mortes – Destrave https://destrave.cancaonova.com O ‘Destrave’ é um projeto da Canção Nova com produção de reportagens especiais sobre temas voltados para a juventude, lançado em maio de 2011 Tue, 05 Sep 2017 12:05:09 +0000 pt-BR hourly 1 Bebida e direção, uma combinação fatal https://destrave.cancaonova.com/bebida-e-direcao-uma-combinacao-fatal/ https://destrave.cancaonova.com/bebida-e-direcao-uma-combinacao-fatal/#comments Mon, 06 Feb 2012 10:38:14 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=5882 Por Daniel Machado Produtor do Destrave  Direção e álcool: até quando? O Carnaval está às portas e mais uma vez nos perguntamos: “quantos jovens vão morrer depois de se alcoolizarem e dirigirem? Talvez não saibamos os números exatos, mas não é surpresa alguma receber notícias de mortes causadas por pessoas alcoolizadas ao volante em época...

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Por Daniel Machado
Produtor do Destrave 

Direção e álcool: até quando?

O Carnaval está às portas e mais uma vez nos perguntamos: “quantos jovens vão morrer depois de se alcoolizarem e dirigirem? Talvez não saibamos os números exatos, mas não é surpresa alguma receber notícias de mortes causadas por pessoas alcoolizadas ao volante em época de festas e feriados.

No Brasil, a questão é tão grave que o Ministro da Saúde, José Padilha, afirmou que os acidentes envolvendo motoristas que consumiram álcool ao volante já são epidemia no país.

Antes da Lei Seca, em vigor a 4 anos no Brasil, o número de acidentes e mortes causados pela imprudência crescia de forma avassaladora. Em São Paulo, por exemplo, chegou-se a 50 mil ocorrências de acidentes seguidos de morte em todos os 645 municípios de São Paulo de 2001 a 2010. Com a tolerância zero da Lei Seca e mais fiscalização este número baixou para 16% na capital e 7,2% nos demais municípios segundo pesquisa da USP em Agosto de 2012. Os números mostram uma queda no número de acidentes e mortes no trânsito em decorrência do álcool, mas muito longe ainda do que se espera.

Principais vítimas da combinação álcool e direção são os jovens

Você pode perguntar: “o que tudo isso tem a ver comigo?”. Tem a ver e muito, pois, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o país desembolsa, a cada ano, 22 bilhões de reais com acidentes nas rodovias, ou seja, o contribuinte está pagando toda essa perda. No entanto, o mais grave não está nos gastos públicos, mas na vida de milhares de jovens que aparecem como as principais vítimas dessas estatísticas.

“O camarada vai a uma festa, bebe além da conta e vai dirigir, aí causa um acidente tendo sérios problemas e destruindo famílias, causando danos a toda sociedade”, diz o psiquiatra Nilton Lyrio.

Por que bebida e direção não combinam?

Alguém que está sob o efeito do álcool perde totalmente, ou em grande parte, a sua capacidade neuromotora. Aquele obstáculo que parece estar a 10 metros para uma pessoa alcoolizada, na verdade, está muito mais próximo do que ela imagina”, explica a psicóloga Elaine Ribeiro.

Confira a matéria especial sobre álcool e juventude

O álcool é uma substância facilmente absorvida pelo organismo. Depois de alguns minutos após a ingestão de alguma bebida alcoólica, a droga já está correndo no sangue e chegando aos principais órgãos vitais do corpo; um deles é o cérebro. Essa substância altera a comunicação entre os neurônios diminuindo as repostas do cérebro ao organismo. As principais áreas afetadas são o córtex frontal (responsável pela coordenação motora do nosso corpo) e o cerebelo (responsável pela leitura espacial do corpo e do equilíbrio). Assim, uma pessoa que bebe, sobretudo de forma exagerada, perde a capacidade de resposta motora e espacial, aptidões essenciais para conduzir um veículo.

Um simples teste de equilíbrio revela se o cerebelo foi afetado pelo álcool

Além do bafômetro (medidor do teor de álcool ingerido), a polícia dos Estados Unidos da América também utiliza faixas amarelas para que o motorista ande sobre elas ou faça o famoso 4 (com as pernas). Se o cidadão ingeriu álcool além da conta, seu cerebelo vai perder a noção de equilíbrio e não conseguirá executar a simples tarefa de andar sobre uma linha reta estendida no chão. Assim será facilmente identificado e punido por consumir bebida alcoólica e dirigir.

Questão de educação?

Países como França, Alemanha, Itália e Japão assistem aos índices de morte no trânsito caírem há mais de 10 anos. Medidas como fiscalização, leis mais severas e estradas em boas condições foram colocadas em prática de forma rigorosa. Mas junto a tudo isso, um trabalho de educação com toda a sociedade – sobretudo com as crianças nas escolas – também fez toda a diferença. Para se ter uma ideia, no Japão há mais acidente com bicicletas (sem mortes) do que com veículos.

Diante do número de pessoas que morrem todos os anos no Brasil temos duas alternativas: fazer a nossa parte como cidadãos, transformando-nos em educadores de jovens e crianças, ou nos acostumarmos com as notícias de famílias sendo destruídas por causa do álcool.

Veja mais

Veja como o álcool afeta o seu organismo

Infográfico: como o organismo reage ao álcool

O que o uso do álcool pode estar escondendo?

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Álcool na juventude https://destrave.cancaonova.com/alcool-na-juventude/ https://destrave.cancaonova.com/alcool-na-juventude/#comments Wed, 01 Feb 2012 18:29:09 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=5764 Por Daniel Machado Produtor do Destrave Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool mata 320 mil jovens todos os anos e está entre as principais causas de adoecimento e morte no Brasil, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mais de 60 tipos de doenças estão ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas;...

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Por Daniel Machado
Produtor do Destrave

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o álcool mata 320 mil jovens todos os anos e está entre as principais causas de adoecimento e morte no Brasil, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mais de 60 tipos de doenças estão ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas; além disso, a maioria dos jovens que iniciam sua vida nas drogas mais pesadas testemunham que o álcool foi a porta de entrada para elas.

“O camarada diz: ‘Ah, eu só bebo no final de semana’. No entanto, se ele ultrapassa os limites do seu organismo, também vai enfrentar sérios problemas de saúde”, diz o psiquiatra Nilson Lyrio.

Muitos jovens não sabem, mas o simples fato de ultrapassarem os 30 gramas de álcool no sangue  (o equivalente a três copos de chope), já causa danos a vários órgãos, como fígado, pâncreas, estômago, coração e cérebro. “O álcool gera o aldeído acético que é um veneno. Ele mata as células do fígado e mata neurônios”, alerta doutor Nilton.

Além das doenças, as bebidas alcoólicas também fazem vítimas na combinação “bebida x direção”. Estima-se que 75% das causas de mortes no trânsito estejam – de forma direta ou indireta – ligadas ao consumo delas [bebidas alcoólicas] . “As pessoas que bebem perdem, em grande parte, a sua capacidade reflexiva, alterando o equilíbrio e seu senso espacial”, explica a psicóloga Elaine Ribeiro.

Veja como o organismo reage ao álcool

Por que eu bebo?

A pergunta é: por que os jovens estão bebendo cada vez mais cedo e em maior quantidade? O que está por trás do consumo abusivo entre este grupo?

“Muitas vezes, o jovem busca a solução para seus problemas no álcool, numa tentativa de fugir do meio em que se encontra”, conta o psicólogo Marcos Ariel. De acordo com o profissional, é normal a transgressão de algumas regras e limites nessa etapa, mas o consumo abusivo pode estar escondendo a fuga de alguma situação problemática ou conflito interior. É nesta hora que o álcool surge como um “anestésico”.

“O uso abusivo do álcool pode estar escondendo alguma situação problemática ou conflito interior”.

Para a psicóloga Elaine, o adolescente também tem a necessidade de fazer parte de um grupo e de ser aceito socialmente por ele, porque busca uma identidade; assim o álcool surge como uma forma de socialização. Mas a especialista alerta: “muitos jovens pensam que a bebida vai deixá-los mais livres, mais alegres, no entanto, o álcool é um inibidor do sistema nervoso central. Então, depois daquele momento de euforia vem a depressão”.

No ano de 2011, a mundo assistiu ao fim trágico de uma das mais talentosas cantoras da atualidade, a britânica Amy Winehouse. Segundo o laudo a jovem morreu por causa do abuso do álcool e drogas. “Por mais talentosa que esta cantora tenha sido, o que fica é o ‘como’ ela terminou. Querendo ou não estes artistas também são referência para os jovens e, neste caso, uma referência negativa”, destaca a psicóloga Elaine.

O que está por trás do consumo de álcool pelos jovem?

Quando o vício bate à porta

Segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 78% dos jovens brasileiros bebem regularmente e, deste número, 19% são considerados dependentes do álcool. “A pessoa que bebe deve procurar saber se, na sua família, há histórico de alcoolismo, porque ela pode trazer o gene da dependência, que vai predispô-la a ser uma adicta em potencial”, orienta o psiquiatra, doutor Nilton Lyrio.

Segundo o psiquiatra, além da questão genética que pode causar dependência, o consumo exagerado e frequente pode viciar a pessoa no álcool. “No fim de semana, o cara diz que ‘bebe todas’. Ele começa assim, bebendo ‘todas’ no fim de semana, mas, depois, passa a beber muito também durante a semana. Quando vê, já está buscando a bebida de forma compulsiva. Podemos dizer que este cidadão já está dependente”.

A religião como fator preventivo

A religiosidade vem ganhando destaque quando se trata da prevenção e da recuperação de jovens adictos de drogas lícitas e ilícitas. Dados publicados pelas PubMed e Scielo (Revistas de Medicina da Saúde dos Estados Unidos da América), revelam que pessoas que seguem uma religião ou dão importância à espiritualidade apresentam baixos índices de consumo de drogas como o álcool. Outro dado é que adictos que se tratam em comunidades terapêuticas de cunho religioso apresentam uma recuperação mais satisfatória do que aqueles tratados em clínicas médicas convencionais.

“Às vezes, pensamos que o recuperando não tem jeito, mas é neste momento que Deus age e muda a vida dessa pessoa”, ressalta Márcia Hoenhe, da Pastoral da Sobriedade da Diocese de Lorena (SP). Para Márcia, que trabalha na Casa Ágape (uma comunidade terapêutica), é notável a recuperação da pessoa que crê em Deus e participa das atividades de espiritualidade da casa de recuperação, diferentemente daquelas que não acreditam e não participam.

“Eu tenho 32 anos de idade e metade da minha vida eu passei nas drogas. Elas só me deram euforia e eu não sabia o que era felicidade verdadeira, mas coloquei Deus na minha vida e Ele está me abençoando”, testemunha Douglas, que se recupera do vício na casa Ágape.

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