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É neste mesmo espírito que milhares de jovens de todas as nações, desde 1986, se encontram em diferentes partes do mundo para celebrar, participar e partilhar na Jornada Mundial da Juventude, com a missão de chamar a atenção do mundo para a ausência de políticas públicas eficientes e eficazes para a juventude. Diria ser um grito de socorro a tantos jovens exterminados cotidianamente nas grandes e pequenas cidades, reunidos principalmente para dizer ao mundo que a juventude clama por justiça, por fraternidade e que tem sede de se lançar em águas mais profundas e conhecer o verdadeiro Reino em Cristo.

É neste misto de curiosidades e descobertas que a juventude tece sua história, faz e acontece em todos os continentes, busca seu espaço e um novo destino para sua vida, sem esquecer a marca que Jesus deixa em cada um de nós. É nesta sociedade, tramada por mudanças, por constantes transformações, pela busca desenfreada pelo lucro e, principalmente, demarcada por um alto nível de competitividade, que a juventude protagoniza e atua em diferentes papéis, enfim, atores em diferentes cenas.

E neste emaranhado de fazeres que a juventude escolhe caminhar em comunhão com Deus.Pensando nisso, fazer a diferença significa ir além. Jesus nos convida ao compromisso de sermos semeadores de gentileza, de esperança, de amor, de simplicidade, que sejamos "sal da terra e luz do mundo".

Ser semeadores em diferentes terrenos significa agir acreditando na missão que Ele deu a cada um de nós. Essas ações exigem disciplina e dedicação. Cristo nos convoca a transpor aquilo que vivenciamos na Igreja em prática.

"Fazer a diferença é perseverar"

Constrói-se uma caminhada cristã sólida a partir da nossa habilidade em transformar em realidade aquilo que Jesus nos ensina, lembrando-nos dos valores, da ética (aqui me refiro àquela vivenciada e consolidada no seio familiar, aquela que a gente nunca esquece ou pelo menos não deveríamos esquecer, aquela mesma ensinada nas rodas de conversa, na igreja, nos acertos e tropeços ou mesmo nos bons “puxões de orelha”). Essa busca deve ser contínua, ter sede sem perder a ternura, a essência, enfim, dar aquela contribuição única na construção do resultado, edificando nossas práticas de maneira realista, cristã, participativa, crítica e humana.

Eleonora Maria