consumidores – Destrave https://destrave.cancaonova.com O ‘Destrave’ é um projeto da Canção Nova com produção de reportagens especiais sobre temas voltados para a juventude, lançado em maio de 2011 Tue, 05 Sep 2017 12:05:09 +0000 pt-BR hourly 1 Consequências do consumismo https://destrave.cancaonova.com/consumismo/ https://destrave.cancaonova.com/consumismo/#comments Wed, 28 Mar 2012 19:20:01 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=6700 Por Daniel Machado produtor do Destrave Quem não gosta de ir a uma loja, ao shopping ou até mesmo àquelas lojinhas de utensílios domésticos para adquirir coisas novas?A sensação de comprar algo novo é sempre prazerosa, mas pode tornar-se uma grande armadilha financeira, psicológica e até espiritual. Sem falar das festas cristãs como Natal e...

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Por Daniel Machado
produtor do Destrave

Quem não gosta de ir a uma loja, ao shopping ou até mesmo àquelas lojinhas de utensílios domésticos para adquirir coisas novas?A sensação de comprar algo novo é sempre prazerosa, mas pode tornar-se uma grande armadilha financeira, psicológica e até espiritual. Sem falar das festas cristãs como Natal e Páscoa, que se transformaram em datas de comércio.

Com a economia do Brasil a todo vapor, os brasileiros estão consumindo cada vez mais. Só o poder de compra da classe média cresceu de 44,19% para 51,89% nos últimos seis anos (dados da Fundação Getúlio Vargas); e este consumo não é só no território nacional, pois, segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), as despesas dos brasileiros, no exterior, totalizaram US$ 16 bilhões (R$ 28 bilhões) em 2011.

“O consumo faz parte da vida humana, e a nossa qualidade de vida melhorou muito nos últimos anos”, diz Marco Antônio, filósofo e professor universitário. No entanto, o professor também nos aponta um problema: “Apesar de as pessoas estarem vivendo mais, eu vejo que a qualidade da vida psicológica piorou. Nós temos mais e melhores condições, mas parece que somos menos felizes”.

À direita, o filósofo e professor Marco Antônio. À esquerda, o professor de publicidade Josué Brazil.

Jovens consumistas

Antigamente, o máximo que um jovem ganhava para o seu consumo era a mesada dos pais, que dava para comprar um tênis, um sapato ou um novo jogo de vídeo game. Mas os tempos mudaram. A geração de hoje invadiu o mercado de trabalho e passou a ganhar salários muito além de uma “mesada”. Com os novos serviços que facilitam a compra, somados às tão atraentes novas tecnologias e à publicidade das grandes marcas, essa galera passou a consumir como gente grande. Estima-se que as novas gerações Y e Z movimentem cerca de 2,5 bilhões de dólares por ano.

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“Há alguns anos, o jovem não tinha o poder de compra que ele tem hoje”, diz o professor de publicidade e marketing Josué Brasil. Para ele, essa juventude consumidora é o alvo da publicidade de grandes marcas, pois “o jovem, uma vez fidelizado, passa a ser um consumidor em potencial no futuro e, para as empresas, isso é muito interessante”, diz Josué.

Quando falamos em jovens consumistas, o Brasil aparece no topo da lista. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que 37% dos jovens brasileiros gostam de comprar, um índice que coloca, no “chinelo”, jovens de países como França (32%), Japão (31%) e Estados Unidos (12%).

Será que sou viciado em compras?

Toda essa facilidade de consumo tem apresentado consequências desastrosas, pois cresce, de forma alarmante, o número de pessoas com transtornos compulsivos por compras, que se chama oneomania.

Aline: "Era um prazer muito grande chegar em casa com várias sacolas nas mãos."

“Eu comprava, toda semana, até 3 ou 4 pares de sapatos e, muitas vezes, repetidos”, conta Aline Machado, professora na cidade de Roseira (SP). “Era um prazer muito grande chegar em casa com aquele monte de sacolas, mas, logo depois, vinha um vazio e eu me sentia triste e infeliz, apesar de ter as melhores roupas”, testemunhou Aline.

Segundo Paulo Henrique, psicólogo e professor da Universidade de Taubaté (SP), a compra compulsiva é apenas o sintoma de alguma questão mais profunda. “Geralmente, essas pessoas apresentam um quadro de ansiedade muito grande, e a compra é a única forma de preencher o vazio que elas estão sentindo”, explica o especialista.

Pessoas que sofrem de oneomania, geralmente apresentam distúrbios de humor, ansiedade excessiva e depressão. Em casos crônicos, quando elas se encontram impossibilitadas de comprar, podem ter sintomas como irritação, taquicardia, tremor e sensação de desmaio iminente. Logo após adquirir o que desejavam, essas mesmas pessoas sentem remorso por não ter controlado a compulsão e são acometidas pela depressão.

Consequências espirituais do consumismo

Na Missa do Galo de 2011, o Papa Bento XVI disse que “o Natal tornou-se uma festa de negócios, cujo fulgor ofuscante esconde o mistério da humildade de Deus”.

“O Compêndio da Doutrina Social da Igreja critica essa perversão do momento sagrado – e também humano – em momentos de consumo”, alerta padre Joãozinho, scj.

Não é de agora que o consumismo tem tomado lugar nas grandes festas cristãs, transformando-as em datas de comércio. Papai Noel, ovos de Páscoa, coelhos, duendes e muitos outros personagens foram – de forma orquestrada – ocupando o lugar dos símbolos religiosos e adentrando no imaginário coletivo de nossas crianças.

A consequência é que, muitas pessoas, ditas cristãs, estão trocando Cristo pelo comércio. Para muitos, a Páscoa está longe de ser a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus; e o Natal está longe de ser o nascimento de Cristo.

“Não há problema em se ter um ovo de Páscoa em casa, mas ele deve reesignificar o sentido dessa festa como um símbolo da vida nova que Cristo veio nos trazer”, conclui o sacerdote.

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Consumismo https://destrave.cancaonova.com/consumismo-onde-vamos-parar/ https://destrave.cancaonova.com/consumismo-onde-vamos-parar/#comments Fri, 16 Mar 2012 22:39:22 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=6609 O próximo tema do Destrave quer tocar numa ferida que muitos jovens vivem, mas, por vergonha, medo ou até ignorância sobre o problema, não conseguem se expor e dizer: ‘preciso de ajuda’. Estamos falando do consumismo, um comportamento que tem feito muita gente ‘ficar no vermelho’, não só na conta bancária, mas também na família,...

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O próximo tema do Destrave quer tocar numa ferida que muitos jovens vivem, mas, por vergonha, medo ou até ignorância sobre o problema, não conseguem se expor e dizer: ‘preciso de ajuda’. Estamos falando do consumismo, um comportamento que tem feito muita gente ‘ficar no vermelho’, não só na conta bancária, mas também na família, no trabalho e nos estudos.

Com o advento da globalização e as facilidades tecnológicas, temos acesso rápido e fácil a muitas coisas que desejávamos e não podíamos comprar. Antigamente, comprar uma bolsa de 300 reais à vista era um absurdo, mas, hoje, podemos comprar uma de 1000 reais em 10x de 100; desta forma, temos a sensação de levar o produto sem pagar muito caro por ele.

Situações como a exposta acima nos mostram o quanto as técnicas de marketing e propaganda são fortes influenciadoras do consumo exagerado e sem responsabilidade. Numa sociedade que vive estressada e ansiosa, uma ‘boa compra’ no shopping alivia a tensão de muita gente, não é mesmo? Mas perguntamos: por que adquirimos esses hábito? Por que estamos gastando tanto com o que não precisamos? Por qual motivo temos um prazer enorme de ir às compras?

Falando de consumismo, o jovem é a “bola da vez” para o mercado. Estima-se que esse nicho, entre 11 e 30 anos, movimenta mais de 3 bilhões de dólares por ano, ou seja, a galerinha está se transformando em consumidor voraz.

O fato é que muita gente está tentando preencher um enorme vazio interior por meio do “ter” e do “possuir”, no entanto, as consequências desse comportamento são transtornos psíquicos que se tornam mais comuns na sociedade.

Esse prazer de comprar compulsivamente já tem nome: a oneomania. Apesar de OMS (Organização Mundial da Saúde) não classificar o comportamento como uma patologia, especialistas da área de psicologia e psiquiatria estão recebendo em seus consultórios, cada vez mais, pessoas que não conseguem parar de comprar.

E você, conhece um caso semelhante? O que pensa do tema? O que tem para partilhar sobre o assunto?

Comente e envie a sua matéria falando sobre consumismo.

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