religiao – Destrave https://destrave.cancaonova.com O ‘Destrave’ é um projeto da Canção Nova com produção de reportagens especiais sobre temas voltados para a juventude, lançado em maio de 2011 Tue, 05 Sep 2017 12:05:09 +0000 pt-BR hourly 1 Ideologia de gênero, conheça seus perigos e alcances https://destrave.cancaonova.com/ideologia-de-genero-seus-perigos-e-alcances/ https://destrave.cancaonova.com/ideologia-de-genero-seus-perigos-e-alcances/#comments Wed, 17 Oct 2012 18:56:39 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=8098 Gênero, orientação sexual e identidade de gênero são palavras que você, certamente, já escutou onde esperaria encontrar o termo masculino e feminino. Mas cuidado, porque novos termos no linguajar social podem tentar esconder uma ideologia que visa desconstruir o modelo de família e sociedade como a conhecemos hoje. “A ideologia de gênero é uma tentativa...

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Gênero, orientação sexual e identidade de gênero são palavras que você, certamente, já escutou onde esperaria encontrar o termo masculino e feminino. Mas cuidado, porque novos termos no linguajar social podem tentar esconder uma ideologia que visa desconstruir o modelo de família e sociedade como a conhecemos hoje.

“A ideologia de gênero é uma tentativa de afirmar para todas as pessoas que não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade. Quer dizer que o sujeito, quando nasce, não é homem nem mulher, não possui um sexo masculino ou feminino definido, pois, segundo os ideólogos do gênero, isto é uma construção social”, diz o médico chileno, especialista em bioética, Dr. Christian Schnake.

Confira a primeira parte da reportagem

 

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Por que uma ideologia?

Segundo estudiosos, o conceito de ‘gênero’ está sendo sugerido em muitos lugares como uma verdade científica, mas esconde uma teoria político-social, cujas raízes estão na filosofia marxista de luta de classes, na qual, segundo o filófo alemão Frederick Engels, na sua obra “A Origem da Família, da Propriedade e do Estado”, escrita em 1884, “O primeiro antagonismo de classes da história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher unidos em matrimônio monogâmico; e a primeira opressão de uma classe por outra, com a do sexo feminino pelo masculino”.

Na gênese da ideologia de gênero, está o movimento feminista radical dos anos 60 e 70, que, apoiado na filosofia marxista citada acima e nas ideias da filósofa francesa Simone de Beauvoir – a qual disse: “ninguém nasce mulher, mas sim torna-se mulher” -, chegou até as conferências da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a mulher no Cairo (1994) e em Pequim (1995).

Um documento da Conferência Episcopal Peruana (leia o documento) – talvez o mais completo realizado sobre este tema em termos eclesiais – revela que por trás desta ideologia está uma estrutura de desconstrução social. “Está claro, portanto, que a meta dos promotores da ‘perspectiva do gênero’, fortemente presente em Pequim, é o de atingir uma sociedade sem classes de sexo. Para isso, propõem desconstruir a linguagem, as relações familiares, a reprodução, a sexualidade, a educação, a religião, a cultura, entre outras coisas”, cita o documento.

Primeiro alvo: a família

O documento da Conferência Episcopal Peruana também chamou a atenção para algumas ideias de intelectuais feministas de grande prestígio em universidades americanas e inglesas. Uma delas, Alison Jagger, autora de vários livros sobre a perspectiva de gênero, vai dizer:

“A destruição da família biológica que Freud jamais vislumbrou permitirá a emergência de mulheres e homens novos. (…) a própria ‘instituição das relações sexuais’, em que o homem e a mulher desempenham um papel bem definido, desaparecerá.”

Para o médico Dr. Christian Schnake, já é possível ver os resultados desastrosos desta ideia de desconstrução da família. “Nós vemos, hoje, os jovens confusos no que se refere à sua identidade sexual, ou seja, usando a sexualidade de qualquer maneira, de forma utilitarista, sem contar o próprio conceito de ‘pai e de mãe’ que fica cada vez mais distante de ser um referencial para esta juventude”, diz o especialista.

Para o bispo auxiliar da arquidiocese de Aracaju (SE), Dom Henrique Soares, a equiparação das uniões homoafetivas à condição de família seria um desvirtuamento do que a Igreja considera como a base da sociedade. “Nada contra os homossexuais, nada contra as uniões estáveis deles, mas tudo contra ao fato de que isso seja considerado família e que venha, a partir daí, adoção de filhos e, assim, o conceito familiar seja tão dilatado”, afirma o bispo.

Confira a segunda parte da reportagem

 

O movimento gay

Um outro fenômeno que tem suas bases na ideologia de gênero é o movimento gay. Segundo o documento da Conferência Episcopal Peruana, várias cartilhas e panfletos circularam em Pequim, em 1995, com “alguns textos empregados pelas feministas do gênero, professoras de reconhecidos colégios e universidades dos Estados Unidos” dentre os quais diziam:

“Os homens e as mulheres não sentem atração por pessoas do sexo oposto por natureza, mas sim por um condicionamento da sociedade”, e “existem diversas formas de sexualidade – inclusive homossexuais, lesbianas, bissexuais, transexuais e travestis – que são equivalentes à heterossexualidade.”

Para padre Paulo Ricardo, é preciso diferenciar o movimento gay da pessoa homossexual. “Homossexual é uma pessoa que sente atração pela pessoa do mesmo sexo, o gay é alguém que adotou uma postura política, expressiva e militante” diz o sacerdote.

Homossexualidade e a moral cristã

No Catecismo da Igreja Católica (CIC) podemos ler:

“Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (CIC – 2357)

Vale lembrar que a Igreja faz uma distinção muito clara entre a tendência homossexual e os atos homossexuais. “A Igreja diz que uma pessoa homossexual pode ser santa se viver a castidade. Homofobia seria dizer ‘santidade é só para os héteros’, mas não, a espiritualidade cristã é inclusiva e chama todos a carregar a sua cruz”, diz padre Paulo Ricardo.

Resta claro que estamos diante de uma engrenagem que tenta mudar, a todo custo e de forma velada, a estrutura da sociedade como a conhecemos hoje. A pergunta que nós cristãos fazemos é: o que podemos esperar do futuro? Como será a educação dos nossos filhos? Como resistir a mais uma ideologia que quer minar a moral cristã? Talvez não tenhamos as repostas agora, mas recordamos a palavra de Bento XVI quando ainda era professor universitário em 1968: “O futuro da Igreja, também nesta ocasião, como sempre, ficará marcado de novo com o selo dos santos”.

ATENÇÃO

Obs: Nesta quarta-feira (11), o Senado Federal votará o PL 103/2012, Plano Nacional de Educação, que será o parâmetro educacional para todas as escolas em nosso país. O art 2 Par. III do PNE delimita como diretriz “a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual”. Isto significa que todas as escolas, inclusive as confessionais, serão obrigadas a ensinar seus alunos que o sexo masculino e feminino são ‘imposições culturais’, e que, na verdade, se pode escolher entre ser homem, mulher, bissexual ou homossexual, sendo a identidade biofísico-sexual algo ultrapassado. A instituição que ensinar a criança ou o jovem que existem apenas dois sexos (masculino e feminino – macho ou fêmea) pode incorrer em crime de discriminação e preconceito.

Veja também:

Às portas de uma nova ditadura?

Uma pessoa homossexual pode ser santa

Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais

Carta aos bispos da igreja católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais

FAMÍLIA, MATRIMÔNIO E “UNIÕES DE FATO”

 

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É possível encontrar-se com Deus na internet? https://destrave.cancaonova.com/e-possivel-encontrar-se-com-deus-na-internet/ https://destrave.cancaonova.com/e-possivel-encontrar-se-com-deus-na-internet/#comments Fri, 17 Aug 2012 18:22:19 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=7536 Passou-se o tempo em que internet era apenas um meio de comunicação. Agora, não só acessamos a internet como agimos nela, vivemos neste mundo on-line que, de certa forma, se mescla com nosso mundo real. Mas será que Deus também está presente neste meio? Será que podemos encontrá-Lo no ambiente virtual? Confira o especial sobre...

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Passou-se o tempo em que internet era apenas um meio de comunicação. Agora, não só acessamos a internet como agimos nela, vivemos neste mundo on-line que, de certa forma, se mescla com nosso mundo real. Mas será que Deus também está presente neste meio? Será que podemos encontrá-Lo no ambiente virtual?

Confira o especial sobre Cultura Digital

“Sim, Deus está presente no mundo virtual, porque o homem está ali. Temos de entender que a web é um ambiente, no qual o homem vive, e Deus se faz presente onde o homem vive”, diz padre Antonio Spadaro, PHD em teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, diretor e editor da revista La Civiltà Cattolica (literatura, novas tecnologias aplicadas às ciências humanas, teologia) e escritor do livro “Cyberteologia – reflexões do Cristianismo em tempos de rede”.

Padre Antonio Spadaro. Reprodução: Destrave

Destrave: Padre, há espaço para Deus na internet e nas redes sociais?

Padre Spadaro: Absolutamente, sim. Na realidade, a internet não é como um martelo ou um prego, não é um instrumento para fazer coisas. Internet é um ambiente de vida. Assim como os homens vivem, na vida off-line, sua vida ordinária, podemos dizer que a net é um destes ambientes, no qual o homem também vive. E Deus está presente onde o homem está.

Destrave: A internet e as novas tecnologias podem nos ajudar a encontrar Deus e melhorar nossa espiritualidade?

Padre Spadaro: O modo de usar a internet não é diferente, por exemplo, do modo de realizar nossas reuniões em família. Temos de pensar que a rede responde ao desejo mais profundo do ser humano, que é de conhecimento e relação. Bento XVI disse, claramente, na sua ‘Caritas in Veritate’, que as novas tecnologias exprimem a liberdade do homem, sua capacidade de escolha, de ser um homem moral e de exprimir valores. Então, a partir deste discurso podemos entender que espiritualidade tem muito a ver com tecnologia. Depois, nós podemos ver como vão surgindo o que chamamos de ‘aplicativos do espírito’, ou seja, aplicativos ligados ao mundo da espiritualidade que nos ajudam a rezar, que contém textos de meditação.

Destrave: Como podemos melhorar nossa maneira de evangelizar pela internet e pelas redes sociais?

Padre Spadaro: O melhor modo é não considerar a internet um instrumento de evangelização, mas viver bem o ser cristão na rede. O cristão é chamado a compartilhar a própria vida e não somente conteúdos explicitamente religiosos. Agora, se a pessoa é ela mesma na rede, consegue evangelizar. Evangeliza pelo contato, pela proximidade, pelos gostos de um cristão. Ele não precisa confundir a evangelização como a comunicação de uma ideologia, pois é a própria vida que dá testemunho do Evangelho.

Confira abaixo a entrevista na íntegra com padre Antonio Spadaro

Veja também:

Fé nas redes sociais

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A fé nas redes sociais https://destrave.cancaonova.com/a-fe-nas-redes-sociais/ https://destrave.cancaonova.com/a-fe-nas-redes-sociais/#comments Fri, 17 Aug 2012 18:11:39 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=7608 Por Daniel Machado produtor do Destrave Lady Gaga, Justin Bieber, Hianna, Shakira, Coca-Cola, Mac Donald’s são os mais populares no Facebook? Enganado! Jesus é “O Cara” mais popular na maior rede social do mundo, o Facebook, com mais de 4 milhões de interações na página Jesus Daily (Diário de Jesus), criada pelo médico americano Aaron...

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Por Daniel Machado
produtor do Destrave

Lady Gaga, Justin Bieber, Hianna, Shakira, Coca-Cola, Mac Donald’s são os mais populares no Facebook? Enganado! Jesus é “O Cara” mais popular na maior rede social do mundo, o Facebook, com mais de 4 milhões de interações na página Jesus Daily (Diário de Jesus), criada pelo médico americano Aaron Tabor.

Confira o especial sobre a Cultura Digital

Para a maior rede social do mundo, o hanking é medido não pela quantidade de ‘curtis’ que uma página tem, mas pela interação que ela realiza com os internautas, ou seja, sua capacidade de influenciá-los. Neste quisito, a página de Jesus tem a incrível marca de 4,981,281 milhões de interações (que corresponde a comentários, compartilhamentos, ‘falar’ e ‘ouvir’ seus fãs).

Para ter uma ideia, o segundo colocado – que também é religioso (Dios Es Bueno) – possui 1,788,648 milhões. A página The Bible (A Bíblia) fica com o terceiro lugar com 1,322,690 milhões de interações.

O que isso significa?

Para muitos, pode parecer apenas números sem sentido, mas em se tratando de um ambiente, no qual, muitas vezes, se sobrepõem a hostilidade à religião, o ranking revela que, no fundo, as pessoas ainda estão com fome e sede de Deus, seja no mundo off-line ou on-line.

Um outro fator é que os cristão estão cada vez mais ativos neste mundo digital. Pense que, somente no Facebook, as páginas sobre religião estão infinitamente acima de páginas de músicas, notícias, esportes ou políticas.

O fenômeno redes sociais

Uma outra pesquisa, realizada em abril de 2004 pelas agências Christian Vision e Premier Christian Media, ambas do Reino Unido, constatou que 84% dos cristãos daquele país disseram que as redes sociais são um enorme campo de missão. Deste número, 73% usam ferramentas como Twitter, Facebook e YouTube para manifestar, de forma intensional, a sua fé.

Os jovens são os mais ativos, nestes meios, e também são os que mais mantêm contato com pessoas não cristãs. 87% deles usam as redes sociais para manifestar a sua fé e 79% deste número acreditam que a melhor forma de evangelizar é por meio dos relacionamentos.

Qual a melhor forma de evangelizar na internet?

“A melhor maneira é não considerar a internet como um instrumento de evangelização, mas sim um ambiente, no qual se vive a própria fé”, diz padre Antônio Spadaro, doutor em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e escritor do livro Cyberteology – pensando a fé em tempos de rede.

Confira a entrevista com padre spadaro

Para o sacerdote é importante que o cristão seja ele mesmo na rede pelo testemunho. “Não basta postar conteúdo religioso, é preciso que a pessoa testemunhe suas escolhas e seus gostos como um cristão. É a vida que dá testemunho do Evangelho”, conclui o sacerdote.

Veja abaixo infográfico com os números

Silêncio e palavra na internet

SERÁ QUE SOU VICIADO EM INTERNET?

OS PERIGOS DA SUPEREXPOSIÇÃO

 

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Quando o vício bate à porta https://destrave.cancaonova.com/quando-o-vicio-bate-a-porta/ https://destrave.cancaonova.com/quando-o-vicio-bate-a-porta/#comments Wed, 15 Feb 2012 12:39:17 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=6275 Por Daniel Machado Produtor do Destrave  O problema da dependência alcoólica é uma realidade no mundo e vem aumentando no Brasil. Segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 78% dos jovens brasileiros bebem regularmente e, deste número, 19% são considerados dependentes do álcool. “Existe no nosso organismo uma região chamada “sistema de recompensa”, é...

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Por Daniel Machado
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O problema da dependência alcoólica é uma realidade no mundo e vem aumentando no Brasil. Segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 78% dos jovens brasileiros bebem regularmente e, deste número, 19% são considerados dependentes do álcool.

“Existe no nosso organismo uma região chamada “sistema de recompensa”, é uma região cerebral responsável pelas sensações prazerosas, ou seja, se uma ação me deu prazer, a tendência é que repitamos aquele ato. O neurotransmissor responsável por estas sensações de prazer é chamado de ‘dopamina’, e o álcool aumenta o estímulo deste neurotransmissor mais do que o natural”, explica o psiquiatra Nilton Lyrio.

Segundo Nilton, cada vez que o indivíduo bebe, a liberação da dopamina vai ficando mais intensa e o organismo tende a querer repetir, em doses maiores, as sensações prazerosas causadas pelo uso frequente do álcool. Daí surge a dependência química.

O alcoolismo é uma realidade entre os jovens

“Há indivíduos que dizem: ‘eu bebo só nos finais de semana, por isso nunca vou ser um dependente’. Mas a pergunta é: ‘você bebe nos finais de semana, mas o faz de forma intensa e compulsiva a ponto de perder a conta do que bebeu?’. Se a resposta for ‘sim’, então você pode ser considerado um dependente, porque não tem controle sobre a substância”, diz dr. Nilton.

No Brasil, cerca de 18 milhões de pessoas sofrem com a dependência do álcool e muitas são as razões que as levam a se tornarem  dependentes. Segundo dr. Nilton, além da frequência no consumo existem pessoas que trazem uma predisposição genética que aumenta a probabilidade do vício. “Se alguém já tem na família um histórico de pessoas com o vício do álcool, ela deve ter um cuidado redobrado, porque pode trazer este gen do alcoolismo”, alerta o psiquiatra.

O tratamento

É preciso a clareza de que a dependência química é uma doença e, como tal, deve ter  acompanhamento profissional. O dependente precisa entender que está doente e querer ajuda. No entanto, um fator importantíssimo na recuperação do indivíduo é o apoio familiar. “A família precisa ter paciência e ser presença na vida deste jovem para que ele entenda que a dependência do álcool é uma doença”, diz a psicóloga Elaine Ribeiro.

Veja a reação do álcool no seu organismo

Assista à reportagem especial sobre álcool na juventude

No Brasil, o auxílio às pessoas com dependência química é quase zero por parte do Governo. Na maioria das vezes, a internação e a recuperação dos adictos cabe às instituições não governamentais como Alcoólicos Anônimos (AA), Pastoral da Sobriedade e comunidades terapêuticas de cunho religioso. Um estudo realizado pela PubMed revela que pessoas que dão importância a algum tipo de culto ou espiritualidade são menos propensas à dependência química; além disso, o dependente que se recupera em comunidades de cunho religioso apresentam resultados mais satisfatórios do que aqueles tratados em clínicas médicas convencionais.

“A gente percebe a diferença em uma pessoa que dá importância à religião e à espiritualidade no tratamento. Às vezes, a gente pensa que aquela pessoa não tem recuperação, mas vem Deus e muda a história dela de forma maravilhosa e surpreendente”,  conta-nos Márcia Hoenhe da Pastoral da Sobriedade da diocese de Lorena (SP).

Abaixo você pode assistir ao testemunho de dois jovens que lutam contra a dependência.

Veja também

O que está por trás do consumo de álcool entre os jovens?

Quais são os principais estimuladores do consumo do álcool?

Bebida e direção: quais as consequências?

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Álcool na juventude https://destrave.cancaonova.com/alcool-na-juventude/ https://destrave.cancaonova.com/alcool-na-juventude/#comments Wed, 01 Feb 2012 18:29:09 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=5764 Por Daniel Machado Produtor do Destrave Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool mata 320 mil jovens todos os anos e está entre as principais causas de adoecimento e morte no Brasil, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mais de 60 tipos de doenças estão ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas;...

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Por Daniel Machado
Produtor do Destrave

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool mata 320 mil jovens todos os anos e está entre as principais causas de adoecimento e morte no Brasil, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mais de 60 tipos de doenças estão ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas; além disso, a maioria dos jovens que iniciam sua vida nas drogas mais pesadas testemunham que o álcool foi a porta de entrada para elas.

“O camarada diz: ‘Ah, eu só bebo no final de semana’. No entanto, se ele ultrapassa os limites do seu organismo, também vai enfrentar sérios problemas de saúde”, diz o psiquiatra Nilson Lyrio.

Muitos jovens não sabem, mas o simples fato de ultrapassarem os 30 gramas de álcool no sangue  (o equivalente a três copos de chope), já causa danos a vários órgãos, como fígado, pâncreas, estômago, coração e cérebro. “O álcool gera o aldeído acético que é um veneno. Ele mata as células do fígado e mata neurônios”, alerta doutor Nilton.

Além das doenças, as bebidas alcoólicas também fazem vítimas na combinação “bebida x direção”. Estima-se que 75% das causas de mortes no trânsito estejam – de forma direta ou indireta – ligadas ao consumo delas [bebidas alcoólicas] . “As pessoas que bebem perdem, em grande parte, a sua capacidade reflexiva, alterando o equilíbrio e seu senso espacial”, explica a psicóloga Elaine Ribeiro.

Veja como o organismo reage ao álcool

Por que eu bebo?

A pergunta é: por que os jovens estão bebendo cada vez mais cedo e em maior quantidade? O que está por trás do consumo abusivo entre este grupo?

“Muitas vezes, o jovem busca a solução para seus problemas no álcool, numa tentativa de fugir do meio em que se encontra”, conta o psicólogo Marcos Ariel. De acordo com o profissional, é normal a transgressão de algumas regras e limites nessa etapa, mas o consumo abusivo pode estar escondendo a fuga de alguma situação problemática ou conflito interior. É nesta hora que o álcool surge como um “anestésico”.

“O uso abusivo do álcool pode estar escondendo alguma situação problemática ou conflito interior”.

Para a psicóloga Elaine, o adolescente também tem a necessidade de fazer parte de um grupo e de ser aceito socialmente por ele, porque busca uma identidade; assim o álcool surge como uma forma de socialização. Mas a especialista alerta: “muitos jovens pensam que a bebida vai deixá-los mais livres, mais alegres, no entanto, o álcool é um inibidor do sistema nervoso central. Então, depois daquele momento de euforia vem a depressão”.

No ano de 2011, a mundo assistiu ao fim trágico de uma das mais talentosas cantoras da atualidade, a britânica Amy Winehouse. Segundo o laudo a jovem morreu por causa do abuso do álcool e drogas. “Por mais talentosa que esta cantora tenha sido, o que fica é o ‘como’ ela terminou. Querendo ou não estes artistas também são referência para os jovens e, neste caso, uma referência negativa”, destaca a psicóloga Elaine.

O que está por trás do consumo de álcool pelos jovem?

Quando o vício bate à porta

Segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 78% dos jovens brasileiros bebem regularmente e, deste número, 19% são considerados dependentes do álcool. “A pessoa que bebe deve procurar saber se, na sua família, há histórico de alcoolismo, porque ela pode trazer o gene da dependência, que vai predispô-la a ser uma adicta em potencial”, orienta o psiquiatra, doutor Nilton Lyrio.

Segundo o psiquiatra, além da questão genética que pode causar dependência, o consumo exagerado e frequente pode viciar a pessoa no álcool. “No fim de semana, o cara diz que ‘bebe todas’. Ele começa assim, bebendo ‘todas’ no fim de semana, mas, depois, passa a beber muito também durante a semana. Quando vê, já está buscando a bebida de forma compulsiva. Podemos dizer que este cidadão já está dependente”.

A religião como fator preventivo

A religiosidade vem ganhando destaque quando se trata da prevenção e da recuperação de jovens adictos de drogas lícitas e ilícitas. Dados publicados pelas PubMed e Scielo (Revistas de Medicina da Saúde dos Estados Unidos da América), revelam que pessoas que seguem uma religião ou dão importância à espiritualidade apresentam baixos índices de consumo de drogas como o álcool. Outro dado é que adictos que se tratam em comunidades terapêuticas de cunho religioso apresentam uma recuperação mais satisfatória do que aqueles tratados em clínicas médicas convencionais.

“Às vezes, pensamos que o recuperando não tem jeito, mas é neste momento que Deus age e muda a vida dessa pessoa”, ressalta Márcia Hoenhe, da Pastoral da Sobriedade da Diocese de Lorena (SP). Para Márcia, que trabalha na Casa Ágape (uma comunidade terapêutica), é notável a recuperação da pessoa que crê em Deus e participa das atividades de espiritualidade da casa de recuperação, diferentemente daquelas que não acreditam e não participam.

“Eu tenho 32 anos de idade e metade da minha vida eu passei nas drogas. Elas só me deram euforia e eu não sabia o que era felicidade verdadeira, mas coloquei Deus na minha vida e Ele está me abençoando”, testemunha Douglas, que se recupera do vício na casa Ágape.

Veja também

Bebida e direção: uma combinaçã fatal

Vai beber todas? veja os efeitos do álcool no seu organismo

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Religião, uma 'loucura' necessária https://destrave.cancaonova.com/religiao-loucura-necessaria/ https://destrave.cancaonova.com/religiao-loucura-necessaria/#comments Thu, 12 May 2011 19:24:12 +0000 http://deploy.cancaonova.com/destrave/?p=234 Daniel Machado Produtor do Destrave Quando, em 1999, eu tive o meu encontro pessoal com Jesus, minha vida mudou de forma drástica, direta, da “noite para o dia”. Num piscar de olhos eu já me considerava uma pessoa diferente, um homem novo. Por outro lado, as pessoas do meu convívio social me alertavam o tempo...

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Daniel Machado
Produtor do Destrave

Quando, em 1999, eu tive o meu encontro pessoal com Jesus, minha vida mudou de forma drástica, direta, da “noite para o dia”. Num piscar de olhos eu já me considerava uma pessoa diferente, um homem novo. Por outro lado, as pessoas do meu convívio social me alertavam o tempo todo sobre a “loucura” da religião.

Ao assistir a momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento pela TV Canção Nova, era comum minha mãe me pegar ajoelhado ou prostrado diante da TV (na verdade, era diante de Jesus), assim como era comum ela me dizer que eu estava ficando louco por causa dessas atitudes.

Os críticos da religião dizem que os que creem em Deus ou em alguma divindade sofrem algum tipo de patologia coletiva – e se me vissem, do jeito que minha mãe me via, certamente ficariam contentes com a confirmação da teoria. De certa forma, existe uma verdade nesta crítica, pois todos nós sofremos de um tipo de “loucura”, mas eu diria que uma “loucura necessária”. Se quem crê pode ter algum tipo de loucura, os que não creem mergulham numa loucura muito maior, a qual nos traga, a loucura deste mundo.

Estamos diante de duas loucuras: a “loucura” da religião e a loucura do mundo moderno.

A “loucura” da religião tem lá, sim, os seus excessos, o que chamamos de fundamentalismo, ou seja, a fé sem um pingo de razão ou tolerância. Essa loucura precisa de amadurecimento e reflexão, mas, de modo geral, na religião está presente uma “loucura” que nos faz ir para o além do material, que nos remete ao outro, uma “loucura necessária” para os santos.

Sejamos apaixonados por Cristo

Lembremo-nos aqui de alguns loucos que deixaram o seu perfume de santidade no mundo: São Francisco foi um “louco” aos olhos de muitos, deixou toda a sua riqueza e foi viver como mendigo, beijou um leproso, certa vez se jogou numa roseira e, outra, na neve quando o desejo sexual atingiu sua carne. Em poucos anos atraiu milhares de jovens ao seu redor. Santa Terezinha também foi uma “louca” que sofreu e amou até o último dia de sua vida e, sem sair do convento, ficou conhecida no mundo inteiro.

Mas temos também os santos modernos, como a beata Madre Teresa  de Calcutá, que um dia saiu pelas ruas de Calcutá, encontrou um moribundo na rua e, ali na sua “loucura”, encontrou Jesus nele e passou a dedicar a vida aos mais pobres dos pobres. O beato João Paulo II foi também um “louco”, sobreviveu a duas guerras, estudou num seminário de forma clandestina, enfrentou o comunismo, derrubou o Muro de Berlim, sofreu um atentado, perdoou ao homem que tentou matá-lo, ensinou ao mundo como se vive enfermo sem perder a esperança, a caridade e a fé, dentre tantos outros atos de “loucura”.

Já a neurose do mundo moderno é uma loucura de morte; para constatar isso basta ficar 5 minutos na frente da TV, ver as leis contra a vida e a família que tramitam no Congresso, o ritmo com que vivemos na era do consumo, os índices de estresse e depressão que atingem jovens, adultos e idosos. No dito popular, estamos “pirando” com o estilo de vida moderno.

São Paulo disse que jamais o mundo irá compreender esta loucura da santidade: “Mas o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras” (I Coríntios 2,14). E confirma o que acabo de escrever acima: “Pois a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.”

Se a religião é “o ópio do povo” como dizem os críticos – qual será a definição para o mundo moderno?

Se um dia você ouvir de alguém que a religião é uma neurose coletiva, agradeça, pois esta “neurose” o está livrando de uma outra neurose muito maior, a loucura da cultura de morte.

“Oxalá suportásseis um pouco de loucura de minha parte!” (São Paulo Apóstolo)

Sejamos todos “loucos” pelo Evangelho.

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