Você, com certeza, já fez provas com questões dissertativas – daquelas que você tem uma pergunta e precisa redigir a resposta –, e outras questões de múltipla escolha. Qual tipo você prefere? Tem gente que diz que, quando a gente não sabe a matéria direito, a múltipla escolha é bem melhor. Dá até pra “chutar”. Tem gente que diz que, quando a gente sabe a matéria pra valer, a múltipla escolha acaba confundindo… é melhor a pergunta direta, e você responde com segurança. Afinal, você sabe a matéria.
Nas “provas” que a vida vai lançar pra você ao longo do seu caminho também é assim. Tem gente que não sabe o que quer da vida e acaba se confundindo, se perdendo em meio a tantas alternativas que o mundo oferece. Mas na “prova” da fé e do amor, Deus é “dissertativo” e te pergunta: “Tu me amas?” (cf. Jo 21, 15)
O que você vai responder? Essa matéria é fácil, você sabe de cor… de coração. Essa resposta de amor está gravada na nossa alma e também no nosso corpo. No livro do Gênesis aprendemos: “… homem e mulher os criou.” (Gen 5, 2). Não é múltipla escolha! Não há alternativas a escolher. Fique tranquilo: Deus escolheu para você! Ele, na sua sabedoria infinita, nos deu uma identidade sexual: feminino ou masculino. O determinismo biológico não é escravidão, mas é um caminho que se abre a nossa frente para nos aproximar de Deus. O caminho para encontrarmos a verdadeira felicidade é nos tornarmos quem realmente somos. Deus que nos criou, nos ama e nos convida a amar. Ele nos conhece melhor do que a nós mesmos e, em seu plano de salvação, nos criou homens e mulheres para que com a totalidade do nosso ser aprendêssemos a nos amar como Ele nos ama. Ou você duvida que Deus erraria na escolha da sua sexualidade?
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O mundo, perdido como está, quer nos impor muitas opções. Quer nos ensinar que podemos escolher entre muitas alternativas: ser homem, ser mulher, ser um pouco dos dois… independentemente do que o meu corpo me revela. Usa como pretexto que os papéis sociais só trazem desigualdades. Acabam dando alternativas que só nos confundem…
Acredite, sendo você homem ou mulher, Deus deixou gravado em seu coração um jeito próprio de amar conforme a sua sexualidade. Ao nos criar, Deus nos fez a sua imagem e semelhança e nos fez homem e mulher. Isso indica que a complementaridade entre os sexos espelha Deus, ou seja, torna visível, o mistério invisível do amor de Deus. Somos chamados a amar como Ele amou, vivendo em comunhão de pessoas, como a Santíssima Trindade. E isso se realiza plenamente no ser masculino e feminino. O homem é predisposto a se tornar um dom para a mulher. A mulher é predisposta a receber esse dom e dar-se em retorno ao homem. O amor entre eles é tão real e profundo que pode dar origem a outro ser humano.
Somos diferentes – física e psicologicamente, mas iguais em dignidade! Sexo, é preciso sublinhar, não é um verbo, é um substantivo (essa questão você já sabia, né?!). É quem somos: homens ou mulheres. Quando perguntamos sobre o significado do sexo queremos, na verdade, saber o significado da nossa criação como homem e mulher. Se você é homem, Deus o criou para ser um homem. Se é mulher, Deus a criou para ser mulher. Este é o sentido inerente do sexo.
Todos nós precisamos re-ordenar nossa sexualidade, pois a tentação existe e vem para todos. É uma cura para todos nós: encontrarmos em Cristo nossa verdadeira identidade de homens e mulheres. Isso não quer dizer que se tivermos fé todos os nossos problemas, confusões e feridas desaparecerão instantaneamente. É um processo gradual para o qual devemos usar tudo o que há de bom em termos de suporte psicológico, direção espiritual, vida sacramental, leituras espirituais etc.
Nossa vocação, o chamado que Deus nos faz não é impossível de se viver. É difícil, mas a Graça está conosco. Jesus te pergunta mais uma vez: “Tu me amas?”. É a sua vocação. O que você vai responder, não com palavras, mas com todo o seu ser, com a sua vida? Quer uma dica?! Fica o exemplo de Pedro: “Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que eu te amo!”. Entregue para Deus a sua sexualidade e ele te ensinará a vivê-la plenamente! Nota dez!
Ronaldo e Tatiana
Setor Pré- Matrimonial da Pastoral Familiar/ Arquidiocese do Rio de Janeiro
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tema excelente e conteúdo muito formativo, principalmente por ser esclarecido à luz dos valores cristãos. É disso que nos precisamos: sermos formados à luz do Evangelho.
muito bom o tema e muito esclarecedorrnDEUS abençoi vcs o destrave esta kda vez melhor
O mais bonito é a criação da mulher, delicada, frágil, inocente, parceira da criação do homem, forte, viril, protetor, e ainda sim, ambos serem considerados iguais, diferentes e complementares. Complementares porque a mulher tem o que o homem não tem, o homem tem o que a mulher não tem. Diferentes por esse mesmo motivo e porque Deus não é egoísta e não tem criatividade para criar robôs (todos iguais). Iguais no amor, na importância, no valor da criação humana. Pena que o próprio ser humano distorceu esse valor, tratando uns aos outros da pior forma possível. Conceito fácil de se seguir, principalmente que está em Deus. Tão fácil tratar o outro como irmão quando se é bem tratado. Tão mais difícil tratar bem a quem nos trata mal. Mas a fraternidade é mais poderosa que o interesse. Não é tarde demais para experimentá-la.