Por Daniel Machado
“A ONU, que não possui um século de fundação, vê-se no direito de exigir que a Igreja reveja seus 20 séculos de história”
A Organização das Nações Unidas (ONU) saciou a sede de polêmica de milhares de jornais do mundo ao divulgar, nesta quarta-feira, 5, um relatório sobre os casos de pedofilia relacionados ao clero da Igreja Católica. No documento, assinado pela Comissão de Direitos da Infância da ONU, a instituição acusa a Santa Sé de “não ter tomado medidas apropriadas para afrontar os casos de pedofilia” e ainda pede que a Igreja reveja sua posição sobre a homossexualidade, sobre o aborto e os métodos contraceptivos.
Todos nós sabemos que a pedofilia, o lobby gay e a corrupção entre os membros de Igreja são verdadeiras ‘chagas’ que têm ferido o Corpo de Cristo e, como disse Francisco, “causado vergonha” na Igreja. Mas não pensemos que pecados dessa natureza estão presentes somente entre os membros do clero. Alias, estatisticamente, os casos de pedofilia são bem maiores entre os membros da família da criança; mesmo assim, um único caso cometido por um clérigo já seria horrendo e inaceitável.
ONU: quem está por trás dela?
Criada em 1948, depois das atrocidades da II Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas tem exercido um papel importante no diálogo entre as nações e o entendimento dos povos. A própria Santa Sé trabalha em conjunto com a instituição em muitos lugares do mundo, como nos países africanos, na ajuda humanitária e na busca pela paz. No entanto, ao longo dos anos, os diversos organismos da ONU foram sendo assumidos por correntes ideológicas claramente contrárias à Igreja e sua moral.
“A Santa Sé enfrenta poderosas forças que querem silenciar a sua voz e retirar do Vaticano o título de Observador das Nações Unidas”
O padre belga Michel Schooyans, especialista em filosofia política e demográfica, trabalhou por vários anos junto à ONU e escreveu em seu livro, ‘O Evangelho Perante a Desordem Mundial’, que organismos da ONU como UNICEF, UNIFEM, dentre outros, se tornaram organismos instrumentalizados, cujo objetivo é impor suas pautas abortistas e de controle de natalidade em todo o mundo. Os países – sobretudo os mais pobres – que não incluírem em seus governos projetos de legalização do aborto, casamento homossexual e programas de contracepção não receberão ajuda internacional para investimentos em educação, cultura, saúde etc. É só você dar uma rápida olhada nas leis pró-aborto e pró-gay, que circulam nos países da América Latina, para ver que se trata da mesma cartilha.
Um organização católica dos Estados Unidos da América chamada Catholic Family and Human Right Institute disse, em uma petição, que a Santa Sé enfrenta poderosas forças que querem silenciar a sua voz e retirar do Vaticano o título de Observador nas Nações Unidas. “Com o Vaticano fora da ONU, leis a favor do aborto e do casamento homossexual podem se tornar, com o tempo, direitos universais”, denuncia a organização.
O Observador da Santa Sé, na ONU, monsenhor Tomasi, em entrevista à Radio Vaticano (veja) disse também que “organizações não-governamentais com interesses sobre a homossexualidade, o casamento gay e outras questões” influenciaram no relatório final apresentado.
Petulância ideológica e contraditória
A Comissão de Direitos da Infância da ONU, chefiada por Kirsten Sandberg, tem, no seu relatório, algumas contradições que põem em xeque a sua confiabilidade. Mas sabendo que este organismo é apenas mais um dos muitos comandados pelos progressistas da ONU, não devemos estranhar o fato de a comissão não ter levado em conta os resultados do combate à pedofilia feitos pela Santa Sé nos últimos 10 anos.
No documento da Comissão de Direitos da Infância da ONU, chegou-se a sugerir que o Vaticano reveja suas leis canônicas referentes ao aborto e às questões referentes aos contraceptivos. É mais ou menos assim: nós queremos que vocês tomem medidas austeras para proteger as crianças vítimas de pedofilia, mas parem de proteger as crianças no ventre das mães delas (?). Como podem exigir que as crianças sejam protegidas da pedofilia e, ao mesmo tempo, que matem outras no ventre de suas mães? A ONU, que não possui um século de fundação, vê-se no direito de exigir que a Igreja reveja seus 20 séculos de história.
Uma outra contradição é que o relatório acusa a Santa Sé de ‘violar os direitos humanos’ e o tratado assinado em 1990. Mas ao pedir que o Vaticano reveja suas leis em relação ao aborto, a própria comissão viola a Declaração dos Direitos da Criança, a qual tem, em seu primeiro artigo, o princípio de que a criança tem direito ao nascimento.
A ONU acusa o Vaticano de não ter feito todos os esforços para punir e proteger as crianças vítimas de pedofilia, mas aqui cabe outra pergunta: as Nações Unidas tem feito a mesma acusação a países como China, Vietnã, Taiwan onde o trabalho infantil é coisa “normal”? Será que a ONU tem condenado países como Estado Unidos, Israel, Inglaterra e outros pela morte de milhares de crianças em invasões de suas tropas em território palestino, iraquiano e afegão?
O que esteve em jogo, neste relatório ousado e ‘sem precedentes’ – como disse a grande mídia –, não foi a preocupação com as crianças vítimas da pedofilia, mas sim uma perseguição à Igreja e aos princípios que nos são caros. No fim das contas, quem vai exigir explicações da ONU por este fato?
Muito esclarecedor essa reportagem, já que a mídia apresenta muitas versões falsas do que está acontecendo. A Igreja precisa mudar em realação a pedofilia, isso é um fato! Mas ao mesmo tempo observa-se que a ONU se contradiz em certos aspectos, pois deveria ser uma instituição que além de manter o diálogo entre os países, deveria defender primeiramente as realções humanas e não ser manipulada pelos páises “poderosos”. Rezemos pela nossa Igreja!
essa onu eu ja lhe desconfiava desde muito tem,nao gosto muito dela,ela nao vai conseguir vencer a igreja de cristo
Assistam ao filme (trilogia) protestante americano ‘Deixados para trás 1/2/3’ que fala sobre um chefe da ONU implantando a ‘paz mundial’ disfarçada de opressão, guerra e controle. Interessante ver.
A ONU funciona muito bem em algumas pautas. Como a pauta de comércio no âmbito da OMC, ajuda humanitária, médicos sem fronteiras e etc… Mas o conselho de segurança não consegue impedir milhares de mortes de inocentes e vítimas. A igreja tem seus princípios e dogmas, não cabe a ONU prescrever o que a Igreja vem ensinando há séculos.
mto bom ! infelizmente já ouvi dizer que quem está por trás da onu é uma seita que quer acabar ocm a igreja.. uma pena! que Deus mude isso !