Por volta das 20h30 desta segunda, 19, milhares de fiéis se concentraram na cidade de Candeias (BA) para receber os símbolos do maior encontro mundial dos jovens católicos (JMJ). Balões coloridos e faixas com mensagens de acolhida estampavam as janelas das casas para receber esses símbolos da fé cristã. Assim que esses objetos chegaram, fogos de artifícios coloriram o céu, enquanto os jovens cantavam: “No peito levo uma cruz, no meu coração o que disse Jesus”.

Moradores preparam suas casas no trajeto da cruz dos peregrinos. Candeias recebeu com fervor os símbolos da JMJ

Os fiéis disputavam lugar para tocar e carregar a cruz. O entusiasmo e a fé com que os peregrinos levavam os símbolos da JMJ pelas ruas da cidade atraíam o olhar de quem passava.

Após uma parada na praça da cidade, os jovens fizeram um momento de oração conduzido pelo pároco da cidade, Frei Cristiano. Na reta final do percurso até o Santuário de Nossa Senhora das Candeias, os presentes entoavam, num lindo coro, o hino da inesquecível JMJ do ano 2000 em Roma: “Emanuel”. Era impossível não recordar os momentos vividos nas edições anteriores do evento criado pelo saudoso João Paulo II.

Confira as fotos da passagem da cruz da JMJ em Candeias

Chegando ao santuário, Frei Cristiano presidiu a Santa Missa na intenção da juventude de Candeias e do Brasil. Em sua homilia, o religioso chamou os jovens a se tornarem discípulos e missionários de Cristo, a serem profetas de uma nova geração. “Jovem, você não pode ficar parado diante da visita desta cruz e deste ícone, que visitam a nossa cidade. Estes símbolos, que foram enviados ao mundo por João Paulo II, querem recordar a você que o mundo precisa de profetas. Não cale a sua voz!”, exortou o pároco da cidade.

Jovens levam os símbolos pelas ruas de Candeias cantando "Emanuel"

Depois da Santa Missa, os jovens permaneceram em vigília durante toda a madrugada. Louvor, testemunho e adoração ao Santíssimo Sacramento fizeram parte da programação. Os jovens da cidade baiana aproveitaram, até o último instante, a visita de Deus por intermédio dos símbolos da JMJ.

Frei Cristiano, que liderou um grupo de 67 jovens para a JMJ de Madri, sendo 36 da paróquia dele, nos concedeu uma entrevista e disse que a festa e o entusiasmo com o qual os jovens de Candeias receberam a cruz é fruto da peregrinação feita à capital da Espanha em agosto.

Destrave: O que o senhor espera que esta passagem da cruz da JMJ pelo Brasil desperte nos jovens até 2013?

Frei Cristiano: Eu acredito que deve despertar a esperança e o desejo de fazer mais. A passagem da cruz pelo Brasil deve despertar o desejo do jovem de ir além, além pessoal e espiritualmente, nas relações, no conhecimento da nossa Igreja. Eu vejo que esta passagem já está mexendo muito com a juventude do país. Nós estamos mostrando que somos uma Igreja viva, uma Igreja alegre.

Nesta terça, 20, os símbolos da JMJ serão recebidos na catedral de Camaçari, onde haverá a celebração da Santa Missa e logo depois o envio dos símbolos para Lagoinhas, ainda no estado da Bahia.

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Na tarde do dia 16, a delegação oficial para a visita da Cruz foi a Sete Lagoas buscar os estimados símbolos para a nossa diocese.
Participamos da bela celebração presidida por Dom Guilherme , padre Ulysses e demais sacerdotes presentes. Ao final, foi-nos confiado, na celebração de envio a Cruz da JMJ e Ícone de Nossa Senhora, a peregrinação até a Diocese de Divinópolis.

A Cruz da JMJ e o ìcone da Virgem Maria em Divinópolis-MG Fotos: Júlio Ferreira (Diocese Divinópolis MG)

Chegamos em Juatuba por volta das 21h30, quando a Cruz e o Ícone foram recepcionados, durante a Missa, por padre Aldair e demais sacerdotes. Ao final da cerimonia, os símbolos foram postos à veneração dos fiéis presentes. Em seguida, foram enviados à cidade de Itaúna.

Na rodovia, por volta de 1h30, os peregrinos se encontraram com padre Carlos Antônio Medeiros, responsável pela peregrinação em Itaúna e uma delegação por ele composta. Fomos conduzidos ao comando do Corpo de Bombeiros para a ornamentação da Cruz e do Ícone, a fim de , em carro aberto, percorrer a entrada da cidade até a igreja matriz de Sant’Ana.

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Cruz da JMJ no Bote Fé BH

Mais de 3 mil jovens aguardavam a chegada da Cruz. Eles estavam reunidos dentro da igreja e fora dela. A Cruz foi acolhida pelo vigário Forâneo e pelos padres Francisco, Carlos Antônio e João Batista; além do diácono Adriano numa celebração solene. Durante toda madrugada, jovens permaneceram em vigília com terços, louvores e orações. Às 6h30, o momento foi coroado com a celebração da Santa Missa; logo após, foi servido um café comunitário.

A partir das 8h, a Cruz passou em diversos colégios da cidade e foi acolhida com bastante alegria e veneração pelos estudantes. Por fim, com o retorno à Matriz para a última Missa, foi feito o envio dos símbolos para Divinópolis (MG).

Antes da Cruz seguir para a próxima cidade mineira, ela passou na APAC Itaúna (Associação de Proteção e Assistência aos condenados), sendo este um dos momentos mais fortes de toda a visita, pois a Cruz foi recebida pelos recuperandos dos regimes aberto, semi-aberto e fechado com bastante respeito, amor e veneração. Após a visita na Apac, a Cruz seguiu em direção a uma escola pública, onde os alunos também a acolheram.

Chegando a Divinópolis por volta das 14h:30, Cruz e peregrinos foram acolhidos pelo comando do Corpo de Bombeiros para o passeio em carro aberto. O percurso incluiu as avenidas principais da cidade e o Santuário de Santo Antônio.

Na catedral de Divinópolis, monsenhor José Carlos, padre Daniel Leão e toda juventude presente conduziram momentos de louvor pelos ministérios de Bethânia e Missão Maria de Nazaré.

Por volta das 19h foi celebrada a Santa Eucaristia, na Catedral, pelo bispo diocesano Dom Tarcísio Nascentes dos Santos e concelebrada por diversos sacerdotes como Dom Tarcísio que, em sua homilia, exortou aos jovens que sejam protagonistas no anúncio da Boa Nova de Cristo e que assumam verdadeiramente sua missão na Igreja. Após a Santa Missa, na parte externa da Catedral foi feito, pelo Cantor Eros Biondini, um grande show.

A Cruz da JMJ e Ícone de Nossa Senhora foram conduzidos após o show para Nova Serrana, por volta das 23h30, sendo acolhida pelos jovens com muita garra e fé, percorrendo a praça e volta da Igreja de São João Bosco. Este momento foi realizado com uma Missa às 5h.

Uma procissão foi realizada pelos jovens levando, com muita fé, a Cruz pelas ruas da cidade até o Jardim do Lago, onde foi celebrada outra Missa. Após a celebração eucarística, a Cruz da JMJ e Ícone de Nossa Senhora visitaram a Fábrica Sandilli e uma escola.

Após as visitas, a Cruz da JMJ e Ícone de Nossa Senhora foram para seu último destino na diocese. Ao final da celebração foi feito o envio dos símbolos para a Diocese de Oliveira, por meio do padre Ulysses e a delegação da diocese de Divinópolis.

Agradecemos a Deus primeiramente. Agradecemos também o apoio do nosso bispo Dom Tarcísio, especialmente ao padre Ulysses que não mediu esforços nem tempo para estar presente em todos os momento, os jovens que abraçaram este encontro, sendo presença em massa.

Luís Fernando Blog PJ Santanense
http://pjsantanense.blogspot.com/

Fotos Julio Ferreira (Diocese Divinópolis MG)

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A Jornada Mundial da Juventude já começou no Brasil, e os jovens estão cumprindo a profecia de João Paulo II – de serem ‘sentinelas do amanhã’ – levando, em peregrinação, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora – símbolos da JMJ – por todo país. A Arquidiocese de Belo Horizonte sediou a segunda edição do Bote Fé, nome dado ao evento que consiste na peregrinação dos Símbolos da JMJ. Depois de um longo trajeto pela capital mineira, no dia 19 de novembro, o evento teve seu cume no ginásio mineirinho.

Milhares de jovens já estavam a espera, não somente dos objetos sagrados, mas sim do próprio Cristo que vinha ao encontro de cada um. A cruz peregrina não nos mostra somente os sofrimentos de Jesus, mas nos recorda que Cristo ressuscitou e nos dá a esperança de uma vida eterna, uma vida de intimidade com o Pai. A Cruz nos traz a esperança de uma melhora, esperança que hoje tantos jovens necessitam para acreditar que o desejo de Deus é a felicidade de Seus filhos amados.

A cruz não é tristeza para o Cristão e sim alegria! Foi exatamente isto que os jovens mineiros puderam experimentar quando a Cruz entrou no ginásio Mineirinho e os olhares se voltaram para ela.

Veja as fotos do Bote fé BH

Dom Walmor presidiu a celebração Eucarística e recordou em sua homilia que Cristo, sendo Rei, se fez servo. “A palavra nos conduz a compreender uma realeza que é serviço, nos edificando nela e fazendo-nos um dos outros servidores.”

Ao  final de sua homilia, o bispo motivou os jovens presentes dizendo:  “Do jeito jovem, nós como Igreja, possamos viver um momento missionário cada vez mais fecundo. Com alegria, fixando os olhos em Cristo Rei, possamos chegar em Julho de 2013 com uma Igreja mais viva, sempre em missão.”

A noite seguiu animada com muita música, alegria e festa diante de uma juventude renovada. Durante a vigília houve adoração ao Santíssimo e atendimento de confissões.

Por onde passava, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora, chamava a atenção de quem nem mesmo sabia o que estava acontecendo. A movimentação dos jovens mineiros pela cidade durante este tempo levou as pessoas a voltarem seus olhares para o Cristo. Em meio a tanta correria das cidades grandes, a cruz se torna o sinal de contradição que vem trazer paz e esperança, acompanhado da ternura do ícone da Imaculada Mãe de Deus.

Muitas vidas foram tocadas, muitos entenderam a real motivação do cristianismo, o seguimento da cruz. Desta forma nosso país se prepara para receber o sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, em 2013.

O Cristo presente na cruz não é para poucos, mas para todos. Saiba que esta cruz continuará peregrinando por nosso Brasil, se ela passar perto de você não perca oportunidade de se deixar encontrar pelo Senhor.

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Sentimentos que não passarão e lembranças que jamais se esquecerão. Foi o que o povo mineiro pode experimentar no último dia 19 de novembro quando chegaram à Arquidiocese da Capital mineira, Belo Horizonte, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude.

Tudo começou no posto da Polícia Rodoviária de Betim, onde era perceptível a ansiedade dos jovens que esperavam pela chegada da Cruz e o Ícone de Nossa Senhora. Não só os jovens, mas também os organizadores do evento viviam esta expectativa.

Padre José Geraldo, responsável pela recepção da cruz na sua região – Nossa Senhora Aparecida – partilhou como foi organizar o evento em solo mineiro: “Acolher a cruz significa que somos cristãos participantes do ministério de Cristo. Fazer um evento sabendo que o foco é o compromisso da fé faz toda diferença, realizamos tudo para Deus.”

A chegada dos símbolos foi marcada por grande festa e alegria quando, à primeira vista, os jovens ali presentes puderam visualizar a cruz, marcada de grandes histórias e portadora da real presença de Cristo. Os jovens cantaram ao som do trio elétrico que acompanhava a chegada da cruz, ouviram a banda show São Sebastião tocando e rezaram junto à cruz antes de seguir o percurso.

“A fé só é viva com atitudes. A cruz trará um ânimo para comunidade”, Diego Barbosa – morador do bairro de Cabana, em BH.

O rumo se seguiu com grande número de veículos pela rodovia acompanhando a cruz, levada pelo carro do corpo de Bombeiros. Primeira parada foi o bairro Cabana, que na década de 90 foi alvo de notícias nos jornais devido a grande índices de violência. Mas naquele grande dia recebeu a visita do sinal da redenção, levando a todos uma promessa de vida nova.

Diego Barbosa (25) morador da comunidade expressou sua emoção dizendo “É uma honra ter a cruz aqui, pois o movimento jovem presente na Igreja sabe o valor que a cruz traz. A presença dela aqui em nosso bairro irá motivar os jovens a participar e vivenciar uma espiritualidade maior. A fé só é viva com atitudes. A cruz trará um ânimo para comunidade”. Poucos minutos antes da cruz seguir seu destino (Bairro Serra), toda a comunidade rezou a oração mais importante para o cristão, o Pai-Nosso, de mãos dadas e formando uma linda corrente em volta dos símbolos demonstrando que é em torno de Cristo que o Cristão deve estar.

A Cruz chegou levada pelo carro do Corpo de Bombeiros e seguida por uma carreata

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“Compraz-me agora, anunciar que a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013, será o Rio de Janeiro”

Com estas palavras, no encerramento da JMJ de Madri (2011), o Papa Bento XVI confiou ao Brasil a missão de acolher, em 2013, os jovens de várias partes do mundo para a 29ª Jornada Mundial da Juventude.

No entanto, esta festa já começou com a peregrinação Cruz da JMJ e o Ícone da Virgem Maria, símbolos da JMJ, pelo Brasil. E o Destrave também já está a todo vapor nesta cobertura. Nossos produtores já estão na estrada para mostrar o impacto deste grande evento jovem no nosso imenso Brasil, a terra da Santa Cruz.

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Nele é possível conhecer a história das JMJs, a trajetória da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora; os hinos oficiais (incluindo o MP3 para se ouvir!) e a mensagem do Santo Padre. O iJuventude coloca, “na palma da mão”, os encontros celebrativos já disponibilizados pela CNBB em preparação à JMJ 2013, no Rio de Janeiro, e um acervo de conteúdo especial sobre espiritualidade voltada para o jovem: orações, Santa Missa, confissão e o santo rosário. Também a letra e música “Eu acredito na Juventude” ,criada por Nilton Junior, da Comunidade Pantokrator, exclusivamente para o Bote Fé Campinas ‘Eu Acredito na Juventude’.

Ainda com o aplicativo, é possível acessar, pelo canal Multimídia, as últimas notícias sobre a JMJ; além de temas relacionados à juventude. Ver também as muitas fotos, vídeos, Twitter, Facebook, podcasts no iTunes e os links dos principais canais da juventude católica. No canal de contato, qualquer um pode indicar o aplicativo aos seus amigos no Facebook. Evangelize divulgando esta ideia!

Conheça o aplicativo visitando o hotsite criado pela Arquidiocese de Campinas: http://www.jmjcampinas.org.br/app/

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Em sua homilia levantou questionamentos sobre a dor e o sofrimento “ Desde o inicio da humanidade, o homem questiona-se: Por que sofremos? Onde está o sentido da dor?”

O sacerdote frisou a experiência de cruz feita por tantos santos e santas da igreja: “A essência da vida humana não é outra coisa senão o amor. Cristo deu sentido a cruz. A cruz redime o outro e nós mesmos. Não é a mídia que populariza um santo, é a sua vida escondida em Cristo.”

Ao final da Celebração Eucarística a Cruz saiu novamente pelas ruas do centro de São Paulo em direção ao Marco Zero que fica localizado na Praça da Sé, durante o trajeto as pessoas tocavam a Cruz levando fotografias de familiares, apresentando assim suas realidades a Cristo, num gesto de entrega e confiança.

Muitos moradores de Rua fizeram ali também seu momento de oração, tocando a cruz que foi erguida em frente a Catedral da Sé.

Ao chegarmos no marco zero, Dom Odilo Scherer , Arcebispo de São Paulo, chegou com sua presença discreta mas ao mesmo tempo forte de Pastor da igreja, cumprimentando os que ali estavam. Rezou pelo Brasil e pelo trajeto que a Cruz fará dali em diante, preparando os jovens brasileiros para a JMJ Rio 2013.

Na parte da Tarde a Cruz e o ícone de Nossa Senhora seguiram sua peregrinação para o Colégio São Judas Tadeu. Com toda certeza ali uma experiência nova e marcante acontecerá, pois nesses primeiros dias de sua presença entre nós já tocamos de forma muito forte na espiritualidade que Ela comporta, agora é preparar o coração para cada novidade que virá.

Durante toda a semana o Destrave estará por lá, buscando levar a todos essa mensagem de vida e de fé. Fique Conosco!

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Às 19 horas deu-se início a Via-Sacra, seguindo o seu itinerário. O cenário sugerido não é de muita beleza. Moradores de rua já começam a fazer parte da paisagem por onde passa a cruz, mas é ali o lugar escolhido para essa passagem; sem dúvida, foi a Divina Providência que nos guiou.

No Largo São Bento, padre Júlio Lancelotti convida os presentes a dizerem a seguinte frase: “ O irmão de rua é meu irmão”. E continua:  “A cruz é sinal de vida, ali Deus nos ama”. Em seguida, questiona-nos:  “ Sabe por que o diabo tem raiva da cruz? Porque ele não é capaz de amar”.

Durante a oração do terço, um morador de rua nos interpelou: “Faz uma foto minha, moro na rua, mas sou gente…”

Como não ser questionada por tal informação?

Continuamos então nossa caminhada, deparando com aquela dura – e porque não dizer ‘cruel’ – realidade. Eram hotéis baratos usados para prostituição, mas sua clientela não era indiferente à passagem da cruz e do ícone da presença pura da Virgem Maria. Os olhares eram fixos para aqueles jovens que, com alegria, carregavam a cruz nos ombros.

De repente, fomos caminhando rumo a uma favela, a “Favela do Moinho”. Fomos interrompidos pela passagem de um trem que corta o lugar, os barracos ficam à margem dos trilhos, já eram 22h30. Aquela cena nos fez experimentar o desconforto de toda aquela situação que os moradores daquele local vivem de forma cotidiana.

Porém, num campo aberto da Favela do Moinho, uma prece foi feita com fervor por Dom Tarcísio Scaramussa, Bispo Auxiliar de SP, responsável pela região Centro, que como Pastor da Igreja de Cristo esteve presente em todo o percurso.

Uma moradora do lugar nos falou em lágrimas: “Como pode Jesus vir aqui?” O local não tem saneamento básico e em boa parte da favela não há energia elétrica, o lixo nas ruas  sinaliza o abandono.

Saindo dali fomos em direção a um cenário de horror, a Cracolândia, na Estação da Luz. O encontro de nossa procissão com um comércio de crack a céu aberto foi impactante.

Ao chegarmos vimos roupas, frutas e peças de carro sendo expostas em mesas ou no chão para serem trocadas por pedras de crack. Expostas também estavam as pessoas presentes naquele lugar, umas deitadas no chão, delirantes, outras paradas olhando fixamente para algum lugar, com as pupilas dos olhos dilatadas.

Não avançamos por alguns minutos, era respeitoso da nossa parte entrar somente se fôssemos convidados. Porém, eis que surgem gritos: “Eles são da Igreja! Podem entrar!” Nesse instante a cruz foi erguida para que a dor e o sofrimento de Cristo se unissem à dor e ao abandono daqueles filhos e filhas de Deus.

Veja + fotos desta Via-Sacra no Flickr

Algumas pessoas, mesmo na ‘nóia’, vinham ao encontro dos sacerdotes pedindo-lhes a bênção e abraçando-os. Ali rezamos mais um mistério do santo terço e, aos poucos, levantava-se um grande clamor. Eis que a luz entra onde as trevas são evidentes. Uma experiência única, imagens que não saem da nossa cabeça, primeiramente pelo horror que nos causam. Como pode alguém viver assim? Mas também por vermos a beleza da cruz, que, em meio a tanto sofrimento, se deixa encontrar pelos mais pobres e excluídos. Uma lição de vida!

A Via-Sacra segue com os jovens expressando sua fé e alegria por poder levar esperança a tantos que não a têm.

O trajeto é encerrado às 23h10 com o ápice da fé: a Santa Missa na Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte. Ali a cruz fica até terça-feira,20, quando mais uma vez – como peregrina que é – continua seu caminho.

Por Cristiane Henrique – Produção Destrave

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Chegada da Cruz no Bote Fé

A cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude, começam a sua peregrinação–  na Terra de Santa Cruz – pela cidade mais populosa do Brasil e uma das mais influentes no cenário global, sendo a sexta maior do planeta. Estou falando da cidade de São Paulo, que se localiza na região Sudeste do território nacional.

Uma metrópole, que se desenvolve dia a dia com uma população plural, com características diversas, dando um colorido diferente ao cenário paulistano. Porém, uma cidade que também apresenta em si quadros de expressivos desníveis sociais.

Moram nas ruas da capital ou dormem em albergues municipais 13.666 pessoas, população maior do que a de 328 municípios do país. Nos últimos dez anos, o total de moradores de rua, na capital paulista, cresceu 57%. Além do aumento da quantidade de meninos e meninas que ingressaram no mundo do crime, passando de 129 casos em 2008, 151 em 2009, até chegar a 163 em 2010; dados da Polícia Militar mostram que estes jovens aderem a prática de crimes cada vez mais novos.

É nesse cenário de contrastes e desigualdade social que peregrina a cruz dos jovens, portadora de uma mensagem de comunhão e partilha. A cuz traz em si o apelo à caridade e ao amor, na qual a desigualdade e o desamor não têm lugar.

"Eu vim para que todos tenham vida", é a afirmação de Jesus Cristo

Seu trajeto vai ao encontro dessas realidades difíceis desta megalópole. No trajeto estão incluídos a Praça da Sé, palco de violência e de abandono.

A cruz também vai ao encontro daqueles que hoje se vivem aprisionados no mundo das drogas. A Via-Sacra na Cracolândia é, sem dúvida, a expressão do amor de Cristo, que sempre escolhe o que talvez ‘nós’ não escolheríamos.

SP, maior cidade da América Latina

Vigiar para não cair em tentação, a cruz e o ícone de Nossa Senhora também estarão presentes na vigília com as ‘madalenas’, com aquelas que por algum motivo comercializam seu corpo como forma de receber algo em troca, também a elas por amor, o ‘AMOR‘  se doa.

Passar pelo arsenal da esperança é a indicação de que ‘ELE ACOLHE’ aqueles que se encontram em dificuldades econômicas e por vezes num total abandono pela falta de trabalho, moradia, educação, alimentação, assistência médica e familiar.

Nestas ruas e vielas a fé será celebrada: Eis o madeiro da cruz da qual pendeu a salvação do mundo. Veja o Homem e como carrega aquela cruz pesada de madeira. Veja como O colocam sobre a cruz e cravam Suas mãos e pés no madeiro. Veja como levantam a cruz naquele lugar, chacoalhando Suas feridas nas mãos e pés.

A cruz de Cristo se une ao sofrimento humano e sempre aos pés dela está a Virgem Maria, que como ninguém soube experienciá-la como sinal de redenção.

Por Cristiane Henrique – Produção Destrave

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Clarissa e a Cruz da JMJ

Eis que a cruz se levanta na Terra de Santa Cruz!

Como conter a emoção ao encontrar cerca de 100 mil jovens que aplaudiam, gritavam, fotografavam, choravam e estavam ali aguardando uma simples cruz?

Eu estava lá* e vi o olhar repleto de esperança daquelas pessoas. Lágrimas contínuas caindo de seus olhos ao contemplar a presença do maior símbolo cristão: a cruz.

Nunca imaginei encontrar tanta vibração, euforia, entusiasmo e, ao mesmo tempo, muita paz, no meio de uma multidão. Eram muitas vidas reunidas ali com um mesmo objetivo: encontrar-se com a cruz da JMJ.

Não são apenas dois pedaços de madeira já empenados por seus 24 anos passando de mão em mão; é a cruz da Jornada Mundial da Juventude, o maior sinal de que sempre existiu e existirão jovens que acreditam na força da cruz na capacidade de amar até o fim, como o fez Jesus Cristo, nosso Senhor. Afinal, este não é o real motivo de ser um cristão, imitar a Cristo? “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” (Jo 15, 12).

“Apenas uma cruz grande e bonita”, tantos poderiam afirmar. Mas não! Ali se encontrava literalmente a presença de Jesus Cristo. O ar daquele ambiente mudou, toda atenção se voltou para o meio daqueles jovens onde se levantava uma cruz carregada por várias mãos. Era visível que não estávamos ali por acaso, aquela cruz trazia o próprio Cristo no meio de nós. Não o vimos com nossos olhos, mas Ele estava lá, foi possível sentir Sua presença. Impossível não se emocionar, pois todos ali presente estiveram aos pés da cruz, ao lado de Cristo como fez Maria.

Foi como acolher o próprio Cristo em terras brasileiras.

Quem esteve lá (no Bote fé) viu, quem foi sentiu o ambiente mudar ao chegar aquela cruz, quem assistiu percebeu a unção. E quem perdeu todo esse momento tem tempo para correr atrás deste Jesus presente naquela cruz, pois até julho de 2013 “Ele” andará em meio a nós.

Clarissa Oliveira
Missionária da Canção Nova

*Clarissa esteve no Bote Fé, evento que acolheu a cruz e o ícone de Nossa Senhora no Campo de Marte-SP no domingo (18)

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