A expectativa aumenta, o coração bate forte, o frio na barriga surge em cada caminhada que se dá pelas ruas de Madri e em cada encontro com peregrinos que já começam a chegar de todas as partes do mundo. É esse o sentimento de quem já está na capital espanhola às vésperas da 26ª Jornada Mundial da Juventude, que acontece dos dias 16 a 22 de agosto em Madri, Espanha.

Por cada lugar que se anda se respira o clima da JMJ, e a cidade de Madri está dando um show de organização e acolhida aos peregrinos. Por toda a cidade é possível encontrar cartazes, faixas e banners de “Bienvenidas” (Boas-Vindas). Restaurantes, cafés, supermercados, lojas, estações de metro, aeroporto, tudo que se possa imaginar está com a cara do encontro mundial de Bento XVI com os jovens.

Banners e telões espalhados pela cidade de Madri

Postos de informações sobre o evento estão espalhados por todos os lugares. Ainda no metrô você consegue facilmente um mapa da cidade e das linhas de transporte, além de guias e agendas dos eventos da JMJ.

Para quem chega – ainda no aeroporto – é possível contar com ajuda dos guias voluntários que também estão distribuídos por toda a capital espanhola para auxiliar os peregrinos estrangeiros. São mais de 30 mil jovens de vários países e nacionalidades que se colocaram à disposição para servir os irmãos nesta jornada.

Um destaque especial para a infraestrutura da cidade, que é de alta qualidade. De metrô você chega a

Metro está personalizado com a imagem de Bento XVI

qualquer lugar de Madri em poucos minutos, além disso, o aeroporto, as estações de metrô e ônibus são interligados, facilitando em muito o acesso aos principais locais de atividades, sejam culturais ou as oficiais com o Papa. Nos dias da JMJ a organização está incentivando os peregrinos a usarem somente o metrô, meio mais seguro e mais rápido. Além disso, nos dias de jornada esse meio de transporte [metrô] será livre para o público.

Outro detalhe muito interessante é que os principais restaurantes e “fast-foods” da cidade estão credenciados para receber os “tickets” de refeição que os peregrinos inscritos receberão junto com a mochila e a credencial da JMJ.

Com a megaestrutura que Madri montou para receber os peregrinos em plena crise econômica da Europa, muitos espanhóis têm questionado os gastos da JMJ; mas segundo padre Fran Caniesto, que trabalha na Secretaria Geral da JMJ, a receita que se tem com um evento como a Jornada Mundial da Juventude cobre, e muito, os gastos que se tem para realizá-la.

“É claro que todo evento tem grandes custos, mas os gastos da JMJ chegam a 50 milhões e, no entanto, o retorno em turismo e inscrições de peregrinos pode chegar a até 100 milhões”, salientou padre Fran.

• Preparação dos lugares onde estará o Santo Padre

O Papa Bento XVI chega a Madri no dia 18 de agosto ao meio-dia (horário de Madri). Ainda no aeroporto uma cerimônia de boas-vindas será feita ao Santo Padre, que em seguida será levado para a Nunciatura Apostólica (casa do Papa nos dias em solo espanhol).

Às 19h30 desse dia Bento XVI sairá da Nunciatura e, de Papa-móvel, se dirigirá para a Praça de Cibeles onde acolherá os jovens num primeiro encontro entre os protagonistas da festa e o Sumo Pontífice. Na Praça de Cibeles, uma expressiva  infraestrutura também está sendo montada. Telões estão sendo instalados nas ruas de acesso à praça para que ninguém fique sem ver o Sua Santidade.

Aeródromo de Cuatro Vientos sendo preparado para a vigília com o Papa

Como se trata de um Chefe de Estado, os lugares por onde Bento XVI passará está passando por rigorosas inspeções. É possível ver a polícia em várias partes da cidade para garantir a segurança de todos.

No dia 19 o Papa terá alguns encontros fechados com religiosos, professores e universitários e à noite, ainda na Praça de Cibeles, o Sumo Pontífice presidirá a tradicional Via-Sacra da JMJ. No sábado, dia 20 pela manhã, Bento XVI presidirá uma Santa Missa na Catedral de Almudena para os seminaristas e se encontrará com jovens num hospital.

À noite do sábado está por conta da grande vigília com os jovens no Aeródromo de Cuatro Vientos, local onde também será presidida a Santa Missa de encerramento da JMJ 2011, ocasião em que Bento XVI anunciará a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude.

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Em todas as edições, dentre as muitas atividades deste evento, é reservado um momento especial com essa cruz, que se tornou o símbolo desse encontro juvenil com o Pontífice. A alegre adesão dos jovens a essa iniciativa testemunha a seriedade com a qual a acolheram. Refletindo sobre o valor dela muitos podem, como declarou o Papa João Paulo II aos jovens, “descobrir o sentido de sua existência, e a fonte do seu entusiasmo missionário”.

A Cruz da JMJ assume um significado afetivo para os jovens. Eles querem tocá-la, beijá-la e contemplá-la.

Os jovens se sentem questionados pelo imenso amor que demonstra o silêncio da cruz e se deixam conquistar por ela. Tantas vocações nasceram da contemplação desse objeto. Diversas vidas estiveram aos seus pés para servir o Senhor.

Assim como ocorreu nos outros países pelos quais ela peregrinou, em Roma se via jovens profundamente recolhidos diante dela. Uns a beijavam, outros a tocavam, outros a contemplavam.

De 15 e 20 de agosto dessa edição, a cruz foi protagonista de uma importante Via-Sacra, atravessando o Fórum Romano e chegando ao Coliseu. No Circo Máximo, milhares de jovens buscaram o sacramento da reconciliação e mais de 2 milhões participaram da Santa Missa final com o Santo Padre em Tor Vergata.

A cruz da JMJ percorreu o imenso território canadense pelos mais diversos meios

No ano de 2001 a cruz dos jovens passou das mãos dos italianos para as dos canadenses e iniciou uma peregrinação pelo imenso território desse país, viajando de avião privado e comercial, puxada por cães com trenó, transportada por guindastes, tratores, barcos à vela e de pesca. Visitando paróquias, cárceres de jovens, escolas, universidades, centros comerciais, hospitais.

Em Fevereiro de 2002, a cruz interrompe a sua peregrinação no Canadá e viaja para os Estados Unidos. Lá, ela é colocada no “ground zero” em Manhattan, Nova York, local dos atentados terroristas de 11 de Setembro. A cruz é sinal de consolo e ao mesmo tempo de esperança para o povo americano.

A cruz voltou ao Canadá em abril de 2002, quando um grupo de Québec chamado “Portageurs” partiu da Catedral de Montreal e levou-a a pé até Toronto, numa jornada que durou 43 dias. Durante esse trajeto, como sempre, ela atraiu muitos que desejavam tocá-la, contemplá-la e rezar diante dela.

A Cruz da JMJ vai até o “Ground Zero” em Manhattan após os atentados de 11 de Setembro

Chegou a Toronto, cidade cosmopolita, como marcante sinal da fé cristã na Jornada Mundial da Juventude de 2002 e foi levada em procissão pelas ruas da cidade, comovendo crianças, jovens e adultos, crentes e não crentes, causando grande impacto sobre o público.

Dessa forma, a cruz da JMJ foi conquistando os jovens, e não só isso, foi transformando a vida de quem a tocou e a contemplou, ajudando muitos a descobrirem o significado da fé cristã.

No próximo episódio, João Paulo II confia o ícone de Maria para acompanhar os jovens; e a cruz vai peregrinar o território alemão.

Veja os temas anteriores:

O início da peregrinação da cruz da JMJ

Uma cruz que rompe barreiras e gera unidade

“Sigam a cruz peregrina” disse João Paulo II

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