tecnologia – Destrave https://destrave.cancaonova.com O ‘Destrave’ é um projeto da Canção Nova com produção de reportagens especiais sobre temas voltados para a juventude, lançado em maio de 2011 Tue, 05 Sep 2017 12:05:09 +0000 pt-BR hourly 1 Vicio em internet: isto existe? https://destrave.cancaonova.com/vicio-em-internet-isto-existe/ https://destrave.cancaonova.com/vicio-em-internet-isto-existe/#comments Thu, 16 Aug 2012 17:50:02 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=7522 Por Daniel Machado produtor do Destrave Você é daqueles que não consegue ficar sem internet durante uma hora sequer? Sente necessidade de compartilhar tudo o que vê e faz, fica extremamente irritado quando um vídeo não carrega rápido ou alguém pede para você deixar de lado seu PC, notebook ou tablet? Deixa de sair ou fazer coisas...

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Por Daniel Machado
produtor do Destrave

Você é daqueles que não consegue ficar sem internet durante uma hora sequer? Sente necessidade de compartilhar tudo o que vê e faz, fica extremamente irritado quando um vídeo não carrega rápido ou alguém pede para você deixar de lado seu PC, notebook ou tablet? Deixa de sair ou fazer coisas simples do seu cotidiano para passar horas nas redes sociais? Cuidado, você pode estar no rol dos viciados em internet, um problema que atinge cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, segundo estudos da Universidade La Salle nos Estados Unidos.

Confira o especial sobre Cultura Digital

Para muitos é difícil estipular quando uma pessoa é viciada em internet, já que esta pode ser usada para trabalho, estudo e outros fins que nos fazem conectados durante todo o dia, por exemplo. Mas, para alguns médicos e especialistas, existe sim esta dependência que já pode ser considerada tão crônica como o vício de substâncias como cocaína e álcool. Vale lembrar que o uso compulsivo da internet foi reconhecido pela Associação Americana de Psicólogos e ganhou o nome Internet Addiction Disorder (Disfunção do Vício de Internet).

O primeiro a usar o termo “vício de internet” foi o psiquiatra americano Ivam Goldberg, que estipulou uma série de critérios que definiriam um adicto na rede. Entre eles podemos citar pensamentos obsessivos acerca do que pode estar acontecendo em internet, necessidade de aumentar a quantidade de tempo na rede para conseguir satisfação, fantasias ou sonhos sobre a net. Uma outra cientista, a qual tem realizado um trabalho internacional, é a Dra. Kimberly Young, da Universidade São Boaventura, nos Estados Unidos, e diretora do Centro de Recuperação de Dependentes de Internet, autora dos livros ‘Pego pela Rede’ traduzido para mais de seis línguas e ‘enrolados na rede’.

Para Young, os sintomas do vício em internet são semelhantes aos dos controles dos impulsos, como vício em jogos, sexo ou compras, ou seja, um vício sem drogas. “Eles começam a perder prazos importantes no trabalho, passar menos tempo com sua família e, lentamente, mudam suas rotinas normais. Negligenciam relações sociais com amigos, colegas de trabalho e com suas comunidades; finalmente, suas vidas se tornam incontroláveis por causa da internet”, afirma Dra. Young referindo-se aos adictos na net.

O perigo da superexposição na rede

No Brasil, a Associação Viver Bem, ligada ao Hospital das Clínicas de São Paulo (SP) tem feito um trabalho semelhante ao da Dra. Young, nos Estados Unidos; é o projeto ANJOTI, o qual visa o tratamento de pessoas com trantornos do impulso. Para a psicóloga do projeto, Renata Maransaldi, é preciso que os pais e familiares fiquem atentos à quantidade de tempo que a pessoa fica conectada à rede. “Muitas vezes, a pessoa fica horas na internet e, quando alguém solicita a sua presença, ela fica extremamente irritada”, explica a profissional.

Como tratar pessoas com este quadro patológico tão complexo?

Segundo Renata, é preciso que a pessoa ou seus familiares busquem ajuda profissional para diminuir os impactos do mundo digital no cotidiano dela. “Quando se chega num estágio patológico, é preciso uma avaliação psicológica e psiquiátrica que caminhem juntas. Se a pessoa seguir o tratamento, com o uso da medicação e da psicoterapia, ela tem uma melhora significativa, porque o tratamento não é voltado apenas para o uso da internet, mas para os prejuízos que ela provoca na vida social do sujeito” conclui Renata.

Veja, abaixo, os sintomas mais comuns do vício na internet.

Veja também:

Os perigos da Internet

Use a internet com segurança e responsabilidade

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O impacto da cultura digital em nossas vidas https://destrave.cancaonova.com/cultura-digital/ https://destrave.cancaonova.com/cultura-digital/#comments Wed, 08 Aug 2012 18:31:07 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=7462 Por Daniel Machado produtor do Destrave  Com a invenção da internet, nós entramos na chamada “cultura digital”, ou seja, um mundo novo com novas formas de se comunicar e relacionar, tudo isso proposto por novas tecnologias que avançam tão rapidamente como a própria velocidade da rede. “Cada tecnologia colocada na sociedade ela muda a sociedade...

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Por Daniel Machado
produtor do Destrave 

Com a invenção da internet, nós entramos na chamada “cultura digital”, ou seja, um mundo novo com novas formas de se comunicar e relacionar, tudo isso proposto por novas tecnologias que avançam tão rapidamente como a própria velocidade da rede.

"O mundo digital é um mundo irreversível", afirma a especialista Martha Gabriel

“Cada tecnologia colocada na sociedade ela muda a sociedade logo em seguida. Hoje, nós temos uma nova tecnologia revolucionária a cada 18 meses”, é o que diz a especialista em Marketing Digital, escritora e palestrante internacional Martha Gabriel. Segundo ela, é impossível pensar o mundo como o vemos hoje, sem estarmos conectados. “Se pararmos para pensar, nós não conseguiremos imaginar o mundo sem eletricidade. Eu diria que é a mesma coisa com relação à internet”, diz Martha.

Se a internet causou uma revolução no mundo, uma outra revolução aconteceu a partir dela: o conceito Web 2.0 com as chamadas redes sociais. Estas permitiram que nossa vida fosse compartilhada com o mundo. Uma simples foto de um lugar bonito, nossos gostos e opiniões podem, agora, atingir milhares de pessoas em tempo real.

“Na verdade, nós já vivíamos em rede, ou seja, todos nós já tínhamos nossos amigos na rua, na escola, no trabalho; mas com a Web 2.0 e as redes sociais nós temos uma plataforma para viver isso de forma on-line”, diz Armindo Ferreira, jornalista e especialista em Marketing Digital.

Para muita gente, no entanto, o fenômeno das redes sociais como Twitter e Facebook são “modinhas” que vão passar, mas não é o que pensa Armindo. Segundo o profissional, as mídias digitais vão passar por transformações, no entanto, vieram para ficar. “Eu, quando estudei a história da comunicação, fique imaginando como deve ter sido impactante ver o surgimento da TV. Nós estamos assistindo ao surgimento de uma nova mídia que vai moldar o comportamento das futuras gerações; então, não é mais uma moda”, explica Armindo.

Para se ter uma ideia de como estas novas mídias influenciam nossa cultura cada vez mais, em 2011, nos EUA, um em cada oito casais se conheceram nas redes sociais e se casaram. As ditaduras do mundo árabe caíram após jovens organizarem manifestações nas páginas do Facebook, o que ficou conhecido como a ‘primavera Árabe’. Desde 2010, as grandes empresas mundiais têm migrado boa parte de sua publicidade para estas novas mídias. No entanto, nem tudo é um mar de bits e amizades coloridas na internet.

Confira a segunda parte da reportagem

Os transtornos do mundo digital

Se presenciamos o surgimento de uma nova cultura, significa que também estamos sujeitos a conviver com os transtornos próprios deste mundo virtual. A superexposição, a necessidade de sempre adquirir a mais nova tecnologia e o vício em estar sempre conectado são alguns dos limites que este mundo começa a nos apresentar.

Segundo estudos realizados pela Universidade de la Salle nos Estados Unidos, existem cerca de 2, 2 bilhões de usuários de internet no mundo. Deste número, cerca de 50 milhões podem ser considerados viciados na rede.

“A pessoa pode ser considerada viciada na internet quando ela passa a ter prejuízos na sua vida cotidiana, porque só quer ficar on-line. Ela deixa de estudar, trabalhar e ter um convívio social saudável para ficar na rede”, analisa a psicóloga Renata Maransaldi, que trabalha no projeto AnjoTI, grupo que oferece ajuda às pessoas com transtornos compulsivos como vício de jogos, compras e internet.

“A pessoa é considerada viciada em internet quando deixa de ter vida social para ficar na rede” Renata Maransaldi

Segundo a especialista, a pessoa, muitas vezes, não se dá conta de que está trocando as suas relações pessoais, como convívio com a família e com amigos, pelo mundo cibernético. “A pessoa se programa para ficar duas horas na internet, mas passa a ficar oito ou mais, até mesmo o dia inteiro; então, é hora de buscar ajuda profissional”, alerta Renata.

“Eu sempre digo que rede social é espaço público, o que você não gostaria de fazer no mundo off-line não faça no on-line”, diz Martha Gabriel se referindo ao comportamento que tem se tornado muito comum nas redes: a superexposição. “Para que você fica postando, o tempo todo na rede, o que você faz ou gosta de fazer? Talvez isto dê poder aos outros, para que eles possam manipulá-lo no futuro”, diz a especialista.

Será que sou viciado em internet?

Os perigos da superexposição

Religião e cultura digital

Se a internet é um mundo no qual as pessoas se relacionam e compartilham de tudo, será que há espaço para Deus neste mundo? Será que a fé e a religião têm espaço nesta nova cultura?

"Deus está presente na rede porque o homem está aí", afirma padre Antonio Spadaro

“Sim. Deus é presente no mundo on-line, porque o homem está presente aí”, diz padre Antônio Spadaro, doutor em teologia da comunicação pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Segundo o sacerdote, é preciso mudar o conceito de que a internet é apenas um instrumento, um meio de comunicação. “Internet é um ambiente de vida que exprime o desejo mais antigo do homem: conhecimento e relação”, relata o sacerdote.

Será que nós cristãos temos testemunhado o rosto de Cristo neste mundo? Será que ainda não estamos tímidos neste campo de missão? Uma pesquisa realizada com cristãos, no Reino Unido, apontou que 64 % dos entrevistados usam a internet para postar conteúdos religiosos, sendo que a faixa etária de 16 a 18 anos responde por 87% das pessoas que evangelizam, intencionalmente, por esses meios.

“Não se trata apenas de postar conteúdos religiosos na rede, o cristão deve ser ele mesmo, dar testemunho de sua fé; é assim que ele evangeliza”, diz padre Spadaro, que ainda faz um alerta: “Hoje, particularmente hoje, a evangelização é testemunho”.

A internet continua mudando o mundo e nós somos os protagonistas desta mudança. Somos testemunhas de uma novo modo de difundir a informação e o conhecimentos. Nesta cultura que estamos vendo nascer já nos inquietamos com algumas perguntas: como será o futuro? O que nos reserva este mundo de inovações e tecnologias? Como viverá as próximas gerações?

A resposta para estas indagações serão respondidas com a nossa vivência neste mundo de hoje.

Veja mais:

Os perigos da internet

Namoro pela internet dá certo?

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Onde está a felicidade? https://destrave.cancaonova.com/onde-esta-a-felicidade/ https://destrave.cancaonova.com/onde-esta-a-felicidade/#comments Wed, 09 Nov 2011 16:30:52 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=4388 Nunca, na história da humanidade, tivemos tanto conforto e recursos ao nosso alcance como hoje. As pessoas têm a chance de estudar, de ter um futuro melhor. Temos muitas coisas que antigamente eram artigos de pessoas ricas e somos capazes de chegar aonde quisermos sem sair de nossas casas. E a grande pergunta é: se...

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Nunca, na história da humanidade, tivemos tanto conforto e recursos ao nosso alcance como hoje. As pessoas têm a chance de estudar, de ter um futuro melhor. Temos muitas coisas que antigamente eram artigos de pessoas ricas e somos capazes de chegar aonde quisermos sem sair de nossas casas. E a grande pergunta é: se temos tantos recursos e conforto ao nosso alcance por que as pessoas estão tão infelizes?

Pare um instante para pensar e perceba quanta facilidade a tecnologia trouxe até nós. Podemos ser mais saudáveis e até viver mais graças a tantos avanços. Por que não nos sentimos mais felizes do que nossos antepassados? O que há de errado?

Em primeiro lugar vamos perceber que nada disso é capaz de preencher a sede que há em nós de amar e ser amados, e que o grande câncer de nossos tempos é o desamor. Cada vez mais estamos sendo levados a acreditar que o importante é o meu bem-estar, o meu conforto, a minha felicidade; mas, ao deixarmos os outros para trás e nos esquecermos de Deus, perdemos a essência da vida humana: a comunhão.

As pessoas começam a se gastar para conquistar o que é externo; elas gastam sangue, suor e lágrimas para conquistar coisas e projetos, mas se esquecem de alimentar o coração com coisas essenciais, como o amor, a amizade, a oração, o afeto e a esperança.

“A grande pergunta é: se temos tantos recursos e conforto ao nosso alcance, por que as pessoas estão tão infelizes?”

Nós precisamos do que é externo, precisamos comer, ter uma casa. São coisas necessárias, mas a grande realidade é que nada disso é fonte de felicidade e vida. Nosso coração necessita da experiência com Deus, da vida interior, da oração. Fomos criados para isso e se deixamos de lado essa essência, nada nos parecerá agradável de fato. Quanto mais insistirmos nisso, tanto mais vamos nos decepcionar.

A vida interior é fonte de felicidade, a esperança alimenta o coração, o encontro com Deus sacia a nossa sede de ser felizes. Sei bem que parece propaganda, mas o quanto antes você buscar esta experiência tanto mais cedo verá que é realidade viva e salvadora.

Afinal, passamos tanto tempo buscando o que não temos que nos esquecemos de valorizar aquilo que temos e que já nos foi dado: a família, os amigos, o céu!

Alan Ribeiro
Ministério Bethânia

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A primeira JMJ completamente conectada às redes sociais https://destrave.cancaonova.com/a-primeira-jornada-completamente-conectada-as-redes-sociais/ https://destrave.cancaonova.com/a-primeira-jornada-completamente-conectada-as-redes-sociais/#comments Fri, 12 Aug 2011 13:36:34 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=1476 Se há algo que seja original nesta Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri é o fato de ser a primeira edição completamente conectada às redes sociais. Plenamente consciente de que estes meios se converteram numa ferramenta de comunicação que chega a praticamente todos os cantos do planeta, uma grande equipe de profissionais administrou, durante...

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Se há algo que seja original nesta Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri é o fato de ser a primeira edição completamente conectada às redes sociais. Plenamente consciente de que estes meios se converteram numa ferramenta de comunicação que chega a praticamente todos os cantos do planeta, uma grande equipe de profissionais administrou, durante meses, numerosas redes em mais de vinte idiomas para dar divulgar este grande encontro em todo o mundo.

Em contagem regressiva tudo está preparado para que nenhum detalhe se perca. Para consegui-lo, a equipe das redes sociais se moverá no Bus 2.0, um transporte que lhes permitirá estar permanentemente conectados de qualquer ponto da cidade e, ao mesmo tempo, deslocar-se ao lugar das celebrações dos eventos.

A Jornada Mundial da Juventude de Madri tem cerca de 350 mil seguidores em diversas redes sociais. As preferidas pelos internautas são o Facebook, administrado em mais de vinte idiomas, o Twitter, que, com mais de uma dezena de línguas, permite seguir o conteúdo em tempo real, e a espanhola Tuenti, que conta com quase 20 mil fãs. Também há sete canais disponíveis no YouTube para que os vídeos sejam compartilhados e um perfil no Flickr para que as fotografias sejam exibidas.

“Cerca de 80 voluntários dos Cinco Continentes se empenham nesse trabalho para levar ao público todas as informações sobre este encontro de fé.”

No próximo dia 19 de agosto, às 14h, no Palácio dos Esportes de Madri, todos que participaram, nos últimos meses, das diferentes redes sociais, poderão encontrar-se num evento chamado iCat. O objetivo é que este seja um ponto de encontro de experiências pessoais e proporcione o debate sobre a participação deles nas redes.

Durante a Jornada Mundial da Comunicação Social de 2010, Bento XVI afirmou:“As novas tecnologias digitais estão provocando grandes transformações nos modelos de comunicação e nas relações humanas. Possuem um extraordinário potencial quando são usados para favorecer a compreensão e a solidariedade humana. São um verdadeiro dom para a humanidade e, por isso, devemos fazer com que as suas vantagens se ponham ao serviço de todos os seres humanos e de todas as comunidades, sobretudo dos mais necessitados e vulneráveis. Abriram também caminhos para o diálogo entre pessoas de diversos países, culturas e religiões”.

Conheça a cultura de Madrid:

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'Sexting': falta de limites e tecnologia https://destrave.cancaonova.com/sexting_limites_tecnologia/ https://destrave.cancaonova.com/sexting_limites_tecnologia/#comments Sat, 25 Jun 2011 15:23:13 +0000 http://destrave.cancaonova.com/?p=685 Por Daniel Machado produtor do Destrave Monique, uma jovem de 15 anos, estava namorando Alex, da mesma idade. Certa dia, namoravam pelo celular e a conversa esquentou. Ele lhe fez um pedido inusitado: que ela tirasse uma foto ou fizesse um vídeo, ali mesmo, nua, com poses sensuais, e enviasse a gravação para ele via...

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Por Daniel Machado
produtor do Destrave

Monique, uma jovem de 15 anos, estava namorando Alex, da mesma idade. Certa dia, namoravam pelo celular e a conversa esquentou. Ele lhe fez um pedido inusitado: que ela tirasse uma foto ou fizesse um vídeo, ali mesmo, nua, com poses sensuais, e enviasse a gravação para ele via telefone móvel, tipo SMS. De início, a adolescente rejeitou a proposta, mas o jovem insistiu e afirmou que estava com saudade e que a foto ficaria só com ele. Como ela estava apaixonada, cedeu aos seus apelos e, na intimidade do seu quarto, fez um miniensaio erótico e o enviou pelo celular.

Monique – no fervor e na inocência dos seus 15 anos – só não contava que, em apenas um mês, Alex terminaria o namoro com ela, e o pior: que o seu “ensaio sensual”, feito ali no seu quarto, estaria girando em todos os celulares e redes sociais na internet. Desesperada, a jovem só viu uma saída para fugir da vergonha e da gozação da galera na escola: conseguiu um grande número de comprimidos e, no mesmo quarto em que fez as imagens, cometeu suicídio.

Os nomes são fictícios, mas a história é real. Aconteceu com uma jovem nos Estados Unidos depois de ter tido suas imagens sensuais expostas na rede mundial de computadores. O que esses dois jovens praticaram está se tornando uma febre entre os jovens, o chamado “sexting”.

O nome deriva da junção de dois radicais oriundos da palavras “sex” (sexo) e “ting” (sufixo de “texting” = texto), o que origina o nome dessa prática: “sexo por mensagens”. Isso mesmo, o jovem tira uma foto erótica ou faz um vídeo de alguma parte do corpo – como órgãos genitais, seios ou faz poses mais sensuais – e a envia para alguns grupos de contatos via telefone móvel. Logo, a imagem começa a circular numa velocidade incontrolável pela web juntamente com as consequências de tais comportamentos.

Atrás dessa exposição estão escondidos perigos incalculáveis e incontroláveis que, a curto prazo, destroem a vida de uma pessoa. Um adulto, por exemplo, que adere a esse tipo de relacionamento, além de cometer um crime, pode ter sua carreira profissional abalada, já que, hoje, empresas de recrutamento usam cada vez mais a internet para ver o perfil de seus colaboradores.

O fenômeno WhatsApp 

A mais nova plataforma de compartilhamento de mensagens instantânea se chama WhatsApp, um aplicativo para dispositivos móveis que permite compartilhar textos, fotos e vídeos com milhares de pessoas num espantoso efeito cascata, e que tem levantado polêmicas sobre os limites da intimidade compartilhada. Há quem diga, inclusive, que este aplicativo – que conta com mais de 350 milhões de usuários em todo o mundo – já virou um armazém de pornografia. As vítimas? 90% de mulheres expostas em grupos de amigos, escolas, trabalho, futebol etc.

Dois casos dessa superexposição abalou o Brasil nos últimos tempos. Uma jovem de Goiânia (GO), que filmou a relação sexual com seu amante e teve o conteúdo vazado via WhatsApp; e uma jovem do Piauí (PI), que cometeu suicídio depois que teve seu vídeo erótico compartilhado pelo mesmo aplicativo. Para além da nossa avaliação moral sobre o caso, é importante notar que existe uma geração que avança à velocidade da comunicação da mesma forma que pede socorro, porque não sabe lidar com o vazio existencial cada vez mais compartilhado.

Superexposição na rede: nosso sagrado em perigo

Em 2009, uma pesquisa realizada nos EUA constatou que 20% dos adolescentes americanos diziam ter enviado ou recebido fotos eróticas pelo celular, e 39% alegaram ter recebido ou enviado mensagens sexualmente sugestivas. No Brasil, a ONG Safernet informou que cerca de 11% dos estudantes brasileiros, entre 15 e 18 anos, já praticaram o “sexting”, compartilhamento de imagens íntimas ou sensuais em ambientes virtuais. Mas com a explosão dos dispositivos móveis, como os smartphones e aplicativos como WhatsApp e SnapChat, este número já deve ter aumentado muito.

Para a especialista em Marketing Digital Martha Gabriel chegamos num tempo em que tão importante quanto falar de inclusão digital é preciso falar de educação digital. “Muito se fala no Brasil de inclusão digital, mas pouco se fala de educação digital. Se nós incluirmos sem educar, vamos colocar uma arma nas mãos das pessoas contra elas mesmas”, diz a especialista. (confira entrevista)

Responsabilidade dos pais 

Segundo Sônia Makaron, psicanalista e elaboradora de uma cartilha de segurança na rede para pais e jovens, a atenção e o diálogo com os filhos ainda é a melhor forma de evitar danos futuros. “Estar atento sempre. Mas isso não quer dizer patrulhamento. Estar atento é a expressão de quem se importa, de quem cuida. Ser presente, conversar com seu filho, procurar saber o que lhe interessa na internet e fora dela. E ‘ficar ligado’ para tomar providências quando perceber sinais ‘estranhos’ e diferentes no comportamento dele”, aconselha a profissional. (veja a matéria no link abaixo)

Como se proteger na internet

O “sexting” é a prova de que a combinação tecnologia + explosão de hormônios pode ser = a má reputação digital e, é claro, ao deboche social. E numa geração que já não consegue lidar com frustrações, fica a pergunta: onde vamos parar com isso tudo?

 

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