crianças – Destrave https://destrave.cancaonova.com O ‘Destrave’ é um projeto da Canção Nova com produção de reportagens especiais sobre temas voltados para a juventude, lançado em maio de 2011 Tue, 05 Sep 2017 12:05:09 +0000 pt-BR hourly 1 Tráfico humano, a escravidão dos tempos modernos https://destrave.cancaonova.com/trafico-humano-a-escravidao-dos-tempos-modernos/ https://destrave.cancaonova.com/trafico-humano-a-escravidao-dos-tempos-modernos/#comments Wed, 05 Nov 2014 14:19:16 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=10321 Por Daniel Machado Mais de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano em todo o mundo “Eles me levaram para a Polônia, depois para Portugal, África e, então, para São Paulo. Em todos esses lugares, eu fui explorada sexualmente e obrigada a transportar drogas”. Este é o depoimento de Cristina, da República Tcheca,...

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Por Daniel Machado

Mais de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano em todo o mundo

“Eles me levaram para a Polônia, depois para Portugal, África e, então, para São Paulo. Em todos esses lugares, eu fui explorada sexualmente e obrigada a transportar drogas”. Este é o depoimento de Cristina, da República Tcheca, uma das duas milhões de pessoas que, segundo a ONU, são vítimas do tráfico humano, a terceira maior e mais lucrativa atividade criminal em todo o mundo.

O tráfico de seres humanos é considerado a escravidão dos tempos modernos, uma indústria que movimenta cerca de 30 bilhões de dólares anualmente. Pessoas são olhadas e usadas como mercadoria, seja ela para exploração sexual, trabalho escravo, adoção ilegal ou tráfico de órgãos.

Confira a primeira parte da reportagem


Tráfico para exploração sexual

O tráfico de pessoas para a exploração sexual é o mais comum em todo o mundo. As principais vítimas são mulheres entre 10 e 29 anos, solteiras que se encontram em situação de vulnerabilidade. No Brasil, este crime está associado à prostituição e ao recrutamento de garotas em regiões pobres e de dificuldades socioeconômicas. Mas segundo a advogada Tânia Teixeira Laky, este é um dado que vem mudando ano após ano. “Nós encontramos meninas que são aliciadas em universidades, em salões de beleza, agências de modelos, sempre com uma promessa de que lá fora ela vai ter uma carreira e uma vida melhor. Então, é um mito a ideia de que somente garotas pobres são aliciadas por esses criminosos”, relata a advogada.

Para Sueli Aparecida, coordenadora nacional da Pastoral da Mulher Marginalizada (PMM), muitas mulheres que recebem propostas de trabalho no exterior sabem que vão para se prostituir, mas não têm ideia de que serão exploradas.

Segundo relatório da ONU, é importante destacar que tanto nos termos do Protocolo de Palermo como nos termos da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, o consentimento da vítima é irrelevante. Não importa se ela sabia ou não que iria se prostituir, se concordou em ser transportada para trabalhar em outro estado ou país. Basta que o meio utilizado tenha sido a força ou outras formas de coação.

Mapa da exploração sexual no Brasil e no Mundo

Segundo dados da ONU, do Ministério da Justiça e da CPI do Tráfico Humano, o Brasil é uma rota receptora e intermediária para esse crime. Estima-se que existam mais de 200 rotas por onde se articulam as quadrilhas de seres humanos, que agem de maneira muito peculiar dependendo da região e do fim para a qual recrutam as pessoas.

Destrave- Tráfico Humano

Chefe da delegacia da PF no aeroporto de Guarulhos, o delegado Wagner Castilho “o trabalho da PF no aeroporto é o de coibir o crime mas também alertar as pessoas”

No nordeste, por exemplo, mulheres e adolescentes são geralmente recrutadas para se prostituírem nas regiões litorâneas, atendendo à demanda da turismo sexual. Capitais como Fortaleza, Natal e Salvador ocupam o topo da lista quando o assunto é exploração de mulheres, crianças e adolescentes para a prostituição. Já no Norte e Centro-Oeste do Brasil, a exploração sexual está ligada às quadrilhas internacionais de tráfico humano, onde mulheres e adolescentes são levadas para fronteiras de países como Suriname, Guiana-Francesa e outros países da América Latina, ou exploradas em garimpos. O sul e o sudeste, especificamente Rio de Janeiro e São Paulo, são considerados rotas receptoras e intermediárias, uma vez que possuem os aeroportos de maior tráfego aéreo do país e o maior volume de pessoas em portos e rodoviárias.

Quando o assunto é tráfico internacional, a situação fica bem mais complexa, uma vez que, embarcando para outro país, a pessoa não tem o amparo legal e a proteção que teria em sua pátria. Segundo o delegado Wagner Castilho, chefe da Delegacia de Polícia Federal do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, a maior dificuldade no combate às quadrilhas é que as pessoas que estão embarcando não se sentem vítimas. “As pessoas acreditam que estão indo para uma vida melhor no exterior; e quando elas são abordadas pela Polícia Federal, se sentem constrangidas, até nos dizem: ‘Vocês estão nos chamando de prostitutas?’. Neste caso, os agentes não podem fazer nada, a não ser orientar e alertar dos riscos de se estar embarcando sem uma comprovação legal por parte das autoridades do país de destino, como o visto de trabalho, por exemplo”, diz o delegado.

Segundo dados do Ministério da Justiça e do Ministério das Relações Exteriores, de 2005 a 2012, foram registrados 474 casos de tráfico internacional. Mas o número é bem maior, considerando que muitas pessoas não denunciam que foram vítimas deste crime, por medo, coação ou vergonha. Os países que mais receberam brasileiras (os) para este fim foram Espanha, Suíça e Suriname.

Tráfico Humano por país

Vítimas de tráfico de pessoas por país, segundo o Ministério das Relações Exteriores/Divisão de Assistência Consular

Tráfico para trabalho escravo

Uma outra modalidade do tráfico humano que vem crescendo de forma assustadora é o tráfico para fins de trabalho escravo. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) só no ano de 2012, 20,9 milhões de pessoas foram vítimas de trabalho forçado globalmente. No Brasil, Segundo o Conselho Nacional do Ministério Público, de 2000 a 2013 foram registrados 1.758 casos relacionados a tráfico de pessoas, sendo 1.348 destes recorrentes ao trabalho escravo ou a situações análogas a esta prática.

O trabalho escravo pode ser encontrado em todas as regiões do Brasil, sobretudo no campo, nas carvoarias, nos garimpos e canaviais que ficam nos interiores das cidades. Outra modalidade que também está merecendo destaque nos jornais, nos últimos anos, é o trabalho escravo urbano nas oficinas de costura e construção civil. As vítimas são quase sempre bolivianos, peruanos, paraguaios e haitianos recrutados e transportados pelos ‘coiotes’ para cidades fronteiras e, depois, para capitais como São Paulo. Estima-se que 300 mil bolivianos, 70 mil paraguaios e 45 mil peruanos estejam vivendo na região metropolitana de São Paulo, a maioria sujeita a condições de trabalho análogas à de escravo.

trabalho escravo - destrave

Roque Pattusi, coordenador do Centro de Apoio ao Migrante (CAMI)

Segundo Roque Pattusi, coordenador do Centro de Apoio ao Migrante (CAMI), entidade ligada à Pastoral do Migrante da Igreja Católica, as pessoas são aliciadas sempre com a promessa de trabalho e uma vida melhor, mas quando chegam, são colocados em condições sub-humanas. “Estas pessoas são forçadas a trabalhar até 18 horas por dia, dormem e comem na oficina onde trabalham, tomam banho uma vez por semana, respiram pó, têm os seus documentos apreendidos e precisam trabalhar até um ano de graça para pagar os custos da viagem até o Brasil”.

Segundo o Ministério do Trabalho, só no ano de 2013, mais de 330 autos de infração foram deflagrados em mais de cinco grandes confecções, que resultaram em 6,5 milhões de multas e 1 milhão em ressarcimento de rescisões de contrato de trabalhadores que viviam em situações de escravidão.

Para Paolo Parise, coordenador da Missão Paz, denúncia e fiscalização são as melhores armas para combater esse tipo de crime. “Se você souber que existe alguma oficina de costura perto da sua casa, ligue para a fiscalização, faça uma denúncia. Depois, se conhecer alguma marca que esteja associada ao uso desta mão de obra escrava, não compre esses produtos”, diz o sacerdote.

O disque denúncia da Secretaria dos Direitos Humanos (Disque 100) é o número para denunciar toda forma de tráfico, exploração sexual ou trabalho escravo.

Confira a segunda parte da reportagem

Tráfico de crianças e adolescentes

Segundo o UNODOC (Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes), 30% de todas as pessoas traficadas no mundo são crianças e adolescentes, usadas para fins de exploração sexual, trabalho escravo, tráfico de órgãos e adoção ilegal.

Uma prática que tem ganhado a atenção das autoridades é a adoção ilegal, quando uma mãe, família ou parente da criança é obrigado, enganado e/ou coagido a doar a criança a fim de burlar a lei e o Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

Ivanise Esperidião, fundadora da Ong Mães da Sé

Ivanise Esperidião, fundadora da Ong Mães da Sé

Para Ivanise Esperidião, fundadora do movimento Mães da Sé, que trabalha na divulgação de crianças desaparecidas, a adoção ilegal é um crime muito comum no Brasil, mas pouco denunciado. “Nós sabemos que muitos casais estrangeiros vêm ao Brasil buscar crianças para levá-las para o exterior. Existem abrigos que possuem até uma espécie de UTI neo-natal; e isso envolve juízes, advogados, uma série de pessoas que facilitam essa prática e lucram com ela. O problema é que nós não sabemos para onde essas crianças estão indo ou se estão sendo exploradas por redes internacionais de tráfico humano”.

Em 2013, a CPI do Tráfico Humano alertou para outras formas de exploração de crianças e adolescentes, como o tráfico de garotos em escolinhas de futebol e agências de modelos que recrutam adolescentes.

Em abril deste ano, o Papa Francisco fez um pronunciamento na 2ª Conferência Internacional sobre Combate ao Tráfico Humano. Em seu discurso, o Pontífice recordou que o tráfico de pessoas é uma “chaga” na sociedade contemporânea e na carne de Cristo, e que os esforços e as estratégias para se combater o tráfico “devem ser acompanhados da compaixão evangélica por mulheres e homens vítimas deste crime”, salientou Francisco.

Neste ano de 2014, a CNBB trouxe o tema do tráfico de pessoas para a Campanha da Fraternidade. Mas este não deve ser apenas uma reflexão de Quaresma; é preciso que nós, cristãos e homens de boa vontade, estejamos cientes de que tantos irmãos e irmãs, filhos de Deus, estão sendo tratados como mercadoria, e nós não podemos nos calar diante desse crime contra a humanidade.

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Crianças são vítimas de abuso sexual diariamente https://destrave.cancaonova.com/criancas-sao-vitimas-de-abuso-sexual-diariamente/ https://destrave.cancaonova.com/criancas-sao-vitimas-de-abuso-sexual-diariamente/#respond Wed, 19 Sep 2012 17:32:58 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=7975 O abuso sexual, em crianças de 0 a 9 anos, é o segundo maior tipo de violência registrada nesta faixa etária. Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde,em 2011, registrou 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos. De acordo com o sistema de Vigilância de Violências...

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O abuso sexual, em crianças de 0 a 9 anos, é o segundo maior tipo de violência registrada nesta faixa etária. Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde,em 2011, registrou 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos.

De acordo com o sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) do Ministério da Saúde, o abuso em crianças até os 9 anos representa cerca de 35% das notificações. Também foram analisados os registros referentes às crianças de 10 a 14 anos, com 10,5% das notificações. A partir deste dados, a VIVA pôde conhecer a frequência, a gravidade da agressão e identificar o tipo de violência doméstica, sexual e outras formas (física, sexual, psicológica e negligência/abandono).

Pesquisadores nos EUA disseram que, de uma amostra de 290 pessoas tratadas de adição ao sexo, 78% mencionaram abuso sexual na infância

Os números também comprovaram que a maior parte das agressões acontecem na residência do menor (64,5%). A pesquisa apontou que o meio utilizado para a agressão é a força corporal/espancamento (22,2%), onde os mais atingidos são os meninos com (23%) e meninas com (21,6%).

Outro dado revelado pela pesquisa é que 45,6% dos autores da correspondem aos sexo masculino. Grande parte dos agressores são pessoas próximas da crianças, ou seja, pais, familiares ou alguém que frequente o convívio familiar da criança ou do adolescente.

Abuso sexual infantil  x  transtornos sexuais na vida adulta

Dois pesquisadores americanos relacionaram o abuso sexual infantil a fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos sexuais na vida adulta. A pesquisa de Carnes e Delmonico relatou que, de uma amostra de 290 pessoas tratadas de adição ao sexo, 78% mencionaram abuso sexual na infância. A compulsão sexual surge como uma defesa contra afetos e sensações desconfortáveis, baixa auto-estima e vergonha do trauma.  Mas estes números ainda são bem discutido no meio científico onde merecem maiores aprofundamentos.

Veja também: o perigo da erotização infantil

Para a maioria dos especialistas, no entanto, uma coisa é bem aceita: a criança sofre as consequências do trauma. “Não prejudicar a criança no seu desenvolvimento é difícil; porque ela não está preparada para aquilo.  Se suspeitou [do abuso] os pais precisam buscar ajuda para a criança porque é o adulto que sabe o que aconteceu, a criança não tem noção. Se esta ajuda não vier isso vai sim prejudicar a criança no seu desenvolvimento sexual” explica a psicóloga infantil Paula Pessoa

Assista, no vídeo abaixo, a entrevista com a psicóloga infantil Paula Pessoa

Como perceber se a criança foi abusada?

Segundo Paula, é importante que os pais prestem atenção no comportamento dos filhos e, diante de qualquer atitude estranha ou de recolhimento, é bom conversar com a criança.

“Os pais precisam acompanhar as crianças, ou seja, viu alguma coisa estranha ou o seu filho ficou mais retraído, procure saber o que aconteceu e não deixe ele sozinho, porque ele não sabe e não vai falar. Nós precisamos entender que a criança não sabe o que houve e você deve ficar atento, porque isto pode prejudicar o desenvolvimento dela em relação ao relacionamento com outras pessoas”, ressaltou a psicóloga.

Alguns sinais físicos que podem estar relacionados à violência sexual na infância e adolescência: lesões, edemas, hematomas em região genital, mamas, pescoço, parte interna e superior da coxa. Além de outros sinais que podem detectar que ela sofreu algum tipo de violência sexual.

O abuso sexual infantil é algo que preocupa, constantemente, a sociedade, por isso é um dos assuntos que precisam ser debatidos incansavelmente nas escolas, comunidades, família, nos serviços de saúde, entre outros setores públicos.

Quem suspeita de que uma criança esteja sofrendo qualquer tipo de agressão, seja física ou sexual, deve encaminhar a denúncia para o Conselho Tutelar ou para o Ministério Público da sua cidade o mais rápido possível. Se ficar comprovada que a criança sofre algum tipo de agressão ou abuso os responsáveis serão autuados.

Fonte dos dados: Site do Ministério da Saúde/ VIVA SINAN/SVS/MS 2011

Veja mais:

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O drama do Transtorno Sexual Hiperativo

Como lidar com o sentimento de culpa

 

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“É muito importante que os pais se preocupem com a educação dos filhos em todos os sentidos, principalmente quando o assunto é sexualidade. Muitos pais se preocupam com a maneira de falar com a criança sobre sexualidade, mas isso não deve ser encarado como um tabu”, é o que explica a psicóloga e especializada em comportamento infantil, Paula Pessoa.

Destrave.com: Qual a importância da presença materna e paterna na formação da sexualidade da criança?

Paula Pessoa – psicóloga infantil: A sexualidade infantil começa nos primeiros dias de vida. Por exemplo: sentir o que é gostoso, o prazer de amamentar e do carinho da mãe. Então, se a mãe tem dificuldade para amamentar a relação com o bebê é afetada, e a sexualidade dele pode ser prejudicada. A sexualidade infantil não tem nada a ver com a erotização, e sim em sentir  o que é bom, ou seja, o prazer do amamentar, do carinho e da alimentação. Quando os pais apresentam problemas em relação a essas formas de vínculo com a criança, isso pode interferir muito na sexualidade dela e no desenvolvimento do toque e do carinho.

Destrave.com: Qual é a melhor idade para os pais conversarem com os filhos sobre sexualidade e quais dificuldades eles encontram?

Paula Pessoa – psicóloga infantil: Os pais encontram muitas dificuldades, porque a nossa sociedade não vê a sexualidade infantil como algo comum e natural, mas como promiscuidade. Não existe uma idade certa. É o momento em que ela perguntar, por exemplo: “Mãe, como eu fui parar na sua barriga?”. A criança começa a perguntar isso, por volta dos 3 ou 4 anos, porque ela começa a ver a mãe do amiguinho grávida e a diferença entre homem e a mulher. Como ela se questiona, é importante que os pais falem os termos certos e da forma verdadeira, porque, a partir do momento em que ela faz esse tipo de pergunta, está preparada para ouvir a resposta. Os pais devem responder de forma objetiva, pois, desta forma, os filhos ficarão satisfeitos e não perguntarão mais.

Confira o especial sobre os transtornos da sexualidade

Assista, na íntegra, a entrevista de Camila Leite com a psicóloga infantil Paula Pessoa para o Destrave.

Veja mais:

A sexualidade faz parte da educação infantojuvenil

Virtude, a alegria sem opressão

A Revolução Sexual e sua consequências

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