O fenômeno da Adultescência

Adultescência / Reportagens

“Adultescência”. Talvez o nome lhe soe um pouco estranho, mas acredite, é um novo termo que surge para classificar uma geração de adultos que insiste em permanecer imersa no mundo juvenil.

Segundo Andreia Perroni, doutora em semiótica da cultura e professora universitária, são pessoas entre 25 e 40 anos que gostam de se fantasiar de super-heróis, colecionar carrinhos e personagens de ficção científica, passam horas no vídeo-game, e tudo isso sob a supervisão dos pais.

“Interiormente, são pessoas um pouco mais superficiais, que não suportam rotina, não conseguem lidar direito com responsabilidades, por isso, não possuem relacionamentos definitivos. A ideia de casamento ou filhos, por exemplo, lhes parece custosa. Todos nós conhecemos alguém com essas características hoje; por isso, temos essa ‘síndrome’ contextual, ou seja, muita gente vivendo a mesma coisa”, afirma Andreia.

Confira no vídeo abaixo a primeira parte da reportagem

Esse fenômeno também foi descrito, em 1983, pelo psicólogo americano Dan Kiley em seu livro The Peter Pan Syndrome: Men Who Have Never Grown Up (Síndrome de Peter Pan: homens que nunca crescem), quando passou a receber em seu consultório homens adultos com desvios comportamentais, que beiram a certa regressão primitiva ao mundo infantil. Exatamente como o personagem da Disney, Peter Pan, um menino que não queria crescer, era dotado de poderes mágicos e vivia na Terra do Nunca, onde tudo era um eterno brincar.

“Pessoas procurando a juventude sempre houve na história da humanidade. Nós vemos, na mitologia grega, os deuses com características de jovens eternos, o mito da fonte da juventude, entre outros. O desejo de ser eternamente jovem sempre existiu. Por quê? Porque quanto mais jovem tanto mais longe da morte. Contudo, antigamente, isso era visto como algo ponderado, nós víamos essa situação apenas nos contos e mitos”, recorda a professora.

Andreia Perrone Escudeiro em entrevista para o Destrave

Andreia Perroni Escudeiro, doutora em semiótica da cultura pela PUC-SP. Foto/ reprodução

Para a doutora, um dos fatores que fizeram eclodir esse comportamento “juvenilizado” se deu pela crise de sentido trazida pela pós-modernidade. “A pós-modernidade criou um ambiente propício para a adultescência. As pessoas não estão mais se encontrando na sua identidade”, enfatiza Perroni.

Geração Canguru

Segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil segue uma tendência mundial quando o assunto é filhos permanecerem na casa dos pais por mais tempo, o que especialistas têm chamado de “Geração Canguru”. Um levantamento feito, em 2012, segundo dados da Penad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio), mostra que 24% dos jovens entre 25 a 34 anos vivem com os pais, sendo 60% homens e 40% mulheres.

Confira no vídeo abaixo a segunda parte da reportagem

“Hoje, existe uma cultura, até da própria mídia, dizendo para esse jovem: ‘Fique e fique protegido’. Há também uma movimentação dos próprios pais, dizendo aos filhos: ‘Fique mais um pouquinho! Para que você vai sofrer saindo de casa tão cedo?’. Esse ‘tão cedo’ já são 30 e poucos anos. Ou seja, existe uma cultura mostrando para essa pessoa que a saída de casa vai ser só prejuízo. Ele vai ter de se virar sozinho, vai ter de pagar contas, ter responsabilidades. Estamos em meio a uma geração que não quer responsabilidades”, alerta a psicóloga clínica Luciane Evangelista.

O Destrave conversou com Júlio César, um homem de 39 anos que mora com os pais, na mesma casa em que nasceu e cresceu. Ele coleciona carrinhos, revistas de mangá, personagens de ficção científica, além de gostar muito de vídeo-game. “Nunca tive oportunidade nem condições financeiras para sair [da casa dos pais]. O tempo foi passando e eu decidi ficar aqui mesmo”, conta.

Júlio César, 39 anos, mora com os pais e gosta de fazer coleções. Foto/ reprodução

“Eu não gosto muito da rotina, porque ela me sufoca. Dentro do casamento tem rotina, por isso eu não quero casar e ficar assim tão preso. Eu gosto mesmo é de ter liberdade, uma vida mais solta”, revela Júlio.

Juvenilização e mídia

De acordo com os especialistas no assunto, a mídia a serviço da cultura do consumo tem uma influência muito grande no que se tem chamado de Geração X e Y. Personagens dos anos 80 e 90 estão ganhando forças nas revistas, no vestuário, nos brinquedos e, principalmente, no cinema. Não à toa, os grandes sucessos do cinema atual são os heróis de 20, 30 anos atrás, como os clássicos da Marvel: Homem Aranha, X-Men, Batman, Thor, entre outros.

Segundo pesquisa da Ericson de 2014, 50% dos norte-americanos que jogam vídeo-game têm mais de 34 anos, e o Brasil segue a mesma tendência. Por essa razão, o mercado de games é um dos que mais crescem no mundo em razão da nova demanda que tem alavancado esse segmento: os adultos.

Confira no vídeo abaixo a terceira parte da reportagem

Junta-se a esse fenômeno do “eternamente jovem” a ditadura da beleza, com seus produtos cosméticos e suas promessas de rejuvenescimento corporal, de plásticas, silicones, entre outros. Toda essa procura pela “fonte da juventude” – seja ela estética seja ela tecnológica – tem gerado angústia nas pessoas, o que tem sido muito bem aproveitado pelo marketing do consumo.

“Você olha para a televisão e os protagonistas são muito jovens, muito bonitos e criativos. As capas das revistas sempre nos remetem a uma juventude a qualquer preço, ou seja, toda a mídia cria um ambiente propício para a adultescência”, denuncia Andreia Perroni.

Jovens Nem-Nem

Outra característica de jovem que tem aumentado no Brasil são os “nem-nem” (nem trabalham nem estudam). Segundo dados do Penad, 1/5 (9,6 milhões) dos jovens entre 15 e 29 anos vivem nessa situação no país. É como se todo o Estado de Pernambuco não estudasse nem trabalhasse. Desse número, 73% são mulheres.

Segundo o IBGE, há fatores sócio-econômicos que podem explicar esse fenômeno, pois não significa que esses jovens estejam ociosos, “mas não dá para jovens, de 15 a 17 e de 18 a 24 anos, ficarem sem estudar nem trabalhar. É um motivo de preocupação”, diz Ana Lúcia Saboia, coordenadora da pesquisa.

Confira no vídeo abaixo a quarta e última parte da reportagem

 Geração do futuro

Segundo os especialistas no assunto, a adultescência e o comportamento infantilizado não são uma modinha ou algo passageiro, estamos falando do comportamento padrão de uma nova geração, um novo contexto cultural que se tornará normal para a sociedade. 

“Eu acredito que esta é uma tendência que vai se acirrar ainda mais, porque não estamos vendo uma mudança estrutural na educação de nossas crianças”, afirma Andreia Perroni.

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16 Comments to O fenômeno da Adultescência

  1. Marcelo Arruda Gayer's Gravatar Marcelo Arruda Gayer
    8 de agosto de 2014 00:10 Permalink

    Olá, me chamo Marcelo e passei pela adultescência e foi uma barra enfrentar este problema sozinho sem saber direito o que estava acontecendo. Hoje ajudo meu irmão mais novo que tem 23 anos e esta enfrentando o mesmo problema. Mas pela honra e glória de Deus enfrentaremos juntos. Páz e bem.

  2. Ana Lúcia - Jacareí (SP)'s Gravatar Ana Lúcia - Jacareí (SP)
    8 de agosto de 2014 11:02 Permalink

    Gente, é o seguinte… rnachei muito pertinente o tema, de verdade. Conheço pessoas assim e o debate é importante para não ser uma fuga da realidade, já que todos nós estamos de alguma forma (o tempo todo) sempre buscando fugir da realidade (e que cada um vista sua carapuça, já que todos temos redes sociais não é mesmo??). Porém, não acho legal ser um ‘crime’ gostar da cultura anos 80/90, etc…. Eu gosto muito, vou me casar, trabalho e pago minhas contas. rnNão acredito que este seja o caso do Julio, uma vez que ele é visivelmente uma pessoa criativa. rnVamos também entender o diferente e não querer enquadrar todo mundo em um molde não é mesmo??

  3. Bruno's Gravatar Bruno
    8 de agosto de 2014 13:28 Permalink

    Materia muito centrada e não abordou varios pontos sobre o tema.rnExiste muitas mudanças na sociedade. Não existe mais um padrão de “familia ideal”. Cada individuo pode optar pelo seu estilo bem como seus passatempos e hobbys sem necessariamente serem despreparados para a “vida adulta”.rnPor exemplo, fato de morar na casa dos pais pode ser uma opção e não uma incapacidade.rnCasar, ter filhos, religião são escolhas pessoais e não padrões a serem obrigatoriamente seguidos.

    • dofo's Gravatar dofo
      7 de janeiro de 2015 21:51 Permalink

      Penso é quando o tempo passar e der por mim. Filhos! Não os tive e não dei o prazer a meus pais de serem avós! que fazer agora? minha idade já me mostra desgaste pelo tempo. Quem poderá aceitar tomar conta de mim? Estou temeroso, não plantei nenhuma semente para que houvesse um futuro, sou o último, sou filho único, sou um ponto final de uma família que se esvai em mim. Eu não sabia nem parei para pensar sobre sentido de família. Cuidem bem das famílias.

      • Adriano's Gravatar Adriano
        14 de agosto de 2015 11:26 Permalink

        Ótimo pensamento! Precisamos que as pessoas passem a pensar mais assim.

  4. Danton Renato's Gravatar Danton Renato
    9 de agosto de 2014 14:28 Permalink

    Frutos infelizes de uma mídia que aliena e destrói.rnA nova política é esticar ao máximo a adolescência e a irresponsaabilidade, o que gera grandes prejuízos para as pessoas, para as famílias e para o país que deixa de crescer como deveria.rnVamos vender videogames e outras ilusões/vícios virtuais não importando os prejuízos para a sociedade.rnO fênomeno só acontece porque temos uma grande rede de TV que o incentiva e impulsiona. E está ligado à destruição das famílias, à diminuição forçada da natalidade (e por isso também se incentiva o homossexualismo), grande interesse da nova ordem mundial.rnNo fundo é triste ver que essas pessoas jamais conhecerão a verdadeira liberdade que as responsabilidades da vida adulta nos oferecem, teimando em não crescer.

    • Cristina Beatriz Labuto Galvão's Gravatar Cristina Beatriz Labuto Galvão
      6 de janeiro de 2015 18:23 Permalink

      muito bom seu comentário!!!

  5. antonio's Gravatar antonio
    9 de agosto de 2014 23:19 Permalink

    muito bom !!!!!! como adquirir esses vídeos ,ou como baixar ?

  6. Lenise's Gravatar Lenise
    16 de agosto de 2014 12:59 Permalink

    Boa tarde! Como tudo na vida, existem casos e casos, o que acontece com um, não necessariamente acontece com outro indivíduo. Percebo sim, que nos dias de hoje, muitos, seja por medo ou imaturidade, ou ainda por traumas aquiridos durante a existência, tem dificuldades para assumir compromissos de um modo mais sério e efetivo. E alguns, por diversos fatores, chegam na faixa dos 30, 40 ou mais, residindo com os pais mesmo se tratando de pessoas independentes, com boa renda, que teriam tudo para ter uma vida autônoma. Conheço pessoas que, como não constituíram família, preferem residir com os pais dividir as despesas, mesmo possuindo imóvel próprio. Como a convivência é boa, esses filhos foram ficando, fazem companhia para os genitores e vice versa. Não gostam da solidão (embora eu acredito que todo mundo necessite de um momento “só seu”). Quanto às coleções, hobby, não acho que denotem “infantilidade”, conheço pessoas que são casadas e fazem, do mesmo modo, coleção de gibis, carrinhos, figurinhas,gostam de video game etc…O que não se pode é rotular todas as pessoas, mesmo elas sendo, aparentemente, iguais, no que diz respeito à perfil.

  7. Cristina Beatriz Labuto Galvão's Gravatar Cristina Beatriz Labuto Galvão
    6 de janeiro de 2015 18:20 Permalink

    A Igreja nos ensina a acolher com amor todos os filhos que Deus quis nos dar. Quando casamos decidimos por gerar filhos para Deus. O solteiro trabalha para Deus e para a Igreja. O serviço do casado é a geração de filhos para Deus e para a Igreja. rnrnA partir do momento que os homens optam por não dar a Deus e à Igreja a quantidade de filhos que foi sabiamente planejada pela providência divina, é rompido o equilíbrio natural e sobrenatural. rnrnO casal com um ou dois filhos que opta por impedir a gravidez por algum modo artificial contrariando a vontade divina, pensa que está trazendo um benefício financeiro para sua família. Enganados pelo demônio, acabam por fazer mal psicologicamente e espiritualmente aos seus filhos. Transformam seus filhos nos bebês que deixaram de ter. Com 10, 20, 30 anos, eles ainda são os bebês que seus pais deveriam ter tido. Acharam que cuidariam melhor de seus filhos e na verdade essa geração desobediente a Deus acabou por massacrar criando uma dependência que seria natural aos filhos que deixaram de ter.rnrnCristina Beatriz Labuto Galvão. Cientista Social e bancária.

  8. AMIGA's Gravatar AMIGA
    6 de janeiro de 2015 23:21 Permalink

    ESSE TEMA ME PARECEU DE CERTA FORMA MEIO PRECONCEITUOSO COM QUE VIVE AINDA COM OS PAIS..TENHO 30 ANOS E MORO COM A MINHA MÃE AINDA. FAÇO FACULDADE E ESTÁGIO, NÃO SAI DE CASA NÃO QUERER FICAR NA BARRA DA MINHA MÃE MAS SIM PELAS AS CIRCUSTÂNCIAS, COMO FALTA DE NAMORADO E O FATO DE NÃO TER QUE DEIXÁ-LA SOZINHA…QUEM EM PLENA CONSCIÊNCIA, GANHANDO UM SALÁRIO VAI MORAR SOZINHA SEM CASAR, CORRENDO OS RISCOS DE HOJE EM DIA QUE A MULHER CORRE?EU ACHO QUE A CANÇÃO NOVA DESTODA MUITAS COISAS…COMO EM RELAÇÃO AOS CASADOS, FAZEM UMA EXALTAÇÃO TÃO GRANDE PELO O CASAMENTO MAS NÃO SE DISCUTE UM ASSUNTO SÉRIO SOBRE QUEM JÁ TEM 30 ANOS OU MAIS E AINDA CONTINUA SOLTEIRO, PORQUE A SOCIEDADE FOI FEITA PRA QUEM É CASADO MAS NÃO PARA O SOLTEIRO…SÓ ACHO QUE FALAR QUE TEMOS QUE SAIR DA CASA DOS PAIS ASSIM QUE SE CHEGA À MAIORIDADE É QUERER CRIAR PROBLEMAS…EU POR MIM TERIA CASADO JOVEM, MAS POR QUESTÕES DE QUE A IGREJA NÃO ACEITA QUE NÃO MOREMOS JUNTOS POR QUE ISSO É PECADO MORTAL ACABEI RECUANDO COM MEDO..E HOJE ME VEJO ASSIM TRISTE POR NÃO TER TOMADO UMA DECISÃO QUE FOI BASEADA EM MEDOS QUE A PRÓPRIA IGREJA IMPÕE, POIS ELA NÃO ACEITA QUE O JOVEM POSSA NAMORAR A NÃO SER QUE SEJA PRA CASAR..SABEMOS QUE AS COISAS HOJE EM DIA NÃO FUNCIONAM ASSIM..ALGUNS HOMNES SÓ QUERER CASAR SE AMULHER FOR BONITA E TIVER GRANA, POIS ELES NÃO QUEREM SE DÁ UM TRABALHO DE CONSTRUIR UMA VIDA AO LONGO DO NAMORO..SEM FALAR QUE A CASTIDADE HOJE EM DIA TAMBÉM É OUTRA COISA QUE NEM PESA MAIS, POIS SE FÔSSE ASSIM MUITA GENTE ESTARRIA CASADA E FELIZ..O QUE ME DEIXA MAIS TRISTE É QUE A CANÇÃO NOVA FALA TANTO AOS JOVENS MAS NUNCA SE APROFUNDA EM RELAÇÃO AOS SOLTEIROS MAS SÓ PARA AQUELES QUE ESTÃO NAMORANDO OU PRA SE CASAR..ME PARECE QUE É MAIS LUCRATIVO E ATRAI MAIS ATENÇÃO UMA PESSOA QUE ESTÁ COM ALGUÉM…ISSO DÁ IBOPE…NO MAIS ESTOU MUITO DECEPCIONADA NÃO SÓ COM A IGREJA MAS COM DEUS…NÃO CONSIGO MAIS CONFIAR NELE E NOS SEUS PRECEITOS E NO CAMINHO QUE ELE ECOLHEU PRA MINHA VIDA….

  9. Alexandre Melo's Gravatar Alexandre Melo
    6 de janeiro de 2015 23:33 Permalink

    Tenho 42 anos , já morei na Austrália, tentei morar no Rio , já saí e voltei inúmeras vezes. Nunca fui adultescente, porém, o que mais quero é o meu apartamento. Trabalho muito , sou professor , hoje em dia é tudo caro mas com a graça do nosso senhor Jesus Cristo eu irei sair da casa dos meus pais e encontrar uma moça de Deus . Tais objetivos são os que norteiam minha vida .

  10. Paulo Henrique M.'s Gravatar Paulo Henrique M.
    7 de janeiro de 2015 00:06 Permalink

    Creio que existe um fenômeno muito mais forte do que o fenômeno da adultescência, que engloba também esta denominação, que é o processo de idiotização, que nos está sendo colocado goela abaixo. Descobriu-se que escravizar as pessoas com temas idiotizadores dá muito dinheiro. Vou dar exemplos: rn*A mídia nos fez acreditar que beber álcool é descolado, normal/ comum, é fashion, mas não nos elucida com as consequências, tais como dependência, adquirir uma cirrose/ câncer, bater o carro e até vitimar alguém, perder a consciência e passar por processo vexatório, perder a pessoa amada por conta do vício, etc, enfim, nos impôs uma cultura e aceitamos feito idiotas. rn*Aquela “inocente novelinha” vende moda (vestuário, automóveis, construções e estilos de vida, etc), do jeito que eles querem, perco o direito de escolha porque eles ditam a moda, que nos são introduzidos sem que a gente perceba, vendem a opção da possibilidade de eu escolher me relacionar com pessoa do mesmo sexo ou não, se eu vou trocar meu parceiro por uma parceira, se vou me estabilizar ou divorciar, enfim, nos impõe uma cultura e aceitamos feito idiotas.rn*Se vou no comércio local, coloco roupa simples e ando a vontade, mas, se vou ao shopping, a roupa precisa ser “ESPECIAL,” os passos precisam ser firmes, a cabeça tem que estar empinada, o expressar da face precisa ser de satisfação pra tentar demonstrar que “tenho dinheiro,” e… pronto, estamos todos idiotizados…rn*A pessoa que alcança uma boa posição social começa a acreditar (pela influência da cultura idiotizadora) que, tendo dinheiro “sou especial, diferente, majestoso, só dá eu,” etc, e passa a idolatrar a si mesma, e, aí, pronto, idiotozou-se.rn*Poderia colocar aqui mil e um outros exemplos, mas, deixa pra lá.rnA adultescência acontece dentro do processo cultural de idiotização, que infelizmente tem escravizado bilhões de pessoas no mundo, algo muito triste e que lamento muito.

  11. Alvim's Gravatar Alvim
    7 de janeiro de 2015 09:49 Permalink

    A matéria abordou o assunto de maneira excelente, está muito claro os casos e “sintomas” que em conjunto levam ao diagnóstico da Adultescência. Lógico que se o sujeito opta por morar com os pais para dividir despesas, ou se tem uma vida de adulto normal e curte certos hobbies, não se enquadra nos padrões da matéria, como alguns leitores aqui abordaram. No caso do Júlio César está claro que se trata do distúrbio tratado aqui. Muito bom, muitos marmanjos deveriam ter acesso a estes artigos para tomarem um “simancol” e deixar os pais aproveitarem a vida, passeando, sem se preocupar com marmanjos fazendo bagunça pela casa!

  12. Olavo's Gravatar Olavo
    7 de janeiro de 2015 14:05 Permalink

    Acho que isso e uma grande bobagem da materia curtir essas coisas de bonecos anos 80 e 90 acho que se pode ser bem adulto e responsavel e curtir isso melhor esta nessa do que um casamento desfeito estar nas drogas e outros vicios serios ou trazer problemas serios aos familiares .pode se muito bem trabalhar e curtir essas coisas estar com os pais e ajudar .

  13. André's Gravatar André
    14 de agosto de 2015 11:27 Permalink

    Ótima essa matéria, gostei de mais, é a realidade que observamos em nossa sociedade hoje.Para quem gosta de cinema, vídeo-game, ficção científica, revistas, brinquedos, super heróis entre outras coisas, tudo bem desde que essas coisas não atrapalhem a evolução e todas atividades da fase adulta com trabalhos, estudos e responsabilidades, na família, no emprego, dentro da igreja, compromissos, as contas a pagar , assumir a vocação profissional e religiosa, o adulto precisa se casar ou viver o celibato com responsabilidade. O entretenimento , lazer e a diversão tem um espaço mas não pode atrapalhar as outras áreas da vida adulta, se tiver fazendo mal, a dica é buscar um psicólogo, uma pessoa que pode ajudar, talvez um diretor espiritual.