Por Daniel Machado
Produtor do Destrave
Direção e álcool: até quando?
O Carnaval está às portas e mais uma vez nos perguntamos: “quantos jovens vão morrer depois de se alcoolizarem e dirigirem? Talvez não saibamos os números exatos, mas não é surpresa alguma receber notícias de mortes causadas por pessoas alcoolizadas ao volante em época de festas e feriados.
No Brasil, a questão é tão grave que o Ministro da Saúde, José Padilha, afirmou que os acidentes envolvendo motoristas que consumiram álcool ao volante já são epidemia no país.
Antes da Lei Seca, em vigor a 4 anos no Brasil, o número de acidentes e mortes causados pela imprudência crescia de forma avassaladora. Em São Paulo, por exemplo, chegou-se a 50 mil ocorrências de acidentes seguidos de morte em todos os 645 municípios de São Paulo de 2001 a 2010. Com a tolerância zero da Lei Seca e mais fiscalização este número baixou para 16% na capital e 7,2% nos demais municípios segundo pesquisa da USP em Agosto de 2012. Os números mostram uma queda no número de acidentes e mortes no trânsito em decorrência do álcool, mas muito longe ainda do que se espera.
Você pode perguntar: “o que tudo isso tem a ver comigo?”. Tem a ver e muito, pois, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o país desembolsa, a cada ano, 22 bilhões de reais com acidentes nas rodovias, ou seja, o contribuinte está pagando toda essa perda. No entanto, o mais grave não está nos gastos públicos, mas na vida de milhares de jovens que aparecem como as principais vítimas dessas estatísticas.
“O camarada vai a uma festa, bebe além da conta e vai dirigir, aí causa um acidente tendo sérios problemas e destruindo famílias, causando danos a toda sociedade”, diz o psiquiatra Nilton Lyrio.
Por que bebida e direção não combinam?
Alguém que está sob o efeito do álcool perde totalmente, ou em grande parte, a sua capacidade neuromotora. Aquele obstáculo que parece estar a 10 metros para uma pessoa alcoolizada, na verdade, está muito mais próximo do que ela imagina”, explica a psicóloga Elaine Ribeiro.
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O álcool é uma substância facilmente absorvida pelo organismo. Depois de alguns minutos após a ingestão de alguma bebida alcoólica, a droga já está correndo no sangue e chegando aos principais órgãos vitais do corpo; um deles é o cérebro. Essa substância altera a comunicação entre os neurônios diminuindo as repostas do cérebro ao organismo. As principais áreas afetadas são o córtex frontal (responsável pela coordenação motora do nosso corpo) e o cerebelo (responsável pela leitura espacial do corpo e do equilíbrio). Assim, uma pessoa que bebe, sobretudo de forma exagerada, perde a capacidade de resposta motora e espacial, aptidões essenciais para conduzir um veículo.
Além do bafômetro (medidor do teor de álcool ingerido), a polícia dos Estados Unidos da América também utiliza faixas amarelas para que o motorista ande sobre elas ou faça o famoso 4 (com as pernas). Se o cidadão ingeriu álcool além da conta, seu cerebelo vai perder a noção de equilíbrio e não conseguirá executar a simples tarefa de andar sobre uma linha reta estendida no chão. Assim será facilmente identificado e punido por consumir bebida alcoólica e dirigir.
Questão de educação?
Países como França, Alemanha, Itália e Japão assistem aos índices de morte no trânsito caírem há mais de 10 anos. Medidas como fiscalização, leis mais severas e estradas em boas condições foram colocadas em prática de forma rigorosa. Mas junto a tudo isso, um trabalho de educação com toda a sociedade – sobretudo com as crianças nas escolas – também fez toda a diferença. Para se ter uma ideia, no Japão há mais acidente com bicicletas (sem mortes) do que com veículos.
Diante do número de pessoas que morrem todos os anos no Brasil temos duas alternativas: fazer a nossa parte como cidadãos, transformando-nos em educadores de jovens e crianças, ou nos acostumarmos com as notícias de famílias sendo destruídas por causa do álcool.
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O mais irracional é que tem motoristas achando que o mais grave foi ele ter sido pego, pagando assim uma multa relativamente alta, achando que seu erro maior foi ter ido por aquele caminho e ter dado a “má sorte” de ser apreendido. Ou ainda a falta de “consideração” do guarda de não se corromper e ter “aliviado a sua barra”. Homo sapiens (“homem sábio”, em latim) chegou a hora de honrar o nome da sua espécie e começar a pensar um pouquinho, ser menos egoísta e “mais” consciente, e se o “mais” for muito pesado, seja apenas consciente, já serve.
Temos que partilhar, são muitas vidas ceifadas pela irresponsabilidades.
Nos dias de hoje o álcool parece ser uma coisa que não faz mal, os jovens cada vez mais cedo começam a beber. É preciso educar as nossas crianças para que em um futuro próximo haja menos acidentes causados nas estradas por causa desta droga lícita que rende milhões aos empresários às custas de muitas mortes.
Parabéns, muito bom o texto, publiquei no facebook, seria maravilhoso se as pessoas parasse um pouco para ler e refletir.
Este tema será abordado no meu TCC do curso de marketing, vou tirar muitas informações dessas matérias, falarei sobre a influência de familiares e amigos e ponto de vendas, do jovem consumidor e alcoolico.rnPor gentileza, se vcs puderem me enviar mais informações, por e-mail será ótimo: ayresdossantos@gmail.comrnrnObrigada!rnVamos incentivar na escola os jovens a parar de consumir bebida em excesso!!!!!! Será Pactante!!!
Prezados,rnrnrnBoa tarde,rnrnPedimos o seu apoio na divulgação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular que propõe alterações no Código de Trânsito que tem objetivo de mudar as leis brasileiras que abrem tantas portas para a impunidade.rnrn rnrnInstrumento de Exercício da Soberania PopularrnrnA Constituição Federal consagrou como instrumento de exercício da soberania popular (artigo 14, inciso III, da CF) a iniciativa popular de lei, que poderá ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de Projeto de Lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles, conforme preceitua o § 2º, do artigo 61, da Constituição Federal.rnrnPequeno histórico do álcool e trânsitornrn”Nosso governo gasta R$ 8 bi/ano em uma guerra que enfrentamos diariamente no Brasil: as imprudências no trânsito. São cerca de 40 mil vítimas de acidentes de transporte por ano. Dessas, 40% são decorrentes do álcool na direção. É também a principal causa morte de crianças de 1 a 14 anos em nosso país.”rnrnComo surgiu o Projeto de Lei Não Foi Acidente?rnrn”Rafael Baltresca teve a mãe e a irmã mortas no dia 17/09/11, vítimas de um atropelamento por um carro em alta velocidade, em São Paulo. O atropelador, Marcos Alexandre Martins, se recusou a fazer o exame do bafômetro, mas fez exame de sangue. No B.O., testemunhas afirmam que Marcos estava completamente embriagado. Frente a esta situação e à realidade que o Brasil enfrenta, Rafael Baltresca criou o movimento Não Foi Acidente, com o objetivo de mudar as leis brasileiras que abrem tantas portas para a impunidade.”rnrnDe forma simplificada, o que buscam com este projeto?rnrnEste projeto acaba com a infração administrativa (multa) para quem dirige embriagado. Desta forma, a embriaguez ao volante passa a ser somente ilícito penal (crime). Tem por objetivo principal a tolerância ZERO para direção e embriaguez.rnrnPara tanto, pretende a alteração das penas para quem dirige embriagado (de 1 a 3 anos de prisão) e para quem mata no trânsito por estar dirigindo embriagado (de 5 a 8 anos de prisão).rnrnPermite que o exame clínico, feito pelo médico, possa servir de prova para comprovar a embriaguez do condutor, sem a necessidade do bafômetro ou exame de sangue.rnNas palavras do Dr. Maurício Januzzi, presidente da comissão de trânsito da OAB-SP e autor do projeto:rnrn“A política de tolerância ZERO que o nosso projeto preconiza é no sentido de que aquele que for flagrado dirigindo com qualquer quantidade de álcool por litro de sangue estará sujeito a responder por CRIME DE EMBRIAGUEZ AO VOLANTE (Artigo 306 do CTB). O projeto propõe que não haverá mais infração administrativa (artigo 165 do CTB) no que tange a embriaguez ao volante. Hoje não existe tolerância ZERO. O que ocorre hoje é uma tolerância a embriaguez ao volante, isto porque a infração administrativa (artigo 165 do CTB) se dá quando comprovado a embriaguez de 0,2 dg/l até 0,6 dg/l , ou seja, multa de natureza grave, 7 pontos na carteira e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Já, se comprovado que o indivíduo está embriagado acima de 0,6 dg/l, ele estará sujeito a responder pelo crime de embriaguez ao volante (artigo 306 do CTB)”.rnrn rnrn Faltam 757.327 assinaturas.rnrnrnNo total, já são 5420.673 pessoas que aderiram ao nosso movimento.rnrnrnhttp://naofoiacidente.org/blog/rnrnAtenciosamente,rnrn– rnrnrnAlexsander de Carvalho
Muito oportuna à matéria. Embora seja crista, acredito que quem bebe assume o risco de causar acidente e de matar, e por isso deveria ser preso, sem direito a fiança, porque acredito que o ser humano precisa de regras para seguir e orientar. A sensação que o brasileiro tem é de impunidade, que pode fazer o que quiser e que não pagara pelas consequências de seus atos inconsequentes. Sou extremamente a favor da prisão dos motoristas embriagados porque conheço quem dirige sobre efeito de álcool e que escuto é que “Não da Nada”, mas uma hora as coisas acontecem, a casa cai, é muito fácil culpa a Deus, o Mundo e as Pessoas e dizer “ Porque comigo”. A gente sempre acha que não pode acontecer com gente. É fácil quando acontece com os outros, mas quando acontece com a gente o bicho pega. Mas infelizmente o ser humano colhe o que planta. Graças a Deus ate hoje não perdi nenhuma pessoa querida vitima do álcool. Eu não bebo uma gota de álcool graças a Deus, mas posso ser atropelada por uma pessoa alcoolizada, ou o carro que estou andando pode ser brutalmente atingido por um motorista embriagado. Literalmente essa combinação não combina. Esta na hora dos verdadeiros cristãos se levantarem, evangelizar, orar, denunciar esse mal que afeta nossa sociedade.
Sim.estou com (68) e graças a Deus nunca nem por bricadeira tomei bebida alguma.Estou vivo e gozo saude e não mim arrependo nem tenho inveja de quem bebe ou mesmo fuma.
Que lindo Bento seu testemunho. Também não bebo, não preciso de álcool para me divertir. Acho uma babaquice colocar a alegria na bebida. Já presenciei em festas familiares pessoas bêbadas que não se divertiram, não apreciaram a comida, musica, não virão pessoas que tinha muito tempo não encontravam. Depois vem a ressaca, dor de cabeça e o pior o vazio interior. Às vezes me pergunto que graça tem beber todas até cair e vomitar? Muitas vezes fui chamada de careta, de seria por não consumir bebidas alcoólicas, mas curto muito mais as situações que a vida e Deus me proporciona sóbria. Obrigada pelo seu testemunho, com certeza animou e anima muitos jovens a saborear o dom da vida de forma sadia. Que Deus lhe abençoe.
se todos se concientisasse e reflefisse um pouco e pensasse mais no seu proximo,nao misturaria alcool e direçao pois essa mistura pode acabar com os seus sonhos e de pessoas inocentes.por isso se for beber nao dirija
Eu quero dizer a todos.que enquato a lei não for mais rigorosa esses emprudentes. a sociedade e que sofre; gente se beber não dirigi.
na minha opinião tem que ter o disk denuncia,denunciar todos que sai dirigir bebado para a policia , assim estara salvando muitas vidas
O tema é nobre e sempre atual.Os malefícios que o consumo excessivo do álcool traz para a sociedade, especificamente,aos entes públicos, é de uma clareza solar. Não obstante, ainda se ousa, de forma irresponsável, conciliar álcool com direção, fato este que tem causado irreparáveis traumas físicos e psicológicos ao seio de muitas famílias brasileiras.
Ao ensejo, gostaria que me informassem e/ou me indicassem alguns livros, periódicos, revistas etc, específicos, sobre as reações psíquicas e motoras para cada quantidade de álcool ingerido por uma pessoa (g/L, notadamente ao dirigir em estado de alcoolemia. É que, sou advogado/procurador do DER-PB, e nesta Procuradoria Jurídica tenho me deparado com uma gama enorme de demandas jurídicas decorrentes de sinistros automobilísticos, ocasionados, em sua grande maioria, de abalroamentos de automotores(veículos e motos) em animais,para cujos fatos os motoristas desses veículos foram pegos em estado de alcoolemia e, na quase totalidade dos casos, perderam suas vidas. Portanto, esta Procuradoria Jurídica do DER-PB se recente de livros e de estudos científicos referentes aos efeitos do álcool no corpo humano, especificamente, quando se tenta unir álcool e direção. Qualquer orientação e/ou informação acerca do assunto me satisfaz. Atenciosamente.