legalização – Destrave https://destrave.cancaonova.com O ‘Destrave’ é um projeto da Canção Nova com produção de reportagens especiais sobre temas voltados para a juventude, lançado em maio de 2011 Tue, 05 Sep 2017 12:05:09 +0000 pt-BR hourly 1 O que está por trás do discurso da legalização da maconha? https://destrave.cancaonova.com/o-que-esta-por-tras-do-discurso-da-legalizacao-da-maconha/ https://destrave.cancaonova.com/o-que-esta-por-tras-do-discurso-da-legalizacao-da-maconha/#comments Mon, 21 Jul 2014 17:41:32 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=9886 “O raciocínio ideológico pró-maconha extrapola qualquer tipo de pesquisa científica que prove os malefícios da erva” Por Daniel Machado Nos últimos anos, tem se levantado uma interminável discussão sobre os benefícios e malefícios da maconha. Apesar de estudos importantes como as da Universidade Complutense (Espanha) e Universidade de Duke (EUA) comprovarem que o THC – Tetrahidrocanabinol...

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“O raciocínio ideológico pró-maconha extrapola qualquer tipo de pesquisa científica que prove os malefícios da erva”

Por Daniel Machado

Nos últimos anos, tem se levantado uma interminável discussão sobre os benefícios e malefícios da maconha. Apesar de estudos importantes como as da Universidade Complutense (Espanha) e Universidade de Duke (EUA) comprovarem que o THC – Tetrahidrocanabinol (princípio ativo da maconha) – causa dependência, morte de neurônios, 3,5% mais chance de doenças mentais em quem a consome regularmente, dentre outros malefícios, não é difícil encontrarmos ídolos, artistas, jornalistas e até políticos engajados num discurso ideológico da legalização da erva nas ‘marchas da maconha’ em várias capitais do Brasil.

Confira o especial sobre drogas

Os efeitos da maconha no organismo

A pergunta é: por que o discurso da legalização da maconha persiste se centenas de pesquisas científicas mundo afora estão provando o mal que ela causa às pessoas?

A verdade é que os defensores da legalização da maconha pouco se importam com pesquisas no campo da saúde, indicando que a cannabis é tão nociva quanto a cocaína ou as anfetaminas, por exemplo, ou se algum adolescente vai desenvolver esquizofrenia ou qualquer outro tipo de doença mental por “dar um tapa”, uma única vez, num baseado. Também não é de interesse deles se esses usuários vão migrar para drogas mais fortes no futuro. O raciocínio ideológico pró-maconha e os interesses político/culturais e econômicos, que estão por trás deste discurso legalista, extrapolam qualquer tipo de pesquisa que prove o contrário de suas ideias revolucionárias.

Vídeo: dados da maconha no Brasil e no mundo

O Uruguai, primeiro país do mundo a regular o plantio e o consumo da droga, recebeu críticas e aplausos pela política de legalização, apesar de 66% da população do país se dizer contra ela. Pouca gente sabe, no entanto, que, às vésperas do discurso de José Mujica, na Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente do Uruguai esteve reunido com George Soros, um multibilionário húngaro-americano criador da Open Society, que está por traz da maioria das ONGs que fazem o lobby da descriminalização da maconha e de outras drogas mundo afora. Em seu site, a própria Open Society Fundation diz que a política de descriminalização das drogas em Portugal “é o segundo de uma série de relatórios do Programa Global de Políticas sobre Drogas das Fundações Open Society”.

Engana-se quem pensa que a política de descriminalização e legalização da maconha é uma obra dos uruguaios. Engana-se também quem pensa que essas mesmas políticas que avançam pelo mundo, na tentativa de legalizar outras drogas, é de cunho nacional desses países.

“A verdade é que os defensores da legalização da maconha pouco se importam com pesquisas no campo da saúde indicando que a cannabis é tão nociva quanto a cocaína ou as anfetaminas.”

Um outro ponto em que os pró-maconha de plantão “viajam” (se me permitem o trocadilho) para fundamentar a legalização da erva é a questão do tráfico. “Se já existe um comércio ilegal, se não é difícil conseguir maconha da mão de um traficante, será que a legalização não enfraqueceria o tráfico e a violência por trás dele?”, dizem eles.

Bom, essa é a principal intenção do Governo uruguaio ao regular o plantio e a venda da cannabis no país: tirar o usuário da mão do traficante. O problema é que o tráfico sempre se reinventa; e, segundo dados das polícias de fronteira de países vizinhos como o Brasil, já é possível encontrar novas rotas de maconha para o Uruguai, ou seja, a legalidade da droga no Uruguai tem sido um bom negócio também para os traficantes. Prova disso é que, em 2012, o número de apreensão de drogas em território uruguaio foi de 1,9 para 2,1 toneladas em 2013. Podemos concluir que ou a polícia uruguaia encontrou novos métodos de apreensão em massa de drogas em menos de um ano ou mais maconha está sendo despejada no país pelo mercado negro.

Outro ponto cego dessa teoria é que, se o problema for acabar com o tráfico por meio da legalização da maconha, por que não acabar com toda forma de tráfico legalizando outras drogas como cocaína, crack, ecstasy etc? Alguém pagaria para ver os resultados?

Mas vamos olhar por um lado mais otimista. O bom desse debate todo, que envolve a legalização da maconha, é que fica cada vez mais claro quem são os personagens e protagonistas desse discurso e seus reais interesses. Acredite, eles não estão preocupados com a saúde do usuário, muito menos em combater o tráfico, apenas ‘abriram uma fresta da cortina’ para nos mostrar o que pretendem com o “mi-mi-mi” do “legalize já”: poder.

Veja no infográfico abaixo os efeitos da maconha no organismo. (Clique na imagem para abrir)

infográfico-efeitos-maconha-organismo-destrave

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Droga, um problema nosso https://destrave.cancaonova.com/drogas-um-problema-nosso/ https://destrave.cancaonova.com/drogas-um-problema-nosso/#comments Thu, 26 Jun 2014 20:36:40 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=9770 Não é novidade para ninguém que a droga é um flagelo social que não escolhe cor, raça nem classe social. Todos nós conhecemos alguém que se enveredou pelo mundo obscuro dos entorpecentes e acabou não voltando de lá. Enquanto muitos perdem pessoas queridas para as drogas, a sociedade em geral se pergunta: “O que pode...

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Não é novidade para ninguém que a droga é um flagelo social que não escolhe cor, raça nem classe social. Todos nós conhecemos alguém que se enveredou pelo mundo obscuro dos entorpecentes e acabou não voltando de lá. Enquanto muitos perdem pessoas queridas para as drogas, a sociedade em geral se pergunta: “O que pode ser feito?”, “De quem é a responsabilidade?”.

A verdade é que a história da droga é tão antiga quanto à história do próprio homem. Os povos antigos, em busca de cura e alívio para suas dores, procuravam em plantas e fungos substâncias que aliviassem suas dores, mas algumas também causavam alteração de consciência. A medicina moderna encontrou, nesses elementos da natureza, princípios ativos para a produção de medicamentos em massa. O problema é que muitas dessas substâncias saíram dos laboratórios e passaram a ser consumidas de forma recreativa. Com o passar dos tempos, o homem moderno se deu conta de que o uso abusivo dessas substância trouxe para ele um grande problema, o da dependência química.

“As drogas agem diretamente no sistema de recompensa do cérebro, dando ao usuário uma grande sensação de prazer. O organismo tende a querer repetir essa sensação prazerosa causada pelas drogas; daí surge a dependência química”, explica a psiquiatra Daniela Guimarães.

Segundo o psicólogo clínico Mateus Fiuza, a constituição psíquica da pessoa também a predispõe ao uso abusivo. “A gente precisa entender como essa pessoa foi formada, quais valores foram passados para ela ao longo de sua vida. Na psicanálise, diz-se que a droga representa – de forma simbólica – a falha da função paterna”.

Confira, no vídeo abaixo, a primera parte do programa sobre o efeito da droga no organismo e veja testemunhos de quem vive o drama de perto.


Um novo problema: as drogas sintéticas

Um documento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNDOC) revelou que a maconha e a cocaína são as drogas mais consumidas no mundo, e afirmou que esse ranking está com os dias contados. As drogas sintéticas estão passando por uma expansão global jamais vista no mundo dos alucinógenos. Drogas sintéticas são substâncias formadas por um ou mais elementos químicos que causam alucinações, estimulando ou deprimindo o sistema nervoso central.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), esse tipo de droga não possui controle internacional e, em muitos países, não possui uma legislação que controle o uso e o comércio. Só no ano de 2013 foram registrados 354 variações de novas drogas que prometem novas sensações aos jovens. Isso significa que, a cada 3 dias, uma nova droga é fabricada em algum laboratório no mundo.

“As drogas sintéticas podem ser classificadas como estimulantes; elas liberam uma quantidade muito grande de adrenalina no organismo, acelerando os batimentos cardíacos e causando o aumento da pressão arterial. Por essa razão, elas são consideradas ‘drogas das baladas’, principalmente nas raves, porque as pessoas ficam ‘acesas’ por várias horas sem dormir”, diz a psiquiatra Daniela Guimarães.

Segundo a psiquiatra, uma única dose pode causar um dano irreparável. “Nós temos um índice significativo de pessoas que desenvolveram doenças mentais como esquizofrenia, transtornos de ansiedade e depressão por causa do uso de substâncias sintéticas.”

O que são e quais as consequências do LSD e do Ecstasy no organismo?

O flagelo do crack

Hoje, sobretudo no Brasil, é impossível falar de drogas e não abordar a questão do crack. “No país, não existe um município sequer aonde esse mal não tenha chegado. Por possuir um alto risco de dependência já no primeiro uso, o crack já se tornou o maior desafio da saúde pública das grandes capitais. Essa substância é, na verdade, um subproduto da cocaína. Quando se prepara o refino dela, o soro gerado desse refino, ou seja, a sua limpeza, é transformada em pedra. Podemos dizer, então, que o crack é o lixo da cocaína”, diz Luiz Carlos dos Santos, da polícia científica de São José dos Campos (SP).

“A substância do crack e a forma com que ele é consumido gera, no usuário, uma grande sensação de prazer, pouco visto em outras drogas. Se você perguntar para uma pessoa que usa crack, ela vai lhe dizer que outras experiências prazerosas da vida como alimentação, relação sexual, entre outros,  já não lhe dão prazer. Por isso, essas pessoas querem usar uma pedra atrás da outra”, destaca a dra. Daniela.

Crack, a droga devastadora

Um estudo da Fiocruz revelou que dos quase um milhão de usuários de crack e derivados da cocaína do país, 370 mil estão nas grandes capitais. A região nordeste concentra o maior número, com 145 mil usuários, seguidos das regiões sudeste e centro-oeste. O estudo revelou que, do número total de usuários, 50 mil são crianças e adolescentes, 80% do sexo masculino e 45% vivem nas ruas. Entre os motivos que levaram as pessoas a consumir o crack estão problemas familiares, as decepções afetivas e a falta de perspectiva de vida.

Confira, no vídeo abaixo, a segunda parte do programa sobre as drogas sintéticas e o crack.



Maconha e política da legalização

A maconha é ainda a droga ilícita mais consumida do mundo. As discussões sobre os seus reais efeitos e as políticas de descriminalização da droga têm levantado calorosos debates e manifestações pró e contra o uso dela em todo o mundo.

Mas afinal, a maconha vicia? E se vicia, por que a legalizar?

Muita gente acha que, por se tratar de uma droga leve, não menos nociva que o álcool, a maconha não vicia ou, no máximo, cria a dependência psicológica. Mentira! A maconha causa dependência química e outros danos como destruição de células neuronais, desajustamento no sistema reprodutor e ativamento de doenças mentais como a esquizofrenia; além de ser a principal porta para drogas mais pesadas.

A psiquiatra Daniela Guimarães afirma: "A maconha vicia e causa outros malefícios" Foto: reprodução

“Sim, a maconha vicia, além de causar outros malefícios. Ela tem tolerância à dependência, porque o seu princípio ativo também age no sistema de recompensa do cérebro. Obviamente, ela não é tão estimulante ou depreciativa quanto outras como o crack, mas a pessoa que consome maconha também fica dependente dela, tendo, inclusive, crises de abstinência”, alerta a psiquiatra.

Para o especialista em drogas do laboratório do Denarc de São José dos Campos (SP), Luiz Carlos dos Santos, a política de legalização quer enfraquecer o narcotráfico, mas o tiro pode sair pela culatra. “Na verdade, o que se quer é tirar a droga do traficante e passar a vendê-la num laboratório, por exemplo; mas isso não vai diminuir o mercado negro, porque a ‘molecadinha’, na escola, vai querer experimentá-la”.

As consequências da maconha no organismo

O Uruguai foi o primeiro país a legalizar a produção e a venda da maconha na América do Sul, apesar de 66% dos uruguaios serem contra essa política. No Brasil, um levantamento da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) revelou que 75% dos brasileiros são contra a descriminalização e a legalização da droga, e que apesar de o Brasil não ser um dos maiores consumidores de maconha do mundo, 1/3 dos usuários brasileiros podem ser considerados dependentes da erva, pois apresentam sinais de ansiedade, quando não podem consumi-la; perda do controle do uso ou fracasso ao tentar parar de usá-la.

“Eu acho que todos precisam estar cientes dos riscos que a maconha traz à população em geral, para, só depois, fazerem a sua opção”, alerta a psiquiatra Daniela.

A discussão da política de legalização da maconha ainda está permeada de questões ideológicas e políticas no Brasil e pouca importância se tem dado aos estudos sobre os perigos da droga para o organismo. Ultimamente, até o Papa Francisco afirmou estar preocupado com o aumento de usuários jovens da droga e com as políticas de legalização em muitos países. “Quero expressar, com total clareza, que a droga não se derrota com droga. Ela é um mal e com o mal não pode haver cessões ou compromissos”, denunciou o Santo Padre.

Confira, no vídeo abaixo, a terceira parte do programa: a discussão sobre a maconha e sua legalização.


O que pode ser feito?

As pessoas ainda se perguntam o que pode ser feito para diminuir os impactos físicos, psíquicos e sociais causados pela droga. A verdade é que não existe uma resposta pronta, de forma mágica.

“Há muitas questões que envolvem o problema da droga, como o narcotráfico. Como existe uma série de interesses políticos e econômicos por trás disso, a família também fica impotente. Hoje, devemos nos perguntar, acima de tudo, como está esse ser humano e o que podemos fazer por ele”, enfatiza padre Júlio Lancelotti, sacerdote da Arquidiocese de São Paulo, o qual, há muitos anos, realiza um trabalho em favor dos moradores de rua e adictos da região da Cracolândia.

Para o sacerdote, muitos dos projetos que se “dedicam” a fazer algo em favor dos usuários soa mais como um tipo de “higienismo”. “Hoje, vemos que esses projetos querem dar casa e trabalho para os usuários, mas ‘dar casa’ não é colocá-los num prédio dentro da Cracolândia; e trabalho não é só varrer rua. Então, o que estamos vendo, por parte dos governantes, até hoje, é um tipo de ‘higienismo'”, enfatizou.

Padre Julio Lancelotti salienta: "É preciso entender o que acontece com o ser humano". Foto: reprodução

As comunidades de cunho religioso ainda são as que mais atuam dentro de espaços como a Cracolândia e as que mais apresentam resultados na recuperação dos dependentes químicos. Anderson, um usuário em recuperação, acompanhado pela Aliança de Misericórdia, diz que encontra, na comunidade católica, um lugar de acolhimento que faz a diferença. “Aqui, a gente não é tratado com indiferença, e eu tenho fé que, assim como estão fazendo algo por mim, quando eu sair [das drogas] vou fazer algo pelo próximo também”, afirma Anderson.

No interior de São Paulo, em Guaratinguetá (SP), existe a Fazenda da Esperança, uma instituição católica que, há anos, trabalha na recuperação de dependentes químicos. Segundo o membro consagrado da Família Esperança Kollen dos Santos, o usuário precisa querer ser internado e saber que precisa de ajuda. Nesse local, além dos momentos de espiritualidade, os internos trabalham na harmonia da casa. “Muitos deles chegam aqui desajustados, muitos vieram da rua, e o trabalho de arrumar a casa, cuidar do jardim, colocar as coisas em ordem é um processo terapêutico que harmoniza o interior deles também”, diz Kollen.

Confira, no vídeo abaixo, a quarta parte do programa sobre a importância da família na recuperação e quem já está fazendo algo para amenizar o problema causado pelas drogas

Para entender melhor a reportagem e os testemunhos que colhemos durante as gravações, assista aos vídeos. Durante o mês de julho, vamos apresentar mais dados e discussões sobre essa problemática.

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