que trabalha na divulgação de crianças desaparecidas, a adoção ilegal é um crime muito comum no Brasil, mas pouco denunciado. “Nós sabemos que muitos casais estrangeiros vêm ao Brasil buscar crianças para levá-las para o exterior. Existem abrigos que possuem até uma espécie de UTI neo-natal; e isso envolve juízes, advogados, uma série de pessoas que facilitam essa prática e lucram com ela. O problema é que nós não sabemos para onde essas crianças estão indo ou se estão sendo exploradas por redes internacionais de tráfico humano”.

Em 2013, a CPI do Tráfico Humano alertou para outras formas de exploração de crianças e adolescentes, como o tráfico de garotos em escolinhas de futebol e agências de modelos que recrutam adolescentes.

Em abril deste ano, o Papa Francisco fez um pronunciamento na 2ª Conferência Internacional sobre Combate ao Tráfico Humano. Em seu discurso, o Pontífice recordou que o tráfico de pessoas é uma “chaga” na sociedade contemporânea e na carne de Cristo, e que os esforços e as estratégias para se combater o tráfico “devem ser acompanhados da compaixão evangélica por mulheres e homens vítimas deste crime”, salientou Francisco.

Neste ano de 2014, a CNBB trouxe o tema do tráfico de pessoas para a Campanha da Fraternidade. Mas este não deve ser apenas uma reflexão de Quaresma; é preciso que nós, cristãos e homens de boa vontade, estejamos cientes de que tantos irmãos e irmãs, filhos de Deus, estão sendo tratados como mercadoria, e nós não podemos nos calar diante desse crime contra a humanidade.

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As tristes consequências da ausência paterna https://destrave.cancaonova.com/as-tristes-consequencias-da-ausencia-paterna/ https://destrave.cancaonova.com/as-tristes-consequencias-da-ausencia-paterna/#comments Mon, 06 Oct 2014 18:08:47 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=10192 Por Daniel Machado “A principal consequência de um jovem crescer sem o contorno masculino é ele acreditar que ‘querer é poder'”  Uma das facetas da crise da masculinidade é, sem dúvida, a carência da figura paterna na sociedade. O número de crianças que crescem sem a presença do pai em todo o mundo vem aumentando...

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Por Daniel Machado

“A principal consequência de um jovem crescer sem o contorno masculino é ele acreditar que ‘querer é poder'” 

Uma das facetas da crise da masculinidade é, sem dúvida, a carência da figura paterna na sociedade. O número de crianças que crescem sem a presença do pai em todo o mundo vem aumentando de forma alarmante nas últimas três décadas. Só nos Estados Unidos, são 24 milhões de crianças (1 a cada 3) que vivem nessa situação.

No Brasil, não há pesquisas que mostrem o sumiço do pai na vida dos filhos, mas segundo a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-SP), de cada 20 crianças registradas em São Paulo, uma não tem o nome do pai na Certidão de Nascimento.

A importância da autoridade paterna

A crise da masculinidade

10 dicas para uma paternidade mais saudável

A mesma pesquisa nos Estados Unidos revelou que a grande maioria dos problemas sociais da América estavam relacionados à ausência da figura paterna na vida de sujeitos com problemas com a lei, por exemplo.

Os números revelaram ainda que esses lares sem a presença do pai aumentam em quatro vezes o risco de a criança viver na pobreza. Apresentam níveis mais elevados de comportamento agressivo, duas vezes mais riscos de mortalidade infantil. Essas crianças são mais propensas à delinquência e a problemas com a lei. Tem sete vezes mais probabilidade de engravidar na adolescência e maior chances de sofrer maus tratos e negligência. Crianças que sofrem com a ausência do pai são mais propensas ao uso e abuso de álcool e drogas, duas vezes mais propensas à obesidade e ao abandono dos estudos. No Brasil, uma pesquisa do Datafolha revelou que 70% dos menores infratores internados na antiga Febem não viviam com o pai.

Para o psicoterapeuta e doutor em psicologia Alberto Pereira Lima Filho, o problema não está tanto na ausência física de um pai, mas na presença de um pai disfuncional. “Não se trata apenas de crianças ou adolescentes que estejam por aí sem um pai para terem como parâmetro. Existe, sim, um pai que está presente, mas atuando negativamente na construção de um ser problemático, com condutas desviantes.”

Veja no vídeo abaixo a entrevista com o dr Alberto Pereira Lima Filho 

A falta do contorno masculino

Para o psicólogo Alberto Pereira, a ausência de uma figura paterna na construção da psiquê de uma pessoa pode causar grandes danos a ela. “A pior consequência de um sujeito crescer sem esse contorno masculino é ele desenvolver a crença de que ‘querer é poder’, e eu não conheço nada mais perigoso neste mundo do que essa ideia. Quem acredita que querer é poder sai por aí barbarizando, pois crê que o seu desejo deve ser realizado a qualquer custo; portanto, cresce sem filtros, sem critérios, cuidados ou considerações pelo outro”, denuncia Alberto Pereira.

Infográfico: o fator pai

Consequências da Ausência Paterna

 

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A crise da masculinidade https://destrave.cancaonova.com/a-crise-da-masculinidade/ https://destrave.cancaonova.com/a-crise-da-masculinidade/#comments Thu, 02 Oct 2014 19:03:41 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=10124 Por Daniel Machado Por longos séculos a identidade masculina esteve ligada à sua virilidade. A imagem do homem herói, guerreiro, combatente, caçador, conquistador e protetor permeou as diversas culturas e plasmou a figura dele na história. No entanto, os especialistas afirmam que este modelo está em declínio. O homem moderno trocou a aparência viril por...

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Por Daniel Machado

Por longos séculos a identidade masculina esteve ligada à sua virilidade. A imagem do homem herói, guerreiro, combatente, caçador, conquistador e protetor permeou as diversas culturas e plasmou a figura dele na história. No entanto, os especialistas afirmam que este modelo está em declínio. O homem moderno trocou a aparência viril por uma mais estética e delicada, quase beirando à imagem feminina. Há quem diga que isso é apenas uma questão cultural, um tipo de estereótipo que acompanhou o modelo patriarcal ao longo dos anos; contudo, não se pode negar que estas mudanças estão colocando o homem numa verdadeira berlinda existencial.

Quando falamos sobre a crise da masculinidade, apoiamo-nos no fenômeno da transição que tem acontecido no mundo masculino no decorrer do tempo e, como em toda mudança, podemos contemplar fatos positivos dessa realidade e outros nem tanto.

Confira no vídeo abaixo o primeiro bloco da reportagem

Mas afinal o que é ser homem? Como, na cultura atual, eles podem se diferenciar das mulheres?

“A mulher é mensalmente lembrada, no seu corpo, de que ela é mulher, e isso a ajuda muito na sua condição feminina. O homem não tem nenhum evento corpóreo que venha em seu socorro neste sentido; por isso ele fica na dependência de ritos sociais e culturais que cumpram esta função. Em alguns povos primitivos estes rituais ainda funcionam maravilhosamente bem, mas, na nossa sociedade moderna, esses ritos de iniciação masculina se perderam”, enfatiza o psicoterapeuta Alberto Pereira Lima Filho.

Crise da Masculinidade, destrave

Padre Paulo Ricardo, em entrevista para o Destrave

Segundo padre Paulo Ricardo, sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT), que tem debatido o tema em palestras pelo Brasil afora, a crise da masculinidade consiste em que o jovem rapaz já não consegue se distanciar muito do mundo feminino. “O ser homem não está somente relacionado aos hormônios masculinos, mas à sua missão de se afastar do mundo feminino e, depois, voltar para protegê-­lo. O que acontece hoje é que o homem não quer mais se afastar deste feminino e, por isso, não tem cumprido a sua missão de ser homem”, afirma o sacerdote.

A ideologia de gênero e o movimento feminista

Na vanguarda da crise da masculinidade estão os grandes movimentos de desconstrução dos sexos, como o feminismo radical e a ideologia de gênero. Esta polêmica foi levantada por uma famosa feminista chamada Camille Paglia, que, em entrevista a uma conhecida revista brasileira, disse que o feminismo foi duro demais com os homens. Segundo Paglia, ao exigir espaço num mundo que pertencia exclusivamente aos homens, as mulheres acabaram os colocando numa verdadeira encruzilhada. “As mulheres pedem aos homens que eles sejam o que não o são e, quando eles se tornam o que não são, elas não os querem mais”, declarou.

A importância da autoridade paterna

As tristes consequências da ausência paterna

10 dicas para uma paternidade mais saudável

“O que acontece hoje é que os movimentos feministas colocaram na cabeça das pessoas que ser homem é ruim, ser homem é ser um opressor, e que o bonito é ser delicado. Enquanto antigamente o rapaz recebia estímulo do pai e da própria sociedade para ser homem, hoje o rapaz se sente culpabilizado com a ideia de que ser homem é ser um opressor”, ressalta padre Paulo Ricardo.

De acordo com a socióloga Arlene Denise, a ideologia de gênero ajudou a confundir ainda mais os papéis do homem e da mulher na sociedade. “A criança e o adolescente precisam fazer um caminho árduo de identificação com a figura masculina para se tornarem homens. O que acontece é que a ideologia de gênero vem e diz para este adolescente e esta criança que eles podem ser o que quiserem, e isso confunde muito a cabeça dos meninos”, alerta a socióloga.

Metrossexualidade

"Eu gasto mil reais por mês em cosmético", afirma Rogério Azor / Foto: reprodção

Um modelo masculino, que surgiu nos últimos 20 anos e que retrata bem esta crise do homem moderno, são os chamados metrossexuais. São homens – provenientes dos centros urbanos e das grandes metrópoles – excessivamente preocupados com a aparência, que assumiram um mercado até então rigorosamente ocupado por mulheres, como os salões de beleza e clínicas de estética. Eles pintam a unha, fazem a sobrancelha, depilam o corpo, gastam horas em frente ao espelho e não fazem economia quando o assunto é beleza e cosméticos.

Para Rogério Azor Bocalari, cinegrafista e metrossexual assumido, o homem que se preocupa com a aparência faz parte de uma cultura que tem crescido a cada dia, por isso as clínicas de beleza estão investindo mais nesse segmento. “Eu conheço muita gente que critica e diz que as coisas que eu faço para melhorar minha aparência são referentes ao comportamento feminino. Mas eu discordo dessas pessoas, porque elas ainda têm na mente a ideia de que o homem é aquele cara ‘ogro’ e ‘antigão’”.

Segundo a socióloga Arlene Denise, a metrossexualidade é um reflexo da nossa cultura narcisista e consumista. “Nós vivemos numa cultura em que as pessoas precisam o tempo todo ser vistas; para isso, precisam consumir. A nossa mídia está a serviço da cultura do consumo, porque, quanto mais vaidoso um homem for, tanto mais ele vai gastar com salão de beleza, academia, depilação e cosméticos de todos os tipos”, recorda Arlene.

Confira no vídeo abaixo o 2º bloco da reportagem

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, só nos últimos cinco anos cresceu em 93% a frequência de homens em clínicas de estética e salões de beleza no país. Uma pesquisa norte-americana também revelou que os homens estão investindo mais tempo e dinheiro com a aparência: eles consomem, em média, 22 minutos diários em frente ao espelho e quase dois mil reais mensais em produtos de beleza. 72% deles disseram se sentir mais pressionados pela sociedade em relação à aparência do que há 10 anos.

A crise da paternidade

De acordo com especialistas no assunto a crise da masculinidade desemboca numa outra crise: a da paternidade. Mas qual a importância da figura paterna para uma pessoa?

Crise da masculinidade, Destrave

Dr. Alberto Pereira Lima Filho, em entrevista para o Destrave / Foto: reprodução

“O pai apresenta ao filho o mundo ordenado, que tem leis, regras, costumes e ética e a noção do outro. O avesso disso é desastroso, é o que chamamos de psicopatia, que é justamente a ausência de senso de limite, de regra e da falta da noção do outro na psique”, informa o psicólogo Alberto Pereira Lima.

Segundo o especialista, as pessoas não estão “à deriva” de um pai, mas, muitas vezes, têm um pai “disfuncional”, ou seja, desajustado e inoperante. “A presença de um pai ‘disfuncional’ grita mais do que a ausência física de um pai, porque ele vai funcionar como um parâmetro para a construção de um ser de conduta problemática e desviante”, destaca o psicólogo.

A reflexão do doutor Alberto está de acordo com estudos realizados nos Estados Unidos, os quais mostram que, neste país, uma em cada três crianças vive sem o pai biológico ou sem referência paterna em casa. Os números das pesquisas revelaram que, nos lares sem a presença do pai, as chances de as crianças viverem na pobreza são quatro vezes maiores. Revelaram também que elas apresentam níveis mais elevados de comportamento agressivo. E que a mortalidade infantil entre esse público é duas vezes maior e que estão mais propensas à delinquência e a ter problemas com a lei. Os números também mostraram que as jovens que crescem sem a presença paterna têm sete vezes mais probabilidade de engravidar na adolescência e maior probabilidade de sofrer maus-tratos e negligência. E estão mais propensas ao uso e ao abuso de álcool e drogas. E duas vezes mais suscetíveis à obesidade e ao abandono dos estudos.

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O que está por trás do discurso da legalização da maconha? https://destrave.cancaonova.com/o-que-esta-por-tras-do-discurso-da-legalizacao-da-maconha/ https://destrave.cancaonova.com/o-que-esta-por-tras-do-discurso-da-legalizacao-da-maconha/#comments Mon, 21 Jul 2014 17:41:32 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=9886 “O raciocínio ideológico pró-maconha extrapola qualquer tipo de pesquisa científica que prove os malefícios da erva” Por Daniel Machado Nos últimos anos, tem se levantado uma interminável discussão sobre os benefícios e malefícios da maconha. Apesar de estudos importantes como as da Universidade Complutense (Espanha) e Universidade de Duke (EUA) comprovarem que o THC – Tetrahidrocanabinol...

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“O raciocínio ideológico pró-maconha extrapola qualquer tipo de pesquisa científica que prove os malefícios da erva”

Por Daniel Machado

Nos últimos anos, tem se levantado uma interminável discussão sobre os benefícios e malefícios da maconha. Apesar de estudos importantes como as da Universidade Complutense (Espanha) e Universidade de Duke (EUA) comprovarem que o THC – Tetrahidrocanabinol (princípio ativo da maconha) – causa dependência, morte de neurônios, 3,5% mais chance de doenças mentais em quem a consome regularmente, dentre outros malefícios, não é difícil encontrarmos ídolos, artistas, jornalistas e até políticos engajados num discurso ideológico da legalização da erva nas ‘marchas da maconha’ em várias capitais do Brasil.

Confira o especial sobre drogas

Os efeitos da maconha no organismo

A pergunta é: por que o discurso da legalização da maconha persiste se centenas de pesquisas científicas mundo afora estão provando o mal que ela causa às pessoas?

A verdade é que os defensores da legalização da maconha pouco se importam com pesquisas no campo da saúde, indicando que a cannabis é tão nociva quanto a cocaína ou as anfetaminas, por exemplo, ou se algum adolescente vai desenvolver esquizofrenia ou qualquer outro tipo de doença mental por “dar um tapa”, uma única vez, num baseado. Também não é de interesse deles se esses usuários vão migrar para drogas mais fortes no futuro. O raciocínio ideológico pró-maconha e os interesses político/culturais e econômicos, que estão por trás deste discurso legalista, extrapolam qualquer tipo de pesquisa que prove o contrário de suas ideias revolucionárias.

Vídeo: dados da maconha no Brasil e no mundo

O Uruguai, primeiro país do mundo a regular o plantio e o consumo da droga, recebeu críticas e aplausos pela política de legalização, apesar de 66% da população do país se dizer contra ela. Pouca gente sabe, no entanto, que, às vésperas do discurso de José Mujica, na Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente do Uruguai esteve reunido com George Soros, um multibilionário húngaro-americano criador da Open Society, que está por traz da maioria das ONGs que fazem o lobby da descriminalização da maconha e de outras drogas mundo afora. Em seu site, a própria Open Society Fundation diz que a política de descriminalização das drogas em Portugal “é o segundo de uma série de relatórios do Programa Global de Políticas sobre Drogas das Fundações Open Society”.

Engana-se quem pensa que a política de descriminalização e legalização da maconha é uma obra dos uruguaios. Engana-se também quem pensa que essas mesmas políticas que avançam pelo mundo, na tentativa de legalizar outras drogas, é de cunho nacional desses países.

“A verdade é que os defensores da legalização da maconha pouco se importam com pesquisas no campo da saúde indicando que a cannabis é tão nociva quanto a cocaína ou as anfetaminas.”

Um outro ponto em que os pró-maconha de plantão “viajam” (se me permitem o trocadilho) para fundamentar a legalização da erva é a questão do tráfico. “Se já existe um comércio ilegal, se não é difícil conseguir maconha da mão de um traficante, será que a legalização não enfraqueceria o tráfico e a violência por trás dele?”, dizem eles.

Bom, essa é a principal intenção do Governo uruguaio ao regular o plantio e a venda da cannabis no país: tirar o usuário da mão do traficante. O problema é que o tráfico sempre se reinventa; e, segundo dados das polícias de fronteira de países vizinhos como o Brasil, já é possível encontrar novas rotas de maconha para o Uruguai, ou seja, a legalidade da droga no Uruguai tem sido um bom negócio também para os traficantes. Prova disso é que, em 2012, o número de apreensão de drogas em território uruguaio foi de 1,9 para 2,1 toneladas em 2013. Podemos concluir que ou a polícia uruguaia encontrou novos métodos de apreensão em massa de drogas em menos de um ano ou mais maconha está sendo despejada no país pelo mercado negro.

Outro ponto cego dessa teoria é que, se o problema for acabar com o tráfico por meio da legalização da maconha, por que não acabar com toda forma de tráfico legalizando outras drogas como cocaína, crack, ecstasy etc? Alguém pagaria para ver os resultados?

Mas vamos olhar por um lado mais otimista. O bom desse debate todo, que envolve a legalização da maconha, é que fica cada vez mais claro quem são os personagens e protagonistas desse discurso e seus reais interesses. Acredite, eles não estão preocupados com a saúde do usuário, muito menos em combater o tráfico, apenas ‘abriram uma fresta da cortina’ para nos mostrar o que pretendem com o “mi-mi-mi” do “legalize já”: poder.

Veja no infográfico abaixo os efeitos da maconha no organismo. (Clique na imagem para abrir)

infográfico-efeitos-maconha-organismo-destrave

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Drogas sintéticas: curtir este 'barato' pode custar caro https://destrave.cancaonova.com/drogas-sinteticas-curtir-este-barato-pode-custar-caro/ https://destrave.cancaonova.com/drogas-sinteticas-curtir-este-barato-pode-custar-caro/#comments Tue, 01 Jul 2014 20:15:09 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=9862 Por Daniel Machado “As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório e o seu consumo tem sido classificado pela ONU, nos últimos anos, como alarmantes e sem precedentes” Diferente das substâncias naturais, as drogas sintéticas são quimicamente produzidas pelo ser humano em laboratórios e consideradas estimulantes poderosos, depressores ou perturbadores do Sistema Nervoso Central (SNC). São...

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Por Daniel Machado

“As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório e o seu consumo tem sido classificado pela ONU, nos últimos anos, como alarmantes e sem precedentes”

Diferente das substâncias naturais, as drogas sintéticas são quimicamente produzidas pelo ser humano em laboratórios e consideradas estimulantes poderosos, depressores ou perturbadores do Sistema Nervoso Central (SNC). São entorpecentes altamente viciantes, além de causar outros danos irreparáveis como psicose, transtorno de ansiedade generalizada, alheamento afetivo e esquizofrenia, ou seja, é um “barato” que pode custar muito caro.

Confira a reportagem especial sobre Drogas

Um recente relatório intitulado “2014 Global Synthetic Drugs Assessment” (Avaliação Global de Drogas Sintéticas – 2014), publicado pelo Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODOC), revelou que a produção e o consumo de drogas sintéticas tem alcançado números alarmantes, superando os da heroína e cocaína em muitos lugares do mundo.

Novas Substâncias Psicoativas (NPS)

Segundo o relatório global, foram registradas 348 Novas Substâncias Psicoativas (NPS), de 2008 a 2013, “mas o número real de NPS disponível no mundo pode ser significativamente superior, dado que esses números refletem apenas relatos de fontes oficiais e não leva em conta fontes não oficiais”, diz o relatório.

Atualmente, apenas 234 substâncias sintéticas psicoativas estão catalogadas pela Convenção de Narcóticos e Drogas de 1971, “no entanto, a variedade de novas substâncias disponíveis no mercado de drogas ilícitas é maior do que nunca”, diz o relatório.

relatório sobre drogas sintéticas Destrave

Relatório global aponta números alarmantes de consumo e produção de drogas sintéticas. Foto: reprodução

Anfetaminas e derivados

A maioria das drogas produzidas em laboratório tem em sua composição a anfetamina, uma droga que estimula demais os neurotransmissores, provocando uma descarga de adrenalina muito grande no corpo, aumentando a pressão sanguínea e a aceleração dos batimentos cardíacos. Esses efeitos colaterais deixam o usuário hiperativo, “ligado” e “elétrico” por longas horas, além de inibir o sono e o apetite. Por isso, muitas drogas derivadas dessas substância como o ecstasy e o LSD são consideradas drogas da balada, consumidas principalmente em boates e raves.

Os efeitos do Ecstasy

A anfetamina e seus derivados como dextroanfetamina e metanfetaminas são altamente viciantes e o uso dessas substâncias pode causar psicose e transtornos mentais.

No Brasil, a anfetamina é proibida pela Anvisa, mas ainda é muito usada ilegalmente para dietas de emagrecimento ou em forma de derivações como ecstasy e LSD nas baladas. Nos Estados Unidos, é conhecida também como ice, chalk, speed, meth, glass, crystalNo país, as drogas sintéticas são caras em comparação com a maconha, a cocaína ou o crack. 1 (um) comprimido de ecstasy, por exemplo, pode ser comprado por 30 ou 40 reais, por isso é considerada droga de elite.

Canabinoides sintéticos

Outra droga sintética que aparece no relatório das Nações Unidas como o mais novo avanço das designer drugs são os canabinoides sintéticos, conhecidos como Spice ou K2. São substâncias modificadas a partir de plantas e ervas com princípio ativo semelhantes ao da maconha (THC).

Essas substâncias são difíceis de serem combatidas e colocadas no rol das drogas ilegais, porque muitas delas são comercializadas como sais de banho, aromáticos e herbais. Apesar de trazerem escritas em seus rótulos “proibido para consumo humano”, elas são facilmente comercializadas pela internet e seus efeitos alucinógenos são semelhantes à drogas ilegais como maconha ou haxixe.

Os efeitos dos canabinoides sintéticos são semelhantes aos da maconha, como pensamento e fala desorganizados, delírios, alucinações e outras alterações na percepção, além de danos psicóticos permanentes como esquizofrenia, déficits cognitivos e problemas crônicos de memória.

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Droga, um problema nosso https://destrave.cancaonova.com/drogas-um-problema-nosso/ https://destrave.cancaonova.com/drogas-um-problema-nosso/#comments Thu, 26 Jun 2014 20:36:40 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=9770 Não é novidade para ninguém que a droga é um flagelo social que não escolhe cor, raça nem classe social. Todos nós conhecemos alguém que se enveredou pelo mundo obscuro dos entorpecentes e acabou não voltando de lá. Enquanto muitos perdem pessoas queridas para as drogas, a sociedade em geral se pergunta: “O que pode...

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Não é novidade para ninguém que a droga é um flagelo social que não escolhe cor, raça nem classe social. Todos nós conhecemos alguém que se enveredou pelo mundo obscuro dos entorpecentes e acabou não voltando de lá. Enquanto muitos perdem pessoas queridas para as drogas, a sociedade em geral se pergunta: “O que pode ser feito?”, “De quem é a responsabilidade?”.

A verdade é que a história da droga é tão antiga quanto à história do próprio homem. Os povos antigos, em busca de cura e alívio para suas dores, procuravam em plantas e fungos substâncias que aliviassem suas dores, mas algumas também causavam alteração de consciência. A medicina moderna encontrou, nesses elementos da natureza, princípios ativos para a produção de medicamentos em massa. O problema é que muitas dessas substâncias saíram dos laboratórios e passaram a ser consumidas de forma recreativa. Com o passar dos tempos, o homem moderno se deu conta de que o uso abusivo dessas substância trouxe para ele um grande problema, o da dependência química.

“As drogas agem diretamente no sistema de recompensa do cérebro, dando ao usuário uma grande sensação de prazer. O organismo tende a querer repetir essa sensação prazerosa causada pelas drogas; daí surge a dependência química”, explica a psiquiatra Daniela Guimarães.

Segundo o psicólogo clínico Mateus Fiuza, a constituição psíquica da pessoa também a predispõe ao uso abusivo. “A gente precisa entender como essa pessoa foi formada, quais valores foram passados para ela ao longo de sua vida. Na psicanálise, diz-se que a droga representa – de forma simbólica – a falha da função paterna”.

Confira, no vídeo abaixo, a primera parte do programa sobre o efeito da droga no organismo e veja testemunhos de quem vive o drama de perto.


Um novo problema: as drogas sintéticas

Um documento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNDOC) revelou que a maconha e a cocaína são as drogas mais consumidas no mundo, e afirmou que esse ranking está com os dias contados. As drogas sintéticas estão passando por uma expansão global jamais vista no mundo dos alucinógenos. Drogas sintéticas são substâncias formadas por um ou mais elementos químicos que causam alucinações, estimulando ou deprimindo o sistema nervoso central.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), esse tipo de droga não possui controle internacional e, em muitos países, não possui uma legislação que controle o uso e o comércio. Só no ano de 2013 foram registrados 354 variações de novas drogas que prometem novas sensações aos jovens. Isso significa que, a cada 3 dias, uma nova droga é fabricada em algum laboratório no mundo.

“As drogas sintéticas podem ser classificadas como estimulantes; elas liberam uma quantidade muito grande de adrenalina no organismo, acelerando os batimentos cardíacos e causando o aumento da pressão arterial. Por essa razão, elas são consideradas ‘drogas das baladas’, principalmente nas raves, porque as pessoas ficam ‘acesas’ por várias horas sem dormir”, diz a psiquiatra Daniela Guimarães.

Segundo a psiquiatra, uma única dose pode causar um dano irreparável. “Nós temos um índice significativo de pessoas que desenvolveram doenças mentais como esquizofrenia, transtornos de ansiedade e depressão por causa do uso de substâncias sintéticas.”

O que são e quais as consequências do LSD e do Ecstasy no organismo?

O flagelo do crack

Hoje, sobretudo no Brasil, é impossível falar de drogas e não abordar a questão do crack. “No país, não existe um município sequer aonde esse mal não tenha chegado. Por possuir um alto risco de dependência já no primeiro uso, o crack já se tornou o maior desafio da saúde pública das grandes capitais. Essa substância é, na verdade, um subproduto da cocaína. Quando se prepara o refino dela, o soro gerado desse refino, ou seja, a sua limpeza, é transformada em pedra. Podemos dizer, então, que o crack é o lixo da cocaína”, diz Luiz Carlos dos Santos, da polícia científica de São José dos Campos (SP).

“A substância do crack e a forma com que ele é consumido gera, no usuário, uma grande sensação de prazer, pouco visto em outras drogas. Se você perguntar para uma pessoa que usa crack, ela vai lhe dizer que outras experiências prazerosas da vida como alimentação, relação sexual, entre outros,  já não lhe dão prazer. Por isso, essas pessoas querem usar uma pedra atrás da outra”, destaca a dra. Daniela.

Crack, a droga devastadora

Um estudo da Fiocruz revelou que dos quase um milhão de usuários de crack e derivados da cocaína do país, 370 mil estão nas grandes capitais. A região nordeste concentra o maior número, com 145 mil usuários, seguidos das regiões sudeste e centro-oeste. O estudo revelou que, do número total de usuários, 50 mil são crianças e adolescentes, 80% do sexo masculino e 45% vivem nas ruas. Entre os motivos que levaram as pessoas a consumir o crack estão problemas familiares, as decepções afetivas e a falta de perspectiva de vida.

Confira, no vídeo abaixo, a segunda parte do programa sobre as drogas sintéticas e o crack.



Maconha e política da legalização

A maconha é ainda a droga ilícita mais consumida do mundo. As discussões sobre os seus reais efeitos e as políticas de descriminalização da droga têm levantado calorosos debates e manifestações pró e contra o uso dela em todo o mundo.

Mas afinal, a maconha vicia? E se vicia, por que a legalizar?

Muita gente acha que, por se tratar de uma droga leve, não menos nociva que o álcool, a maconha não vicia ou, no máximo, cria a dependência psicológica. Mentira! A maconha causa dependência química e outros danos como destruição de células neuronais, desajustamento no sistema reprodutor e ativamento de doenças mentais como a esquizofrenia; além de ser a principal porta para drogas mais pesadas.

A psiquiatra Daniela Guimarães afirma: "A maconha vicia e causa outros malefícios" Foto: reprodução

“Sim, a maconha vicia, além de causar outros malefícios. Ela tem tolerância à dependência, porque o seu princípio ativo também age no sistema de recompensa do cérebro. Obviamente, ela não é tão estimulante ou depreciativa quanto outras como o crack, mas a pessoa que consome maconha também fica dependente dela, tendo, inclusive, crises de abstinência”, alerta a psiquiatra.

Para o especialista em drogas do laboratório do Denarc de São José dos Campos (SP), Luiz Carlos dos Santos, a política de legalização quer enfraquecer o narcotráfico, mas o tiro pode sair pela culatra. “Na verdade, o que se quer é tirar a droga do traficante e passar a vendê-la num laboratório, por exemplo; mas isso não vai diminuir o mercado negro, porque a ‘molecadinha’, na escola, vai querer experimentá-la”.

As consequências da maconha no organismo

O Uruguai foi o primeiro país a legalizar a produção e a venda da maconha na América do Sul, apesar de 66% dos uruguaios serem contra essa política. No Brasil, um levantamento da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) revelou que 75% dos brasileiros são contra a descriminalização e a legalização da droga, e que apesar de o Brasil não ser um dos maiores consumidores de maconha do mundo, 1/3 dos usuários brasileiros podem ser considerados dependentes da erva, pois apresentam sinais de ansiedade, quando não podem consumi-la; perda do controle do uso ou fracasso ao tentar parar de usá-la.

“Eu acho que todos precisam estar cientes dos riscos que a maconha traz à população em geral, para, só depois, fazerem a sua opção”, alerta a psiquiatra Daniela.

A discussão da política de legalização da maconha ainda está permeada de questões ideológicas e políticas no Brasil e pouca importância se tem dado aos estudos sobre os perigos da droga para o organismo. Ultimamente, até o Papa Francisco afirmou estar preocupado com o aumento de usuários jovens da droga e com as políticas de legalização em muitos países. “Quero expressar, com total clareza, que a droga não se derrota com droga. Ela é um mal e com o mal não pode haver cessões ou compromissos”, denunciou o Santo Padre.

Confira, no vídeo abaixo, a terceira parte do programa: a discussão sobre a maconha e sua legalização.


O que pode ser feito?

As pessoas ainda se perguntam o que pode ser feito para diminuir os impactos físicos, psíquicos e sociais causados pela droga. A verdade é que não existe uma resposta pronta, de forma mágica.

“Há muitas questões que envolvem o problema da droga, como o narcotráfico. Como existe uma série de interesses políticos e econômicos por trás disso, a família também fica impotente. Hoje, devemos nos perguntar, acima de tudo, como está esse ser humano e o que podemos fazer por ele”, enfatiza padre Júlio Lancelotti, sacerdote da Arquidiocese de São Paulo, o qual, há muitos anos, realiza um trabalho em favor dos moradores de rua e adictos da região da Cracolândia.

Para o sacerdote, muitos dos projetos que se “dedicam” a fazer algo em favor dos usuários soa mais como um tipo de “higienismo”. “Hoje, vemos que esses projetos querem dar casa e trabalho para os usuários, mas ‘dar casa’ não é colocá-los num prédio dentro da Cracolândia; e trabalho não é só varrer rua. Então, o que estamos vendo, por parte dos governantes, até hoje, é um tipo de ‘higienismo'”, enfatizou.

Padre Julio Lancelotti salienta: "É preciso entender o que acontece com o ser humano". Foto: reprodução

As comunidades de cunho religioso ainda são as que mais atuam dentro de espaços como a Cracolândia e as que mais apresentam resultados na recuperação dos dependentes químicos. Anderson, um usuário em recuperação, acompanhado pela Aliança de Misericórdia, diz que encontra, na comunidade católica, um lugar de acolhimento que faz a diferença. “Aqui, a gente não é tratado com indiferença, e eu tenho fé que, assim como estão fazendo algo por mim, quando eu sair [das drogas] vou fazer algo pelo próximo também”, afirma Anderson.

No interior de São Paulo, em Guaratinguetá (SP), existe a Fazenda da Esperança, uma instituição católica que, há anos, trabalha na recuperação de dependentes químicos. Segundo o membro consagrado da Família Esperança Kollen dos Santos, o usuário precisa querer ser internado e saber que precisa de ajuda. Nesse local, além dos momentos de espiritualidade, os internos trabalham na harmonia da casa. “Muitos deles chegam aqui desajustados, muitos vieram da rua, e o trabalho de arrumar a casa, cuidar do jardim, colocar as coisas em ordem é um processo terapêutico que harmoniza o interior deles também”, diz Kollen.

Confira, no vídeo abaixo, a quarta parte do programa sobre a importância da família na recuperação e quem já está fazendo algo para amenizar o problema causado pelas drogas

Para entender melhor a reportagem e os testemunhos que colhemos durante as gravações, assista aos vídeos. Durante o mês de julho, vamos apresentar mais dados e discussões sobre essa problemática.

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É possível curtir uma noite santa? https://destrave.cancaonova.com/balada-crista/ https://destrave.cancaonova.com/balada-crista/#comments Wed, 21 Nov 2012 18:38:56 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=8263 “Final de semana chegando, vai batendo aquele tédio. O que fazer? Para onde ir? Deu uma vontade de curtir uma balada… Ai, meu Deus, espera aí, eu sou um jovem cristão e não convém curtir uma balada qualquer! Quero um lugar com músicas sem duplo sentido, dançar sem precisar de sensualidade, um lugar que não...

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“Final de semana chegando, vai batendo aquele tédio. O que fazer? Para onde ir? Deu uma vontade de curtir uma balada… Ai, meu Deus, espera aí, eu sou um jovem cristão e não convém curtir uma balada qualquer! Quero um lugar com músicas sem duplo sentido, dançar sem precisar de sensualidade, um lugar que não me ofereça drogas para ficar mais ‘bem loco’ ou mais alegre. Quero fazer amizades que me acrescentem algo bom. Isto é possível?”

Para muitos jovens este lugar não existe ou ainda precisa nascer, mas acredite, as baladas santas já são uma realidade na Igreja. Cristotecas, shows de evangelização, acampamentos, barzinhos de Jesus e outras iniciativas promovem uma diversão sadia e um ambiente de fraternidade e oração.

A equipe do Destrave percorreu ‘a night’ por alguns fins de semana para mostrar como são estes ambientes de ‘baladas santas’ para os jovens. Nossa primeira parada foi no evento ‘Cristo é o Show’, realizado pela paróquia Nossa Senhora da Paz, na cidade de Ferraz de Vasconcelos (SP). Lá, encontramos centenas de jovens se divertindo, dançando e curtindo música eletrônica cristã. Animando a noite, um padre DJ.

“As cristotecas não são apenas um lugar de dança e de balada, mas, antes de tudo, um espaço para que os jovens saiam das baladas do mundo e possam encontrar um ambiente de Igreja com Missa, adoração, pregações e testemunhos, ou seja, é um lugar para que os jovens se encontrem com Deus”, disse padre José Antônio da Silva Coelho, mais conhecido como padre DJ Zeton, da diocese de Santo Amaro (SP).

Confira a primeira parte da reportagem

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Nossa segunda parada foi na região de Itaquera, zona leste da cidade de São Paulo. Na obra social Dom Bosco aconteceu a Cristoteca, evento realizada pela Comunidade Aliança de Misericórdia, pioneira na evangelização pelas cristotecas. “Um dos nossos padres fundadores da comunidade, padre João Henriques, realizava uma oração de libertação de uma jovem na Itália; nesta oração, o demônio falou que atingia os jovens pela discoteca. Neste momento, o padre teve uma luz e disse: ‘se o mal pega os jovens pela discoteca, nós precisamos ganhá-los pela cristoteca'”, nos contou o padre Custódio, sacerdote da Comunidade Aliança de Misericórdia.

Está enganado quem pensa que as cristotecas são feitas de música eletrônica e shows a noite inteira. Nossa equipe foi testemunha dos momentos de céu neste ambiente, no qual a presença de Deus nos atingia profundamente por meio das pregações e adoração ao Santíssimo Sacramento.

Confira a segunda parte da reportagem

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Neste mesmo dia, nossa repórter Andreza Moraes acompanhou também um casal de noivos, Gabriela e Francisco, os quais se conheceram na cristoteca da Aliança de Misericórdia e, hoje, fazem um trabalho para conquistar os jovens, neste ambiente, por meio da dança. “Os jovens se sentem atraídos pela dança e nós fazemos com que esta arte seja uma porta para que Deus os atinja”, disse o jovem Francisco.

Nossa terceira parada foi em casa mesmo, em Cachoeira Paulista (SP), sede da comunidade Canção Nova, durante o Acampamento PHN. Há 17 anos, a Comunidade Canção Nova realiza os Acampamentos de Oração, uma das primeiras realidades de Igreja a oferecer oportunidade de uma noite santa para os jovens católicos. Os shows sempre foram uma excelente maneira de atingir os jovens pela música de vários ritmos durante os acampamentos.

Confira a terceira parte da reportagem

Um dos nomes mais conhecidos nos shows da Canção Nova é o cantor e missionário Dunga que, por meio da música, um estilo pop-rock, atrai milhares de jovens no Acampamentos PHN. “Eu penso que a Canção Nova não só leva esta diversão sadia para os jovens nos acampamentos e também pela TV, rádio e internet, mas muda o conceito do que é uma balada, na qual o jovem se diverte sem drogas e sem sexo”, explica o missionário.

Os shows da Canção Nova reúnem vários estilos musicais: tem rock, raggae, tecno e forró. “Eu vejo que os jovens não podem reclamar de falta de boa diversão na Igreja. Hoje, nós apresentamos esta realidade da noite, da balada, da verdadeira alegria nos de ritmos de forró, rock, cristotecas. Tem espaço para todo mundo”, conta Grampulino, músico da dupla DDD, que leva o forró católico às baladas do Brasil afora.

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Ideologia de gênero, conheça seus perigos e alcances https://destrave.cancaonova.com/ideologia-de-genero-seus-perigos-e-alcances/ https://destrave.cancaonova.com/ideologia-de-genero-seus-perigos-e-alcances/#comments Wed, 17 Oct 2012 18:56:39 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=8098 Gênero, orientação sexual e identidade de gênero são palavras que você, certamente, já escutou onde esperaria encontrar o termo masculino e feminino. Mas cuidado, porque novos termos no linguajar social podem tentar esconder uma ideologia que visa desconstruir o modelo de família e sociedade como a conhecemos hoje. “A ideologia de gênero é uma tentativa...

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Gênero, orientação sexual e identidade de gênero são palavras que você, certamente, já escutou onde esperaria encontrar o termo masculino e feminino. Mas cuidado, porque novos termos no linguajar social podem tentar esconder uma ideologia que visa desconstruir o modelo de família e sociedade como a conhecemos hoje.

“A ideologia de gênero é uma tentativa de afirmar para todas as pessoas que não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade. Quer dizer que o sujeito, quando nasce, não é homem nem mulher, não possui um sexo masculino ou feminino definido, pois, segundo os ideólogos do gênero, isto é uma construção social”, diz o médico chileno, especialista em bioética, Dr. Christian Schnake.

Confira a primeira parte da reportagem

 

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Por que uma ideologia?

Segundo estudiosos, o conceito de ‘gênero’ está sendo sugerido em muitos lugares como uma verdade científica, mas esconde uma teoria político-social, cujas raízes estão na filosofia marxista de luta de classes, na qual, segundo o filófo alemão Frederick Engels, na sua obra “A Origem da Família, da Propriedade e do Estado”, escrita em 1884, “O primeiro antagonismo de classes da história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher unidos em matrimônio monogâmico; e a primeira opressão de uma classe por outra, com a do sexo feminino pelo masculino”.

Na gênese da ideologia de gênero, está o movimento feminista radical dos anos 60 e 70, que, apoiado na filosofia marxista citada acima e nas ideias da filósofa francesa Simone de Beauvoir – a qual disse: “ninguém nasce mulher, mas sim torna-se mulher” -, chegou até as conferências da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a mulher no Cairo (1994) e em Pequim (1995).

Um documento da Conferência Episcopal Peruana (leia o documento) – talvez o mais completo realizado sobre este tema em termos eclesiais – revela que por trás desta ideologia está uma estrutura de desconstrução social. “Está claro, portanto, que a meta dos promotores da ‘perspectiva do gênero’, fortemente presente em Pequim, é o de atingir uma sociedade sem classes de sexo. Para isso, propõem desconstruir a linguagem, as relações familiares, a reprodução, a sexualidade, a educação, a religião, a cultura, entre outras coisas”, cita o documento.

Primeiro alvo: a família

O documento da Conferência Episcopal Peruana também chamou a atenção para algumas ideias de intelectuais feministas de grande prestígio em universidades americanas e inglesas. Uma delas, Alison Jagger, autora de vários livros sobre a perspectiva de gênero, vai dizer:

“A destruição da família biológica que Freud jamais vislumbrou permitirá a emergência de mulheres e homens novos. (…) a própria ‘instituição das relações sexuais’, em que o homem e a mulher desempenham um papel bem definido, desaparecerá.”

Para o médico Dr. Christian Schnake, já é possível ver os resultados desastrosos desta ideia de desconstrução da família. “Nós vemos, hoje, os jovens confusos no que se refere à sua identidade sexual, ou seja, usando a sexualidade de qualquer maneira, de forma utilitarista, sem contar o próprio conceito de ‘pai e de mãe’ que fica cada vez mais distante de ser um referencial para esta juventude”, diz o especialista.

Para o bispo auxiliar da arquidiocese de Aracaju (SE), Dom Henrique Soares, a equiparação das uniões homoafetivas à condição de família seria um desvirtuamento do que a Igreja considera como a base da sociedade. “Nada contra os homossexuais, nada contra as uniões estáveis deles, mas tudo contra ao fato de que isso seja considerado família e que venha, a partir daí, adoção de filhos e, assim, o conceito familiar seja tão dilatado”, afirma o bispo.

Confira a segunda parte da reportagem

 

O movimento gay

Um outro fenômeno que tem suas bases na ideologia de gênero é o movimento gay. Segundo o documento da Conferência Episcopal Peruana, várias cartilhas e panfletos circularam em Pequim, em 1995, com “alguns textos empregados pelas feministas do gênero, professoras de reconhecidos colégios e universidades dos Estados Unidos” dentre os quais diziam:

“Os homens e as mulheres não sentem atração por pessoas do sexo oposto por natureza, mas sim por um condicionamento da sociedade”, e “existem diversas formas de sexualidade – inclusive homossexuais, lesbianas, bissexuais, transexuais e travestis – que são equivalentes à heterossexualidade.”

Para padre Paulo Ricardo, é preciso diferenciar o movimento gay da pessoa homossexual. “Homossexual é uma pessoa que sente atração pela pessoa do mesmo sexo, o gay é alguém que adotou uma postura política, expressiva e militante” diz o sacerdote.

Homossexualidade e a moral cristã

No Catecismo da Igreja Católica (CIC) podemos ler:

“Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (CIC – 2357)

Vale lembrar que a Igreja faz uma distinção muito clara entre a tendência homossexual e os atos homossexuais. “A Igreja diz que uma pessoa homossexual pode ser santa se viver a castidade. Homofobia seria dizer ‘santidade é só para os héteros’, mas não, a espiritualidade cristã é inclusiva e chama todos a carregar a sua cruz”, diz padre Paulo Ricardo.

Resta claro que estamos diante de uma engrenagem que tenta mudar, a todo custo e de forma velada, a estrutura da sociedade como a conhecemos hoje. A pergunta que nós cristãos fazemos é: o que podemos esperar do futuro? Como será a educação dos nossos filhos? Como resistir a mais uma ideologia que quer minar a moral cristã? Talvez não tenhamos as repostas agora, mas recordamos a palavra de Bento XVI quando ainda era professor universitário em 1968: “O futuro da Igreja, também nesta ocasião, como sempre, ficará marcado de novo com o selo dos santos”.

ATENÇÃO

Obs: Nesta quarta-feira (11), o Senado Federal votará o PL 103/2012, Plano Nacional de Educação, que será o parâmetro educacional para todas as escolas em nosso país. O art 2 Par. III do PNE delimita como diretriz “a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual”. Isto significa que todas as escolas, inclusive as confessionais, serão obrigadas a ensinar seus alunos que o sexo masculino e feminino são ‘imposições culturais’, e que, na verdade, se pode escolher entre ser homem, mulher, bissexual ou homossexual, sendo a identidade biofísico-sexual algo ultrapassado. A instituição que ensinar a criança ou o jovem que existem apenas dois sexos (masculino e feminino – macho ou fêmea) pode incorrer em crime de discriminação e preconceito.

Veja também:

Às portas de uma nova ditadura?

Uma pessoa homossexual pode ser santa

Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais

Carta aos bispos da igreja católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais

FAMÍLIA, MATRIMÔNIO E “UNIÕES DE FATO”

 

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Consequências do consumismo https://destrave.cancaonova.com/consumismo/ https://destrave.cancaonova.com/consumismo/#comments Wed, 28 Mar 2012 19:20:01 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=6700 Por Daniel Machado produtor do Destrave Quem não gosta de ir a uma loja, ao shopping ou até mesmo àquelas lojinhas de utensílios domésticos para adquirir coisas novas?A sensação de comprar algo novo é sempre prazerosa, mas pode tornar-se uma grande armadilha financeira, psicológica e até espiritual. Sem falar das festas cristãs como Natal e...

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Por Daniel Machado
produtor do Destrave

Quem não gosta de ir a uma loja, ao shopping ou até mesmo àquelas lojinhas de utensílios domésticos para adquirir coisas novas?A sensação de comprar algo novo é sempre prazerosa, mas pode tornar-se uma grande armadilha financeira, psicológica e até espiritual. Sem falar das festas cristãs como Natal e Páscoa, que se transformaram em datas de comércio.

Com a economia do Brasil a todo vapor, os brasileiros estão consumindo cada vez mais. Só o poder de compra da classe média cresceu de 44,19% para 51,89% nos últimos seis anos (dados da Fundação Getúlio Vargas); e este consumo não é só no território nacional, pois, segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), as despesas dos brasileiros, no exterior, totalizaram US$ 16 bilhões (R$ 28 bilhões) em 2011.

“O consumo faz parte da vida humana, e a nossa qualidade de vida melhorou muito nos últimos anos”, diz Marco Antônio, filósofo e professor universitário. No entanto, o professor também nos aponta um problema: “Apesar de as pessoas estarem vivendo mais, eu vejo que a qualidade da vida psicológica piorou. Nós temos mais e melhores condições, mas parece que somos menos felizes”.

À direita, o filósofo e professor Marco Antônio. À esquerda, o professor de publicidade Josué Brazil.

Jovens consumistas

Antigamente, o máximo que um jovem ganhava para o seu consumo era a mesada dos pais, que dava para comprar um tênis, um sapato ou um novo jogo de vídeo game. Mas os tempos mudaram. A geração de hoje invadiu o mercado de trabalho e passou a ganhar salários muito além de uma “mesada”. Com os novos serviços que facilitam a compra, somados às tão atraentes novas tecnologias e à publicidade das grandes marcas, essa galera passou a consumir como gente grande. Estima-se que as novas gerações Y e Z movimentem cerca de 2,5 bilhões de dólares por ano.

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“Há alguns anos, o jovem não tinha o poder de compra que ele tem hoje”, diz o professor de publicidade e marketing Josué Brasil. Para ele, essa juventude consumidora é o alvo da publicidade de grandes marcas, pois “o jovem, uma vez fidelizado, passa a ser um consumidor em potencial no futuro e, para as empresas, isso é muito interessante”, diz Josué.

Quando falamos em jovens consumistas, o Brasil aparece no topo da lista. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que 37% dos jovens brasileiros gostam de comprar, um índice que coloca, no “chinelo”, jovens de países como França (32%), Japão (31%) e Estados Unidos (12%).

Será que sou viciado em compras?

Toda essa facilidade de consumo tem apresentado consequências desastrosas, pois cresce, de forma alarmante, o número de pessoas com transtornos compulsivos por compras, que se chama oneomania.

Aline: "Era um prazer muito grande chegar em casa com várias sacolas nas mãos."

“Eu comprava, toda semana, até 3 ou 4 pares de sapatos e, muitas vezes, repetidos”, conta Aline Machado, professora na cidade de Roseira (SP). “Era um prazer muito grande chegar em casa com aquele monte de sacolas, mas, logo depois, vinha um vazio e eu me sentia triste e infeliz, apesar de ter as melhores roupas”, testemunhou Aline.

Segundo Paulo Henrique, psicólogo e professor da Universidade de Taubaté (SP), a compra compulsiva é apenas o sintoma de alguma questão mais profunda. “Geralmente, essas pessoas apresentam um quadro de ansiedade muito grande, e a compra é a única forma de preencher o vazio que elas estão sentindo”, explica o especialista.

Pessoas que sofrem de oneomania, geralmente apresentam distúrbios de humor, ansiedade excessiva e depressão. Em casos crônicos, quando elas se encontram impossibilitadas de comprar, podem ter sintomas como irritação, taquicardia, tremor e sensação de desmaio iminente. Logo após adquirir o que desejavam, essas mesmas pessoas sentem remorso por não ter controlado a compulsão e são acometidas pela depressão.

Consequências espirituais do consumismo

Na Missa do Galo de 2011, o Papa Bento XVI disse que “o Natal tornou-se uma festa de negócios, cujo fulgor ofuscante esconde o mistério da humildade de Deus”.

“O Compêndio da Doutrina Social da Igreja critica essa perversão do momento sagrado – e também humano – em momentos de consumo”, alerta padre Joãozinho, scj.

Não é de agora que o consumismo tem tomado lugar nas grandes festas cristãs, transformando-as em datas de comércio. Papai Noel, ovos de Páscoa, coelhos, duendes e muitos outros personagens foram – de forma orquestrada – ocupando o lugar dos símbolos religiosos e adentrando no imaginário coletivo de nossas crianças.

A consequência é que, muitas pessoas, ditas cristãs, estão trocando Cristo pelo comércio. Para muitos, a Páscoa está longe de ser a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus; e o Natal está longe de ser o nascimento de Cristo.

“Não há problema em se ter um ovo de Páscoa em casa, mas ele deve reesignificar o sentido dessa festa como um símbolo da vida nova que Cristo veio nos trazer”, conclui o sacerdote.

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